Domingos do Espírito Santo (Jesuânia, 31/05/1925 — Lambari, 19/08/1999) ingressou nas Indústrias ABI, muito jovem ainda, no dia 31 de julho de 1941 como aprendiz de soldador, logo passando à função de soldador e dessoldador com liga de chumbo. A partir de 1963, tornou-se encarregado da seção de decapagem (1) e depois instrutor dessa mesma seção; mais tarde, tornou-se encarregado e instrutor da seção de inoxidáveis.
Aposentou-se em 17 de outubro de 1972, mas continuou trabalhando, na própria ABI, até 1980. Depois, labutou ainda em pequena oficina montada nos fundos de sua casa.
Neste post, vamos recordar aspectos da vida profissional e pessoal dele, de quem fui colega de ABI, no início dos anos 1970 (aqui).
Vamos lá.
Assíduo, criativo e dedicado ao trabalho e aos colegas, Domingos teve seu esforço reconhecido por todos, seja pela sincero companheirismo e amizade que cultivou com pares e superiores, seja pelos prêmios que merecidamente recebeu em razão de sua atividade profissional.
De fato, ele inventou ferramentas (soldagem, estampação, gabaritos), renovou processos e instrumentos de trabalho (ganchos para estanhagem, nova solução química para decapagem de latões, processos de soldagem e esmerilhamento), tendo participado, também, da criação de produtos inovadores da ABI (equipamentos para laticínios) e de ferramentas para a IMASA [outra empresa do grupo], para a qual desenvolveu uma máquina de correção de palhetas de limpadores de para-brisas.
Ainda hoje, companheiros de trabalho de Domingos, com quem conversei, lembram-se dele com respeito e saudade.
Seu dinamismo também deixou marcas na vida comunitária de nossa cidade. Sócio-fundador do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Lambari e membro da Congregação Sagrado Coração de Jesus, participou de atividades religiosas e cívicas com dedicação e empenho. Por essas ações, recebeu honrarias do Rotary Clube e das Indústrias ABI e a sociedade lambariense deu o seu nome a uma rua do bairro Matadouro.
Eu, de minha parte, ainda menino, trabalhando na Farmácia Santo Antônio, me lembro de seu Domingos passando por lá à busca de remédios — ou de uma prosa — com meu pai (Dé da Farmácia) ou meu tio João. Vinha sempre com sua velha bicicleta e um indefectível cigarrinho entre os dedos...
José cantuária , Jorge Muquem (irmão Domingos), Hélcio (filho de Domingos), Daniel Lemos, Kadimiel Canelhas. Agachados: Adilson Valeriano (sobrinho de Domingos), José Pacheco (compadre de Domingos) e Domingos do Espírito Santo, segurando uma peça da máquina batedeira de manteiga de aço inoxidável.
Domingos do Espírito Santo, José Pacheco, Tuioki Umesaki e Antônio Henrique da Cruz, examinando um estacionário inox para conservar leite.
Em abril de 1966, à vista
do cuidado exemplar na rotina de sua missão [e em razão] de saber inovar seus processos de trabalho, com melhor rendimento na produtividade e real economia para a indústria (2)
recebeu um prêmio em dinheiro, que lhe foi entregue pelo craque Alcindo (Grêmio de Porto Alegre), em evento realizado nas dependências das Indústrias ABI.
Alcindo entrega a Domingos Espírito Santo o prêmio a que fez juz.
No fundo, podem ser vistos os craques Bellini (braços cruzados) e o rosto de Tostão. Em 1966, como se recorda, a Seleção Brasileira fez preparativos para a Copa da Inglaterra em nossa cidade.
Em 1980, Domingos foi eleito Operário Padrão da ABI, e concorreu ao título estadual, em Belo Horizonte, com mais 64 trabalhadores. Nos documentos de sua indicação constou o seguinte:
Boletim da Fiemg (maio de 1980)
Fonte: Informativo da FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, Maio de 1980.
Domingos casou-se com Benedita Ribeiro do Espírito Santo em 30 de outubro de 1946. O casal teve 3 filhos: Hélcio, Edna, Berenice, e uma filha de criação (Vicentina).
Domingos e Benedita, no aniversário de 50 anos de casamento.
(1) Decapagem: consistia na "queima" de peças de chapas de aço (latões, baldes, etc.) e posterior imersão desses vasilhames em solução de ácido sulfúrico (13 a 16%) para posterior estanhagem.
