Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
06/10/2014 06h16
Vocabulário de Aguinhas (5) - Letra "E"

Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e

trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na

língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do

Sul de Minas Gerais.

(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)

 

Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,

é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.


(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)


Gladstone Chaves de Melo

Gladstone C. de Melo


Gladstone Chaves de Melo (biografia, aqui), natural de Campanha (MG), linguista e professor renomado, teve diversos laços com a cidade de Lambari. Na foto acima, por exemplo, ele aparece discursando na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, em 1955, por ocasião do Congresso Eucarístico e da Sagração de nossa igreja matriz. (Veja este vídeo - aqui)


Estudioso do português do Brasil, Gladstone deu, com o livro A Língua do Brasil, contribuição valiosa para combater a ideia de língua brasileira. Quis, com sua tese, provar que não temos outra língua: usamos a mesma de Portugal, com algumas alterações e estilo brasileiro. 

É deste livro de Gladstone a citação acima, que abre este post, que retiramos de um trecho em que comenta que diversos termos do português arcaico foram conservados no interior do Brasil, especialmente no Sul de Minas e interior de São Paulo.

Entre esses termos, por exemplo, está o arcaísmo salvar, que utilizamos no livro Menino-Serelepe*, no trecho abaixo, com o sentido primitivo de cumprimentar, saudar, num trecho em que falamos sobre as congadas que anualmente visitam a Igrejinha de São Benedito:

Entre os ternos das congadas, há os que para salvar a bandeira, em sua cantoria, recitam ao santo este refrão:

São Benedito está triste na bandeira /Seus olhos correm água / Que cheira a flor de laranjeira 


      

Ternos de congadas na Igreja de São Benedito (Lambari, MG)


Abaixo vai a letra "F" do nosso Vocabulário de Aguinhas.

Confira.


Em tempo de: Em risco de; a ponto de; a pique de.

Em três tempos: Brevemente, em pouco tempo.

Embramar: Emaranhar; embaraçar.

Embrechar: Meter; introduzir.

Empachado: Diz-se do estômago muito cheio, sobrecarregado, obstruído, após a comedeira.

Empelicado: Diz-se da criança que nasce com uma pelica; daí empelicado, que, segundo se julga, será uma criança que terá muita sorte na vida.

Empencado: Junto, unido, que nem frutos em penca.  

Empinhocado: Agrupado, agarrado.

Encamaçar: Preparar (um baralho de cartas) para enganar os parceiros.

Encarangado: Tremendo de frio.

Encarrancar: Anuviar-se; escurecer-se; carregar-se (o céu).

Encarriar: Corruptela de encarrilhar. Dispor ao lado, ou atrás, de forma bem arrumada.

Encravo: Mercadoria antiga, encalhada.

Encasquetar: Meter, teimosamente, algo na cabeça, no juízo. Obstinar-se.

Encovar: Retirar-se; esconder-se, ocultar-se.

Engambelar: Enganar com falsas promessas, jeitosamente; enrolar.

Engenhoca: Pequenos aparelhos e máquinas para fabricar ou preparar alimentos.

Engrossar o cangote: Crescer, fazer-se adulto.

Engronga: Geringonça. Enguiço: Urucubaca.

Entrão: Enxerido; abelhudo; confiado.

Engasgalhar-se: Embaraçar-se. Engasgar-se, entalar-se.  

Enxerga: Manta de capim para selar animais, que se usa também como colchão.

Esbofado: Com os bofes de fora: cansado; esbaforido; esfalfado.

Escabichar: Examinar com cuidado, atentamente.

Escarranchar: Abrir as pernas para montar a cavalo.

Escomungado: Corruptela de excomungado. Xingamento: Péssimo; detestável; amaldiçoado.

Esconjuntado: Corruptela de desconjuntado = fora das articulações; destroncado.

Escovar a garganta: Pigarrear antes de falar.

Esculacho: Repreensão, esfrega, censura com palavras du- ras e enérgicas, de caráter disciplinar.

Esgoelar: Estrangular; esganar.

Estrompado: Gasto, estragado, deteriorado.

Escurricho: Diarréia de animais.

