Ilustração: Entrada do Restaurante Uai, que funciona em anexo ao Hotel Rezende, em Lambari, MG
Na série Hotéis de Aguinhas, mostramos algumas cenas de minha infância passadas nas redondezas do Hotel Rezende (aqui).
Pois bem, entre essas cenas está o tópico Minha primeira TV, uma Telefunken estralando de nova, que recordo no post abaixo.
Confira:
Nesta semana, depois de muitos e muitos anos, deparei-me com a porta frontal do Hotel Rezende aberta de par em par:
E num átimo me veio à lembrança os "bancos" de onde assistia, em criança, a "minha primeira TV":
Uma Telefunken estralando de nova, que ficava pendurada na parede do salão do Hotel Rezende:
Eu, mais as crianças da rua (Evandro Bacha, Xepinha, Tista, entre outros) e o Zé Paulo engraxate éramos os fiéis frequentadores deste local:
Guima, Xepinha e Zé Paulo engraxate, frequentadores da escadaria do Hotel Rezende, mais tarde jogadores do Juvenil do Águas Virtuosas
E na hora do Repóter Esso, não podíamos nem piscar
Pois bem, agora conheçam essa história, narrada na crônica abaixo:
Foi no Hotel Rezende que "ganhei" minha primeira TV, conforme conto no meu livro de memórias MENINO-SERELEPE*:
Mas quando o seu Toninho de Campos comprou a primeira TV do Hotel Rezende, uma Telefunken estralando de nova, a turminha da rua mais o Zé Paulo engraxate e uns outros meninos que faziam ponto no hotel ficávamos, na ponta dos pés, pescoços esticados, espiando lá do passeio através da janela do salão. Seu Toninho nos deixou ficar assim por uns tempos, mas um dia reuniu a turma, abriu a grande porta de ferro da entrada do hotel e permitiu que sentássemos na escada que dava acesso ao salão, desde que tivéssemos modos e não perturbássemos o sossego dos hóspedes, principalmente na hora do Repórter Esso, que o noticiário testemunha ocular da história era programa sagrado.
E como cumprimos o trato (nunca fizemos uma gata-parida ou um barulhinho que fosse), durante muito tempo essa foi a nossa TV e eu mantinha sob controle, na ponta da língua, a programação dos desenhos, das séries e dos filmes que a turma não podia perder. Quem chegava cedo, pegava os melhores assentos, é claro, e ficava lá esperando que a imagem do indiozinho da TV Tupi desse lugar ao início da programação.
E quando queríamos mudar de canal, fazíamos um gesto pro seu Miquéias Canelhas, o gerente do hotel, que sempre gentil atendia ao pedido da criançada.
Naqueles tempos, a programação da TV começava, geralmente, depois das 3 ou 4 horas da tarde, quando aparecia a figura do indiozinho...
Abaixo, fotos do Hotel Rezende e do Restaurante Uai:
(**) O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
Como já divulgamos aqui, o blog A PELADA COMO ELA É, do jornalista Sérgio Pugliese, repercutiu diversas crônicas do GUIMAGUINHAS, divulgadas na série ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE. (aqui).
Pois bem, hoje Pugliese nos comunicou a publicação da crônica O MAIS TRISTE DIA DOS MENINOS BOTAFOGUENSES no site MUSEU DA PELADA.
Veja a seguir.
A pelada como ela é, de Sérgio Pugliese
O blog está hospedado no site do jornal O GLOBO. Para acessar, clique sobre a imagem abaixo:
O time do MUSEU DA PELADA é formado por Sergio Pugliese (editor chefe), Silvia Magalhães (produtora), Marcelo Tabach (fotógrafo), e tendo PC Caju como padrinho.
Para acessar, clique aqui
Crônica do GUIMAGINHAS no MUSEU DA PELADA
Confira abaixo a crônica O MAIS TRISTE DIA DA VIDA DOS MENINOS BOTAFOGUESES, publicado no site MUSEU DA PELADA:
http://blogs.oglobo.globo.com/pelada/
http://www.museudapelada.com/resenha/o-triste-dia-dos-meninos-botafoguenses
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=5653796
Ilustração: Zezé Gregatti autografando a camisa do Águas Virtuosas
Dentro da Série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C., entrevistamos ZEZÉ GREGATTI, considerado o maior atacante da história do clube. Em companhia de Moisés Costa (Xepinha), fomos visitá-lo, conversar sobre sua carreira e recordar ricas e divertidas passagens do futebol de Lambari.
Confira abaixo.