Decapar é fazer desaparecer a camada de óxido que reveste um metal. Estanhar é recobrir com estanho. Esse processo foi posteriormente abandonado, dando lugar a vasilhames de aço inoxidável e de plástico.
(2) Carta datada de 16/04/1966, assinada por Ferdinando L. Belandi, Diretor Presidente da ABI.
Agradecemos a Hélcio do Espírito Santo pelas informações e fotos utilizados neste post.
ABI - A indústria e o time de futebol
ABI - Pequeno histórico do time da GRABI
ABI - Uma história de 100 anos
Resultado de uma parceria entre o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o Instituto Estadual de Florestas e a Editora Horizonte, o Guia de Parques Estaduais de Minas Gerais tem como objetivo
O projeto consiste
Para conhecer a descrição completa do projeto, clique aqui.
Neste post, vamos comentar os principais aspectos do Guia, destacando o Parque de Nova Baden, que nos interessa mais de perto.
Vamos lá.
O guia impresso será distribuído gratuitamente. Abaixo vão fotos do exemplar que conseguimos obter:
Visão do exemplar aberto, mostrando as capas (formato 21 x 11 cm)
Visão do mapa aberto (tamanho 60 x 75 cm)
O Guia possui um aplicativo para tablet, Ipad ou smartfone, que pode ser baixado gratuitamente. Com ele, o usuário terá interatividade, vídeos, fotos extras e links especiais. Para baixar, acesse:
O site Parques Estaduais de Minas Gerais descreve o projeto, disponibiliza mapas e informações básicas sobre os parques e sobre os biomas e biodiversidade neles existentes, e fornece dicas sobre como visitar as unidades de conservação.
O site pode acessado mediante este link (aqui).
O Parque Estadual de Nova Baden no Guia
Em 10 páginas (114/123), o Guia dá informações essenciais e mostra belas fotos do Parque Estadual de Nova Baden.
Descreve a origem do Parque (antiga Fazenda Pinheiros, de Américo Werneck), sua situação, clima e aspectos geográficos, a fauna (bugios, caxinguelês, macacos-prego, inúmeras espécies de pássaros, etc.), a flora (jequitibás, araucárias, cedros, lírio-do-brejo, etc.), as atrações (casarão, trilhas). E fornece também informações sobre os arredores do Parque (Cambuquira, Campanha e Lambari e seus passeios), formas de acesso e dicas sobre o melhor período para visitação.
Sobre o Nova Baden, veja também:
A. Werneck e a Fazenda Pinheiros: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38644#grupo político
A criação da Colônia de Nova Baden: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38809
O Parque Estadual de Nova Baden: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=41353
Aeroporto de Aguinhas (em Nova Baden): http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=3917
Ilustração de abertura: João Luiz (de terno), como técnico do Águas Virtuosas, desfile de 7 setembro de 1949
Num post publicado aqui no GUIMAGUINHAS, fizemos este pequeno resumo biográfico de João Fernandes:
Natural de Lambari (16/08/1916), filho de Antônio Luiz Fernandes e Rita Luiza Gonçalves Fernandes, João Luiz é o caçula de onze irmãos (sete homens e quatro mulheres). Começou a trabalhar aos 10 anos como charreteiro, aos 17 foi para o Rio de Janeiro, onde exerceu diversos ofícios, o principal deles no ramo de cinemas. Retornou para Lambari em 1941, tendo aqui fundado o Bar Pinguím, que foi um importante espaço de encontro social em nossa cidade (aqui). Atuou também no ramo imobiliário e foi atleta (e técnico) do Águas Virtuosas. Em 1948, foi eleito vereador. No início dos anos 1950, casou-se um "jovenzinha fluminense" (Dona Othonira) e retornou ao Rio de Janeiro, radicando-se na Zona Oeste (Campo Grande). (aqui)
Pois bem, neste post vamos falar da carreira de João Luiz como jogador e técnico de futebol. Vamos lá.
Atividades esportivas na juventude
Na juventude, João Fernandes desenvolveu-se fisicamente praticando equitação, natação e futebol.
Jogador de futebol em Nova Iguaçu, RJ (anos 1930)
Tendo passado algum tempo no Rio de Janeiro, onde foi trabalhar, ainda muito jovem (17 anos), João Luiz confessa em suas memórias que:
Após cerca de dois anos, senti que faltava alguma coisa para minha completa alegria: o futebol! Conversei sobre isto com meu irmão e ele decidiu: Vai trabalhar no Cinema Verde, em Nova Iguaçu. Lá existem dois clubes de futebol. Não pensei duas vezes: um mês depois, já estava trabalhando no Cine Verde...