Esfola-caras: Barbeiro ruim, que não sabe fazer barbas.

Espandongado: Estragado, rebentado, quebrado, esfranga- lhado. Especula: Sujeito perguntador.

Espiolhar: Examinar minuciosamente, esmiuçar, investigar; pesquisar, perquirir.

Estar de enguiço: Estar com má sorte, com urucubaca, azarado.

Estentóreo: Que tem a voz muito forte.

Estirão: Grande trecho de rio ou terreno em linha reta. Grande distância em linha reta. Caminhada longa.

Estopada: Coisa penosa, grande dificuldade.

Estrupício: Coisa esquisita, despropositada, fora do comum. Estrovenga.

Estrupido: Grande estrondo; estrépito, estampido.

Estugar: Aligeirar; adiantar, apressar (os passos). 


  (**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.


Veja nos números anteriores desta série:

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36347

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37267

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37892

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=41044

Publicado por Guimaguinhas
em 06/10/2014 às 06h16
 
29/09/2014 14h07
Águas Virtuosas Futebol Clube (51) - Novas fotos de times do Águas e da S.O.L.

Abaixo vão algumas fotos antigas (anos 1950 e 1960) dos times do Águas Virtuosas e da Sociedade Olímpica Lambariense (S.O.L.). Sobre a S.O.L. já publicamos alguns posts (aqui) e (aqui).


Águas dos anos 1960

Na foto, entre outros: em pé: Chico de Castro, Guinho, Alemão, João André, Chanchinha e Crisóstomo. Agachados: Marron, Hélio Fernandes e Pinelinho.

Na foto, entre outros: em pé: Nenê, Crisóstomo, Chico Panu, Gidão e Zé Roberto (árbitro)Agachados: Maurício de Souza e Alemão.

(*) Vê-se que o estilo de gola alta da camisa, lançado pelo Neymar, já era praticado no Águas daquela época... 

Juvenil do Águas anos 1950

 Na foto, em pé: Chico, Gil, Jaú, Bodinho, Zé Aírton, Guinho, David, Pedrinho e Zezé Gregatti. Agachados: Chanchinha, João, Maurício de Souza, Zezé Lorenzo, Vavá Bacha, Marron, Cury e Willi.

Time da S.O.L. (Anos 1950)

Na foto, entre outros: Chico Panu (o mais alto), Bodinho Zezé Lorenzo (o penúltimo da fila).


Veja esta nota sobre Maurício de Souza, falecido em 2013: (aqui)


Agrademos pela cessão das fotos: Ricardinho Bacha dos Santos, Kit Miranda e José de Lorenzo Filho.


(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, fotos, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

Publicado por Guimaguinhas
em 29/09/2014 às 14h07
 
03/09/2014 07h21
MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS (1) - Dr. José dos Santos, médico e prefeito

Ilustração: Brasão do município de Lambari 


SUMÁRIO


Introdução

Este post inaugura a série Memórias políticas de Aguinhas, na qual vamos registrar fatos, biografias e histórias políticas de nossa cidade. O índice da série vai abaixo, neste link (aqui).


Dr. José dos Santos, médico e prefeito

Médico de espírito bondoso e humanitário, que clinicou longos anos em Lambari. Carinhosamente apelidado de Barão, foi prefeito da cidade no período de 1959-1962. Casado em primeira núpcias com Edith Fleming dos Santos, depois consorciou-se com Vicência de Oliveira Santos. Teve quatro filhos: Sílvio (já falecido, que também foi médico), José Plínio (Mestre e Doutor em matemática e professor universitário [aqui] ), Edith e Maria Angélica, professoras aposentadas — duas pessoas muito estimadas e cidadãs ilustres de nossa cidade.


Em dois de meus livros, fiz referências ao Dr. José dos Santos. Vejamos.