O maior atacante da história do Águas Virtuosas
Alto, forte, rápido, chute potente com ambas as pernas e grande cabeceador, essas qualidades fizeram de Zezé Gregatti o maior atacante da história do Águas Virtuosas, o que já registramos no GUIMAGUINHAS (aqui).
É dele também o gol mais extraordinário e emocionante do time (aqui).
Pois bem, foi com esse jogador fora de série que eu e Xepinha conversamos nesta quarta-feira, 11 de janeiro.
Nascido aem 1939, Zezé começou no Juvenil do Águas Virtuosas e subiu ao time principal com o técnico Dr. Ferreira, em meados anos 1950. Por essa época, atuou ao lado de grandes jogadores: Chanchinha, Gidão, João André, Nem, Pé-de-Ferro, Beto do Amâncio, além de Vaca, Lilico, Laerte e Aristides, um time de craques oriundos da Ilha do Governador que passaram pelo Águas na década de 1950. Esse último, Aristides, mais tarde foi jogar no Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 1957, Zezé foi ao Rio de Janeiro, levado por Aristides Carreira, conselheiro do América Futebol Clube. E lá ficou por quase dois meses, fazendo testes no América e no Botafogo. Despontou, foi convidado a ficar no América, mas o salário inicial que lhe ofereceram não o atraiu, e ele retornou para Lambari.
Em 1960, Zezé foi campeão Sul-Mineiro pelo Águas, ao lado de Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé Gregatti, Chanchinha, Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho.
Após a estada da Seleção Brasileira de Futebol em Lambari (1966), o time amador do Águas Virtuosas foi profissionalizado, com o objetivo de disputar a divisão de acesso à elite do campeonato mineiro, isso nos anos de 1967 a 1969. E Zezé estava nesse time, ao lado de outros grandes jogadores: Betinho, Walmando, Pulga, Damião, Wílson, Miltinho, Paulinho, Varlei, entre outros.
Atuou também por times de Campanha e Heliodora, e encerrou sua carreira jogando no Veteranos do Águas Virtuosas.
Vídeo: uma boa história do craque Chá
Veja também este post sobre Chá (aqui)
Zezé Gregatti fazendo o gol com o pé esquerdo
Em pé, entre outros: Guinho, Zoinho, Cabritinho, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e Chanchinha. Agachados: Zé Aírton, Sérgio, Ampirinho, Zezé Gregatti, Betinho e Chá.
Flagrantes de Zezé com as camisas do Vasquinho, da S.O.L., do Águas amador e do Águas Profissional
Águas Virtuosas com a faixa de Campeão Sul Mineiro de 1960. Em pé: entre outros: Dr. Ferreira (treinador), Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé Gregatti, Chanchinha. Agachados: Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho
Águas amador, início anos 1960: Na foto, entre outros: Motinha, Folhão, Damião, Zezé Gregatti, Evaldo, Ademir, Chá, Cabritinho, Delém, Valmando, Chanchinha e Jaime.
Águas profissional, anos 1960: Zezé Gregatti, Betinho, Bulau, Paulinho, Miltinho e Liu.
Zezé Gregatti foi treinador do Juvenil do Águas Virtuosas (anos 1970), do Vasquinho, formado em 1971, e do Veteranos do Águas Virtuosas, que sagrou-se campeão Sul Mineiro em 1982.
Juvenil do Águas, 1970, vice-campeão, Campeonato Interno: Ieié, Vaca, Adão, Guima, Firmino e Celinho. Agachados: Roberto, Xepinha, Zé Paulo, Pedro e Dílson.
Vasquinho de 1971. Em pé: João Fubá, Zezé Gregatti (técnico), Edson, Vaca, Celinho, Fábio, Cafezinho, Guima, Sérgio Raimundi, Adão e Augusto (presidente) . Agachados: Roberto, Walmando, Véio, Picolé, Betinho, Guelinha, Xepinha e Tucci.
Time do Veteranos do Águas Virtuosas, campeão Sul Mineiro de 1982. Em pé: João Fubá (presidente), Édson, Bita, Chá, João do Banco, Zoinho, Nem e Zezé Gregatti (técnico). Agachados: Xepinha, Alemão, Paulo, Betinho, Guima e Véio.
Autografando a camisa do Águas Virtuosas
Ponto emocionante do nosso encontro com Zezé Gregatti foi o momento em que autografou a camisa do Águas Virtuosas. Confira:
A Série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C.
