Ilustração: Passageiros aguardando para embarcar no trem, na Parada Mello, em Águas Virtuosas de Lambari, atual Lambari, MG (Foto colorizada. Reprodução. Fonte original: Ana S. Bloise/Museu Vicente de Azevedo, SP)
Já escrevemos aqui no site GUIMAGÜINHAS, na Série O trem de Aguinhas, parte da história da via férrea que ligou, durante décadas [1894-1966], Águas Virtuosas de Lambari às principais cidades do País: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Dessa época gloriosa que se foi, nossa cidade guarda especial memória da Parada Mello — ainda existente, remodelada e revitalizada.
Popularmente, ela é também tratada por Paradinha Mello ou simplesmente Paradinha.
De fato, é comum o lambariense dizer:
— Na subida da Paradinha.
— Passa pela Paradinha que é mais rápido.
— Moro atrás da Paradinha.
Pois bem, neste post vamos contar a pequena história desta icônica parada de trem.
Vamos lá!
ANTES DO TREM CHEGAR A ÁGUAS VIRTUOSAS
Como sabemos, o trem chegou a Águas Virtuosas em 1894.
Antes dessa data, podia-se viajar de trem até Contendas (Conceição do Rio Verde), e depois fazer o restante do trajeto até Águas Virtuosas por meio de cavalo, troles ou liteiras. Veja-se o anúncio abaixo:
Reprodução. A Província de São Paulo, 10,abr, 1888
Veja este texto: DE CONTENDAS A LAMBARY, A CAVALO OU DE CARRUAGEM
1894-1908 - O TREM CHEGA A ÁGUAS VIRTUOSAS E FAZ PARADA NO APEADEIRO MELLO
O trem chegou a Águas Virtuosas em 24 de março de 1894 e fazia parada nos fundos do Hotel Mello.
Neste local havia um apeadeiro — isto é:
— lugar em que não há estação ferroviária, mas onde os trens param, quando há passageiros para subir ou descer.
Mais ou menos neste ponto, onde se vê a linha férrea [canto direito inferior], o trem fazia parada. Abaixo, veem-se as dependências do Hotel Mello
Em 1908, o Hotel Mello anuncia a construção do Apeadeiro Mello — onde os passageiros desembarcavam, a dois minutos do hotel, que ficava logo abaixo.
Reprodução: O Paiz, 27, ago, 1908 (bn.digital.gov.br)
Reprodução. Recorte de antiga vista de Águas Virtuosas de Lambari colorizada. Fonte: albertolopes.leiloeiro
Em B pode-se ver o Apeadeiro Mello, e logo abaixo, em C, o Hotel Mello
1911 - ESTAÇÃO FÉRREA AO LADO DO CASSINO — SONHO QUE WERNECK NÃO REALIZOU
Nos planos das obras de remodelação da estância de Águas Virtuosas, idealizados por Américo Werneck nos anos 1910, estava a construção de uma nova gare [estação férrea], como noticiou o jornal O Paiz:
Reprodução: Jornal O Paiz, de 6, set, 1909 (bn.digital.gov.br)
Mas, imaginemos como teria sido esta gare.
Como sabemos, muitas ideias de Werneck vieram de suas viagens à Europa, quando visitou diversas estâncias, especialmente Vichy (FR), pois queria fazer de Águas Virtuosas a Vichy brasileira.
Na plataforma, ao lado esquerdo do Cassino, Werneck queria construir a Estação Férrea de Águas Virtuosas.
Local da gare de Águas Virtuosas: na plataforma, ao lado esquerdo do Cassino
A gare de Águas Virtuosas teria sido parecida com a gare de Vichy?
Gare [estação férrea] de Vichy - Reprodução. Fonte: fortunapost.com
1920 - INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS
Nos anos 1920, a Estação Ferroviária de Águas Virtuosas foi construída, seguindo modelo tradicional de suas congêneres, por todo o Brasil.