No primeiro [Abigail - Mediunidade e redenção], eu narro uma visita que ele fez ao meu avô, então muito adoentado, no Alto da Serra, nos anos 1930:

(...) Dias e dias passando muito mal, até que Abigail e Joãozinho desceram à cidade para procurar um médico. Com grande dificuldade o doutor José dos Santos subiu a serra a cavalo, mas ainda teve de caminhar longo trecho a pé pelos trilhos do mato para atender ao doente. Estávamos então no ano de 1935, e os recursos médicos eram poucos: preparados de arnica, angu quente e ventosa. E se ele não melhorar logo, você deve levá-lo para a cidade, disse o médico à Margarida. (...)


Paulo Roberto Viola conta em seu livro sobre Lambari (*), o seguinte:

Dr. José dos Santos fazia visitas regulares na roça. Ele era conhecido por seu espírito caridoso. Nunca recusava um pedido de atendimento, tivesse, ou não, o paciente dinheiro para pagar a consulta. 


E um caso que ouvi recentemente em Lambari, confirma essa personalidade bondosa e desprendida de José dos Santos. Certo cidadão me encontrou e lembrou-se de meu pai, contando a seguinte história.

 — Eh, Guimarães, quantas vezes seu pai me atendeu à noite, pra vender remédios pros meus filhos. A criançada adoecia, eu corria e batia à porta da casa do Dr. José dos Santos. Ele abria uma fresta na janela, eu descrevia os sintomas, e ele me passava uma receita dizendo: Corre lá no Dé, e pede pra ele aviar essa receita. E eu dizia: Quanto é, Dr. José? E ele respondia: Deus lhe pague! Deus lhe pague! Ele mesmo dizia isso: Deus lhe pague!, como se devesse a mim um favor!


No segundo livro [Os Curadores do Senhor], eu relembro uma receita típica dele. Eis o texto, que descreve uma passagem ficcional na Farmácia Santo Antônio, em 1963:

E o viajante viu chegar uma mulher com uma criança no colo, a quem o rapazinho prontamente atendeu e foi logo abrindo a receita. “Que menino mais desembaraçado, vivo e sacudido!”, pensou Lião consigo mesmo, ao tempo em que espichava os olhos procurando ler o receituário: uma injeção, um xarope manipulado e um litro de soro perneta.
Manipulação! Ora viva! Que interessante, um médico das antigas! – disse ele em voz baixa.


De fato, sobre ser um alma caridosa, Dr. José dos Santos foi também um médico muito competente, que conhecia bem os segredos dos produtos manipulados e a medicina fitoterápica, de poucos efeitos colaterais. Foi também crenologista [aqui], e um dos últimos médicos de nossa terra a receitar a água mineral injetável, para cura, por exemplo, de doenças da pele e lesões cutâneas. E divulgou também os efeitos curadores da água mineral de Lambari. Eis um trecho da apresentação que fez do livro A Água Mineral de Lambari, de José Nicolau Mileo:

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Momentos políticos

Paulo Roberto Viola (**) narra também que

O sonho do Dr. José dos Santos era ser Prefeito de Lambari. Então, papai [Paulo Grandinetti Viola, pai de Paulo Roberto] se colocou à disposição para lutar, sem medir esforços, a fim de que o velho amigo fosse eleito. A disputa foi acirrada, mas Barão venceu, apertado, mas venceu.


O nome do Dr. José dos Santos foi dado a uma importante rua de Lambari, e também a uma escola municipal no Bairro Cachoeira. Abaixo vão algumas fotos de sua passagem pela política.

Dr. José dos Santos saudando o bispo diocesano Dom Inocêncio Engelke, em 1995, quando da realização do Congresso Eucarístico Diocesano e da Sagração da Nova Matriz. (Veja aqui)

Dr. José dos Santos, em almoço, ao lado de Jânio Quadros, que visitou Lambari no início dos anos 1960. O primeiro à direita é o Dr. José Benedito Rodrigues

Na prefeitura de Lambari, acompanhado de políticos. Na foto, estão, entre outros: O dr. José dos Santos (de terno escuro, segurando um livro), Juvêncio Toledo, José Carlos de Alcântara, José Capistrano e Dr. José Vicente Vilhena.

Na prefeitura, ouvindo o Dr. Wadih Bacha

A instalação dos postes de cimento na iluminação pública se deu em sua gestão, no início dos anos 1960.