Posts já publicados
Continuidade da Série
A série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. prosseguirá com os seguintes títulos:
Em preparo: Taça Guaraína - 1941- 2a. parte
Em preparo: Sócios
Em preparo: Diretorias
Ilustração: Quinzinho Modesto veste a camisa do Águas Virtuosas
Dentro da Série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C., trazemos hoje o registro da visita que fizemos a Quinzinho Modesto, o maior artilheiro da história do Águas Virtuosas. Na juventude dos seus 92 anos, seu Quinzinho não vestia a camisa do clube desde o início dos anos 1960, quando deixou de jogar futebol.
Confira abaixo.
Um registro para a história do A.V.F.C.
GUIMAGUINHAS foi recebido nesta véspera de Natal de 2016 por Quinzinho Modesto e seus familiares: sua esposa, D. Terezinha, e seus filhos João Batista e Aparecida e respectivos cônjuges.
O motivo da visita: fazer um registro da extraordinária passagem de Quinzinho Modesto pelo time do Águas Virtuosas. E foi com grande emoção que conversamos sobre o time dos anos 1940/50/60, época em que Quinzinho atuou pelo clube, e fizemos um registro histórico: depois de 60 anos, Quinzinho vestiu novamente a camisa 7 do Águas Virtuosas.
O maior artilheiro da história do A.V.F.C. conta que nos anos 1950, num jogo contra o Flamengo de Caxambu, o Águas venceu por 14 x 3 — e muitos desses gols foram feitos por ele. Quinzinho jogou numa época em que o futebol de Lambari era muito ativo e disputava muitos amistosos e torneios regionais. Entre os craques com quem atuou, ele fez menção a: Crisóstomo, Hélio, Laerte, Vaca, Pinellinho e Gidão, entre outros. Naqueles anos, o clube era destaque no Sul de Minas (aqui) e o antigo campo do Águas (aqui) vivia lotado por uma torcida vibrante e fiel.
E como presente de Natal para a grande torcida do Águas Virtuosas, oferecemos um pequeno vídeo em que o mais antigo atleta do Águas Virtuosas fala-nos com alegria, vibração e saudade de seus mais de 300 gols pelo clube.
Veja a seguir.
Quinzinho Modesto faleceu no dia 10 de março de 2020, aos 95 anos de idade. D. Terezinha, sua esposa, havia falecido meses antes (14 de outubro de 2019).
Quinzinho e D. Terezinha. Reprodução. Facebook João Batista Modesto
Veja abaixo um vídeo gravado neste Natal de 2016, com Quinzinho Modesto, o maior artilheiro do Águas Virtuosas, com mais de 300 gols.
Quinzinho Modesto (segundo, agachado) em foto do Águas Virtuosas dos anos 1950. Na foto, entre outros, em pé: Dr. Ferreira, Cunha, Rely, Crisóstomo, Gidão, João André, Lilico, Vaca e Manoel Correia . Agachados: Professor Raimundo, Quinzinho, Nenê Nascimento, Laerte, Hélio Fernandes, Pinellinho e Chico de Castro.
Águas dos anos 1950: - camisa branca, faixa vermelha na transversal; meias vermelhas e calções brancos. Na foto, entre outros, em pé: Hélio, Crisóstomo, João André. Agachados: Relly, Mauro, Pinelinho e Quinzinho.
Time de futebol da SOL. Na foto, entre outros, em pé: Hélio Fernandes, Gidão e Quinzinho. Agachados: Nenê Nascimento, Maurício de Souza e João Nascimento.
Time do CEC. Entre outros, em pé: Guelinha, Artur, Américo, Toíco e João Modesto. Agachados: Celso Raimundi, Marron, Quinzinho e Beto do Amâncio.
Em 1953, o Águas Virtuosas foi vice-campeão da Liga de São Lourenço, numa disputa acirrada com o Esporte Clube São Lourenço, conforme já contamos aqui, aqui, aqui e aqui.
Pois bem, nessa campanha do time lambariense, Quinzinho Modesto, além de artilheiro, foi também o jogador mais aguerrido do nosso Águas Virtuosas.
Confiram esses destaques:
Fonte Semanario O ÁGUAS VIRTUOSAS
Seu Quinzinho e D. Terezinha, recebendo GUIMAGUINHAS em sua casa
Seu Quinzinho com a camisa número 7 do Águas Virtuosas, que honrou durante anos de atividade pelo clube, nos anos 1940, 50 e 60.
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Em preparo: Taça Guaraína - 1941- 2a. parte
Em preparo: Sócios
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O site GUIMAGUINHAS cumprimenta seus leitores e deseja-lhes um bom Natal e um 2017 de saúde e felicidades!
Que a Paz esteja com todos vocês.
Guimarães