Estação Ferroviária de Águas Virtuosas, inaugurada nos anos 1920
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PARADA MELLO
Abaixo, quadros resumos da história da Parada Mello:
FOTOS INÉDITAS DA PARADA MELLO
Recentemente, o site GUIMAGÜINHAS recebeu de uma amável leitora deste blog — Ana Sílvia Bloise — duas fotografias inéditas da Parada Mello, que compartilhamos a seguir:
Passageiros aguardando o trem na Parada Mello, provavelmente anos 1930.
Reprodução. Fonte: Ana S. Bloise/Museu Vicente de Azevedo, SP
Ilustração: Time do MIRAMAR E.C.O, de São Lourenço, nos anos 1950, com atletas de Lambari no elenco (Gidão, João André, Alemão e Hélio Fernandes)
No início dos anos 1950, a Liga Desportiva de São Lourenço (LDSL) organizou memoráveis campeonatos regionais, dos quais participaram equipes de São Lourenço, Caxambu, Lambari, Soledade, Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas), Itamonte, Passa Quatro, Virgínia, Baependi.
Por essa época, o jornal O Crack e a Rádio São Lourenço faziam completa cobertura dos eventos.
Já contamos parte dessa história nos seguintes posts:
MIRAMAR - ESPORTE CLUBE OPERÁRIO
No post
aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37084
contamos a história da família SILVESTRINI, inicialmente radicada em Águas Virtuosas de Lambari, e, depois, em São Lourenço, e de suas criações famosas: — o CATUPIRY® e o CREMELINO.
Pois bem, no início dos anos 1950, a família SILVESTRINI detinha também a marca MIRAMAR.
E um time amador, denominado MIRAMAR ESPORTE CLUBE OPERÁRIO, disputou campeonatos amadores, no início dos anos 1950, em São Lourenço, conforme contamos aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=55905#miramar
Reprodução. Jornal O Crack, 1951
JOGADORES DE LAMBARI NO TIME DO MIRAMAR E.C.O.
Pois bem, o que este autor descobriu foi que atletas de Lambari jogaram pelo MIRAMAR naqueles anos 1950.
Reprodução colorizada. Fonte: Facebook/Internet
Na foto acima podemos ver os então jovens atletas lambarienses atuando pelo MIRAMAR:
Ilustração: Jogadores, dirigentes e comissão técnica da Seleção Brasileira de Futebol de 1966, no Cassino de Lambari. Fonte: Acervo Ubirajara Motta/Internet
Na Série A SELEÇÃO EM AGUINHAS (aqui) contamos como se deu a estada do escrete canarinho em Lambari, em abril de 1966.
Os jogadores selecionados eram estes:
Jogadores, dirigentes e comissão técnica da Seleção Brasileira de Futebol de 1966, no Cassino de Lambari
Reprodução. O Cruzeiro, n. 31/1966
Os selecionados que foram à Copa de 1966, na Inglaterra. Fonte: Museu do Futebol
Reprodução. Fonte: imortaisdofutebol.com
JOGO-TREINO EM LAMBARI (17/04/1966)
Naquela oportunidade, houve um jogo-treino entre os jogadores selecionados, conforme já comentamos (aqui e aqui).
Nesse jogo-treino, ocorrido no dia 17 de abril de 1966, no Estádio do Águas Virtuosas, 4 times se defrontaram:
Cada jogo teve a duração de 50 minutos.
Jogo treino da Seleção de 1966. Jogadores das equipes Grená e Verde, entre eles: Pelé, Gilmar, Rildo, Gérson, Tostão
EQUIPE AZUL: EM PÉ: Djalma Santos, Valdir, Djalma Dias, Leônidas, Dino Sani e Paulo Henrique.
AGACHADOS: Paulo Borges, Denílson, Flávio, Parada e Ivair
EQUIPE GRENÁ: EM PÉ: Carlos Alberto, Zito, Orlando, Gilmar, Belini e Rildo.