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(*) VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você! Rio de Janeiro : Ed. Navona, 2a. edição, 2001, p. 157.

(**) Id., ibid p. 158.


Índice da Série

O prefeito Dr. José dos Santos (aqui, nesta página)

Dr. Antônio Pimentel Júnior, sucessor de Américo Werneck

Garção Stockler, o criador de Águas Virtuosas 

Intrigas políticas

E então ÁGUAS VIRTUOSAS virou LAMBARI

Evolução Administrativa de Águas Virtuosas do Lambary

João de Almeida Lisboa

1926 - Posse do primeiro Juiz de Direito

Os prefeitos de Lambari, MG

Um velho programa político tão atual...

Visita do Governador Mílton Campos (1948)

Hélio Salles, o primeiro prefeito eleito pelo voto direto

Basílio de Magalhães e a política de Lambari (1936-46)

Dr. João Lisboa Júnior, o prefeito que por mais tempo governou Lambari

Dr. João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior: médico, político e benfeitor de Lambari

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(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com


 

Publicado por Guimaguinhas
em 03/09/2014 às 07h21
 
02/09/2014 12h00
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - A Praça da Fonte Luminosa

Ilustração: Recorte: Fonte Luminosa - Lambari - MG - Reprodução. Facebook


SUMÁRIO


Antes de começar, registro aqui meu carinho e
gratidão para com Celeste Emília,
que me ajudou a tirar essa tarefa
(e muitas outras, também), recordando
que cumpri as promessas que fiz,
aos dezoito anos, no primeiro dia de
namoro, no banco da Fonte, como
a de me casar com ela e escrever
um livro sobre os causos e modos
da parentalha, que é este.

(Prefácio do livro MENINO-SERELEPE*, em que o autor agradece sua esposa, recordando que começaram o namoro no "banco da Fonte")


Introdução

Praça da Liberdade e Praça da Fonte Luminosa são alguns dos nomes por que já foi chamada a atual Praça João de Almeida Lisboa, no centro de Lambari (MG).

O primeiro nome, provavelmente, uma referência a Belo Horizonte, cidade na qual Américo Werneck exerceu o cargo de prefeito, por alguns meses, antes de assumir a prefeitura de Águas Virtuosas (aqui), e o segundo, em razão da Fonte Luminosa lá construída no final dos anos 1940.

Neste post, vamos recordar um pouco de sua história.


Importante cenário de eventos políticos

Na Praça João de Almeida Lisboa localizam-se alguns símbolos da memória política de Lambari, como a fonte luminosa (obra do prefeito Hélio Salles [1947/1951]), o busto de Juscelino Kubistchek (inaugurado pelo próprio, nos anos 1950) e o busto de Américo Werneck (inagurado em 1955, com discurso de Gustavo Barroso, escritor, membro da ABL, que frequentava Lambari e aqui possuía propriedade na Volta do Lago). E foi em frente a essa praça que também foi lançado, nos anos 1960, o primeiro poste de concreto de iluminação, que veio a substituir o antigo poste de ferro.


Um discurso famoso

Conta-se, também, que no início dos anos 1950, numa disputa política entre os grupos ligados a Hélio Salles e João Lisboa, houve uma suposta ameaça de depredação à Fonte Luminosa. Por essa época, os oradores se sucediam nos altos-falantes, montados na Praça João de Almeida Lisboa, e a nossa memória política assinala que um deles proclamava vibrantemente: Não, não e não! A Fonte Luminosa não será destruída! 

E de fato nada ocorreu, senão os ânimos políticos exaltados das primeiras eleições diretas realizadas em nosso município...


Anos 1950: Juscelino Kubitschek participa da inauguração de busto em sua homenagem


Gustavo Barroso discursa na inauguração do busto de Américo Werneck


Políticos e cidadãos observam o primeiro poste de cimento da nova iluminação pública (anos 1960).


Postais

Praça no início dos anos 1900, com um coreto de sapê, ao centro

Praça nos anos 1920, com um coreto de alvenaria, ao centro

Praça anos 1950/60, com a fonte luminosa, os postes de ferro e a iluminação das ruas ao centro.