AGACHADOS: Jairzinho, Gérson, Servílio, Pelé e Paraná
EQUIPE VERDE: EM PÉ: Fidélis, Ubirajara, Denílson, Ditão, Altair e Édson.
AGACHADOS: Nado, Lima, Célio, Tostão e Edu
EQUIPE BRANCA: EM PÉ: Murilo, Manga, Brito, Fontana e Oldair e Roberto Dias.
AGACHADOS: Garrincha, Alcino, Silva, Fefeu e Rinaldo
Reprodução. Folha de SP, 18, abril, 1966
A SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA AMÉRICA DE 2024
Como sabemos, a Seleção Brasileira de Futebol não se deu bem na Copa América de 2024, disputada nos EUA.
Dos selecionados pelo técnico Dorival Júnior, somente 2 jogam no Brasil: Bento e Arana.
Muitos comentaristas classificam essa seleção de 2024 como uma das piores da história do futebol Brasileiro.
Fato é: nosso futebol vem perdendo qualidade, não obstante a presença de alguns jogadores diferenciados, como Vinícius Jr. e Rodrigo.
O hexa parece cada vez mais longe...
Fotos: Reprodução. Crédito: CBF/Staff Images - Rafael Ribeiro
A SELEÇÃO DE 1966 VENCERIA A DE 2024?
Este foi o time base que disputou a Copa América/2024: Alisson; Danilo, Eder Militão, Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães e Paquetá; Savinho, Rodrygo e Vinícius Júnior.
Cada uma das seleções que participaram do jogo-treino realizado em Lambari, em abril de 1966, venceria a citada Seleção de 2024?
Os mais antigos saberão responder, com certeza.
Os mais novos devem procurar conhecer a história dos craques dos anos 1960/70
Confira os craques convocados para a formação da Seleção de 1966:
Como se pode ver, em 1966 foram selecionados os melhores jogadores do Brasil. Nenhum grande jogador ficou de fora.
Entre os selecionados de 1966, estavam Gilmar, Belini, Djalma Santos, Altair, Zito, Garrincha e Pelé — que foram campeões mundiais no Chile, em 1962.
Não obstante, a desorganização, a escolha do técnico e a politicagem que interferiu na preparação do selecionado foram fatores decisivos na derrota de 1966. (Veja: A pior preparação da seleção brasileira de todos os tempos - Blog Almanaque das Copas - 4oito)
Mas note-se que em 1966 estavam também craques que brilhariam em 1970, na grande conquista do tri-campeonato, por aquela que é considerada a melhor de todas as seleções nacionais de futebol.
De fato, oriundos de 1966, estavam no México em 1970: Pelé, Jairzinho, Gérson, Tostão, Brito — metade do time campeão!
Ilustração: Expedito Campos Guimarães (conhecido por Expedito-sem-braço), primo, amigo e companheiro de caçadas (e causos) do meu pai Dé da Farmácia
Como se sabe, AGUINHAS (pronuncia-se o U: Agüinhas) é o nome literário com que este autor nomeia a cidade de ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI nas suas memórias familiares e de sua terra natal.
Desse modo, esta série PERSONAGENS DE AGUINHAS destaca algumas personagens de nossa cidade, isto é
Pois bem, vamos começar esta série com o Expedito-sem-braço, como era conhecido meu saudoso primo Expedito Campos Guimarães.
Vamos lá.
Filho de Francisco Guimarães e Ana Campos Guimarães, Expedito nasceu aos 25 de outubro de 1933, em Lambari, MG, e aqui faleceu em 17 de junho de 2023.
Era primo de meu pai (José Guimarães Filho, o Dé da Farmácia), cujos pais (José Batista Guimarães e Francisco Guimarães) eram irmãos.
Expedito teve os seguintes irmãos: Geralda Campos Guimarães (Lalita), Ceres Campos Silva (Téte), José Campos Guimarães (Nem), Francisco Campos Guimarães (Digo), Maria Helia Campos Guimarães (Hélia) e Ana Campos Guimarães.
Irmãos do Expedito: Téte e Digo, esse no rancho em Caraguá, com meu pai Dé da Farmácia
Do segundo casamento de seu pai Francisco, nasceram: Joel Campos Guimarães, João Campos Guimarães; e Maria Aparecida Campos Guimarães.
Tio Chico, Dora (sua segunda esposa), Téte (e a criança Letícia), Ana irmã de Expedito (vestida de noiva), Bié e dona Olga, mãe do Bié.
Em 28 de setembro de 1974, Expedito se casou com Maria Anice Martins, que passou a assinar Maria Anice Guimarães.
Desse casamento nasceram: André Campos Guimarães; Denise Campos Guimarães; Lígia Campos Guimarães e Monica Campos Guimarães.
O casal teve os seguintes netos: Débora Ferreira Damas; Filipe Guimarães Nogueira de Moura; Andressa Ferreira Guimarães; Marcela Guimarães Nogueira de Moura; Gabriela Ferreira Guimarães; Maria Alice Guimarães; Carlos Rodrigues ; Maria Luiza Guimarães Fernandes e Matheus Guimarães Noronha Barletta.
A família reunida
Expedito quebrou o braço aos dez anos de idade, em razão uma queda, quando trepava nas árvores do Parque Novo.
Com medo, escondeu a arte dos pais, e o braço veio a gangrenar, tendo de ser amputado, na antiga Santa Casa.
Não obstante, cresceu com coragem e desenvoltura e aprendeu a nadar, caçar e dirigir.
Olha aí o menino Expedito aprontando uma das suas, numa brincadeira com a criançada da Rua dos Italianos:
Fonte: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=51929#historia
Expedito tornou-se um "chofer doméstico", e sem habilitação dirigia nos limites da cidade. Com o passar do tempo, tirou sua CNH de motorista profissional e dirigia carros, caminhões, tratores com grande habilidade. [Rodrigues, 2005, p. 34]
Foi instrutor de direção e ensinou muita gente a dirigir.
Em certa época, foi motorista de uma linha de leite entre Lambari e Caxambu e tratorista rural.
Possuiu também um trenzinho com 3 carretas, que percorria pontos turísticos da cidade.
Exerceu ainda diversas outras atividades: corretor de imóveis; frentista (Posto Gregatti); Comissário de menor; chefia de alguns serviços da Prefeitura Municipal.
Expedito (com sua filha Denise no colo), Digo, seu irmão, e o Trenzinho da Alegria
No livro Pescados no Rio da Memória, o médico e memorialista José Benedito Rodrigues conta boas histórias do Expedito.
Confiram:
Fonte: Pescados no Rio da Memória. José Benedito Rodrigues. Editora O Lutador, BH, 2005
Antes da proibição da caça esportiva, meados dos anos 1960, em nossa região, meu pai e seus amigos — entre eles o primo Expedito-sem-braço — caçavam por toda a parte: Pedra Preta, Carquera, Pinhal, Alto da Serra.
Fora daqui, perambulavam atrás de macucos na Serra do Mar (Caraguatatuba e Paraty) e pela região Oeste do Paraná (proximidades de Foz do Iguaçu).
Ainda que com um só braço, Expedito andava com desembaraço pelas matas, piava a caça, carregava/descarregava a espingarda e atirava com grande proeza.
Em que pese a ter sido grande atirador, certa feita, dizem os mais chegados, acertou um um tiro no próprio pé... se non è vero, è ben trovato...
As fotos abaixo recordam um pouco das aventuras desse grupo de amigos na Serra do Mar, em Caraguatatuba:
Dorinho, Josué, Nenzinho. Dé, João André e Expedito
Caraguá, anos 1960: Na frente: Toninho. Ao centro: Expedito, seu Bié, Zé Vicente, João André, Josué. Ao fundo: Vicente, Miquéias e Dé.