Quem foi João de Almeida Lisboa

 

(*) João de Almeida Lisboa Júnior, farmacêutico licenciado, nasceu em Macaé (RJ) em 1870 e faleceu em Belo Horizonte em 1947. Chegou a Águas Virtuosas em 1890 e ingressou na política local, então chefiada por Garção Stockler, João Bráulio Júnior e Américo Werneck. Tornou-se proprietário da Pharmácia da Empresa e foi vereador em Águas Virtuosas e presidente da Câmara Municipal, quando esta foi instalada em 1902. Deputado estadual e Presidente da Assembléia do Estado, por diversas legislaturas, e também deputado federal em 1924 até 1930, quando irrompeu a revolução de 1930. Seu nome se liga também a Lambari como chefe de ilustre família, cujos filhos, todos lambarienses, brilharam nos diferentes campos da inteligência, elevando e dignificando Lambari. (In MILEO, José N. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, págs. 27/28.) 

 

Veja também:

  • Henriqueta e Alaíde Lisboa, filhas ilustres de Lambari (aqui)
  • Pharmácia da Empresa (aqui)

Referências/Fotos

 

  • Museu Américo Werneck  e coletânea de postais do autor.

O livro MENINO-SERELEPE

 

  (*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda. 


 

Publicado por Guimaguinhas
em 02/09/2014 às 12h00
 
01/09/2014 07h46
Águas Virtuosas Futebol Clube (50) - O Estádio do Águas Virtuosas

A Seleção de 1966 inaugura o Estádio do Águas

No post Visitantes ilustres (aqui), escrevi acerca da inauguração do Estádio do Águas Virtuosas:

Como se sabe, o Estádio do AVFC foi inaugurado em 1966 para receber a Seleção Brasileira de Futebol, que esteve em Lambari, preparando-se para a Copa do Mundo da Inglaterra.

Nesse campo, a seleção fez treinos físicos e jogos treinos, e alguns de seus principais jogadores deixaram impressos pés e mãos numa placa de cimento.

E no livro Menino-Serelepe*, deixei anotado como se deu a inauguração do Estádio:

O antigo campo do Esporte em frente ao belo Cassino, totalmente remodelado, graminha nova e decotada, deu lugar ao Estádio do Aguinhas, especialmente para que a Seleção ali pudesse realizar os seus treinamentos. E Aguinhas foi tomada por um movimento incomum: repórteres, autoridades, torcidas organizadas, exibições da Esquadrilha da Fumaça, turistas, muitos turistas...


A Seleção e a Esquadrilha da Fumaça

Pelé e Garrincha e membros da Esquadrilha da Fumaça (Estádio do Águas, 1966) [Reprodução]


A histórica placa de cimento com mãos/pés dos craques de 1966

Craques como Gilmar, Dino Sani, Bellini, Orlando, Aldair, Djalma Santos, Pelé e Garrincha deixaram as impressões de mãos e pés numa placa de cimento ainda hoje existente.

Vista da placa

Os pés de Pelé

As mãos de Gilmar

Os pés de Garrincha, vistos de um ângulo em que seus marcadores, geralmente caídos, costumavam ver o craque passar...


Sobre o jogo treino da Seleção de 1966, no Estádio do Águas, veja estes posts:

  • Reportagens da Folha de S. Paulo (abril de 1966), sobre o treino em Lambari (aqui)
  • Lances do jogo e o fundo do estádio fechado por lonas (aqui)

A construção do Estádio

Frente do Cassino (anos 1930) onde viria a ser construído o Estádio do Águas, em 1965/66

Nos anos 1930/40, o local abrigava circos

Anos 1940, o local era um área de brejo, ainda sem destinação

Início das obras Estádio do Águas Virtuosas (1965). Anteriormente, neste local, havia um campo de futebol conhecido como Campo do Esporte.

Frente do Estádio do Águas (1994), partida Veteranos do Águas  X   Master Flamengo


Fotos: Museu Américo Werneck, CBD/divulgação (Seleção Brasileira), acervo do autor.


  (*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda. 


(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

 

Publicado por Guimaguinhas
em 01/09/2014 às 07h46
Página 71 de 110

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