Edílio, Baianinho, Dé, Seu Bié e Expedito
Essas são lembranças de um outro contexto histórico, de uma época em que a caça esportiva era legal, no País. Atualmente, encontra-se proibida.
Confira a Legislação de proteção à faúna. (aqui)
Com a extinção da caça e a conscientização ecológica, as últimas gerações de brasileiros já não praticaram a caça esportiva ou a apanha de espécies da fauna silvestre, passando a ter outra relação com aves e pássaros.
Veja este belo exemplo (aqui)
Ilustração: Recorte jornal Correio da Manhã, de 23 de maio de 1911 (Fonte: bn.digital.gov.br) - Foto de J. J. Seabra/Wikipedia
Como se sabe, as obras de Américo Werneck em Águas Virtuosas de Lambary foram inauguradas em 24 de abril de 1911, com a presença dos Presidentes da República e do Estado de Minas, além de outras personalidades.
Um mês depois, no dia 23 de maio de 1911, conforme noticiou o jornal Correio de Manhã, J. J. Seabra, então ministro da Viação e Obras Públicas (1910 - 1912) na presidência de Hermes da Fonseca, visitou Lambari a convite de Américo Werneck para inaugurar uma avenida que levaria o seu nome...
Vamos conhecer esta história, visto que não há em nossa cidade nenhuma via pública com o nome desse importante político e jurista brasileiro, que teria contribuído para a liberação das verbas de remodelação da estância, ao tempo de Werneck.
José Joaquim Seabra, conhecido como J. J. Seabra (1855 — 1942), foi um político e jurista brasileiro
J. J. Seabra – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Américo Werneck em Águas Virtuosas de Lambari
Frequentador/morador da antiga vila (1889-1908) - Primeiro prefeito nomeado (1909-1911) - Arrendatário da estância (1911-1912).
O DEPUTADO J. J. SEABRA EM LAMBARI
Segundo o Correio da Manhã de 24 de maio de 1911, dois anos antes dessa data, isto é, em 1909, J. J. Seabra viera a Lambary descansar dos trabalhos parlamentares. Nessa ocasião, conversara com Américo Werneck, então prefeito da cidade, como conseguir recursos, visando a reformar a estância.
Por aquela época, a viagem do Rio de Janeiro, então capital da República, a Águas Virtuosas de Lambari se fazia por trem, que saía da E. F. Central do Brasil até Cruzeiro (SP), onde se dava uma baldeação para o trem da Rede Sul-Mineira. (Aqui)
Neste trecho da reportagem, descreve-se a chegada de J. J. Seabra na Parada Mello e a instalação da comitiva no Hotel Mello.
Em seguida, registra-se a visita ao Parque das Águas, o almoço servido no hotel e respectivo menu.
Na oportunidade, discursou o deputado João de Almeida Lisboa, destacando os serviços prestados pelo ministro J. J. Seabra para a consecução das obras remodeladoras de Lambari.
Em resposta, J. J. Seabra agradeceu ao povo de Lambari a homenagem que receberia — inauguração da avenida que receberia o seu nome — e mencionou o apoio dado por Wenceslau Braz e Bueno Brandão às obras empreendidas por Werneck.
Por fim, J. J. Seabra redigiu um telegrama de agradecimento ao então Presidente do Estado Bueno Brandão, documento esse que foi assinado por ele e toda sua comitiva.
Há também uma referência à construção do Grande Hotel — uma sonhada obra de 200 apartamentos, que não saiu do papel... (aqui)
Este trecho da reportagem trata da inauguração da Avenida J. J. Seabra: com direito a banda de música, bandeiras, florões e escudos, presença da população e discursos.
Um dos discursos foi feito por Garção Stockler, que foi famoso orador, como já anotamos aqui.
VIAGEM DE VOLTA: ACIDENTE COM O TREM DE LASTRO
Na viagem de volta, na localidade de Palmeira, o comboio ministerial chocou-se com o trem de lastro, resultando em ferimentos leves em alguns passageiros e prejuízos materiais.