Logo fui aceito no Sport Clube Iguaçu, de futebol amador. Minha posição predileta era a de atacante, mas, como a vaga estava ocupada, deram-me a posição de zagueiro direito. (1)
Fotos
O centroavante quer fazer gols
Em Nova Iguaçu, João Fernandes continuou trabalhando no ramo de cinema e estudando, mas quanto ao futebol:
(...) Não fiquei satisfeito com a posição de zagueiro e acabei transferindo-me para o Filhos de Iguaçu F. C. (também amador). (...) Fui colocado no time reserva. O melhor goleador do time costumava fazer pelo um gol nos jogos. Eu fiz dois gols logo na primeira vez e passei a integrar o time principal. Daí em diante, minha carreira tornou-se um sucesso, chegava a fazer quatro, cinco gols por partida, meu nome e até minha foto figuravam frequentemente no jornal da cidade (A Crítica). Em 1940, conquistei medalha de ouro como "artilheiro-mor", no campeonato da A. I. E., com a marca de 32 gols. (2)
Fotos
Um convite do Fluminense FC
O flamenguista João Fernandes anotou também que
Recebi convite para ingressar como profissional no Fluminense, mas estava satisfeito como gerente do cinema [Cine Verde] e a reumuneração dos jogadores não era atraente como hoje. Preferi continuar como amador. Talvez, se fosse o Flamengo a tentação tivesse sido mais forte... (3)
Jogador de futebol em Lambari, MG (anos 1940)
Em 1942, João Fernandes retorna a Lambari, passando a desenvolver atividades empresariais e políticas, mas não deixou o futebol. De fato, como já registrado nestas páginas eletrônicas, João atuou longos anos como jogador e técnico do time do Águas Virtuosas. Confiram neste post (aqui).
Abaixo, alguns registros da passagem de João Fernandes pelo time do Águas:
Fotos
Jogador Veterano em Campo Grande, RJ (anos 1950/80)
Em 1950, João Fernandes casa-se com uma fluminense, de Niterói — D. Othonira Almeida. No ano seguinte, deixa Lambari e volta ao Rio de Janeiro, desta feita para Campo Grande, atuando, de sociedade com o sogro, no ramo de cinemas, e com extensa atividade social (Lions Clube, Campo Grande F. C.).
Mas a paixão pelo futebol corria nas veias. Sobre isso, D. Othonira (que terminou o registro das memórias de seu marido), registra:
Com funcionários do cinema e amigos comerciantes de origem portuguesa e libanesa, moradores em Campo Grande (lojas Magal, Tok e Luzes), João Luiz voltou a jogar futebol, esporadicamente, sem compromisso, apenas por lazer. Iria continuar a jogar futebol até os 72 anos de idade (1988), quando sentiu que não estava correspondendo mais ao seu nível de juventude. (4)
Fotos
(1) FERNANDES, João Luiz. Reminiscências de um Brasileiro do Século XX - Cidade das Águas Virtuosas. Lambari, MG : Gráfica Kirios, 2013, págs. 35/36 - (2) Id., ib., págs. 37/38 - (3) Id., ib., pág. 38 - (4) Id., ib., pág. 72.
Veja também histórias sobre dois outros craques de futebol da familia "Fernandes", de Lambari, que atuaram pelo pelo time do Águas Virtuosas:
Lendo O MENINO POETA fiquei sabendo que o português se presta, muito mais do que as línguas famosas, à poesia infantil. Tendes vós outros um idioma mais leve e mais terno também. Nem no inglês ou no francês, nem mesmo no castelhano, existe a ternura do vosso idioma, inefável favor que só com o italiano ele reparte.
(GABRIELA MISTRAL, poeta, escritora e educadora chilena, Prêmio Nobel de Literatura [1945], comentando a poesia infantil de Henriqueta Lisboa)
O Menino Poeta
O conjunto de poesias infantis enfeixado no livro O MENINO POETA, de Henriqueta Lisboa, publicado em 1943, constitui
(...) uma fina escuta das vozes da infância. Um mergulho nesse tempo que dissolve os tempos inquietantes da idade madura." (1).
E, complementando o pensamento acima, diz Alaíde Lisboa de Oliveira, na introdução metodológica do livro citado, que
"O Menino Poeta", enquanto forma e enquanto temas e motivos responde a todo tipo sensível de leitor. Cada um, criança ou adulto, vai tirar, desses poemas, harmonia e beleza, que respondam a suas próprias vivências.
Sarau familiar
Todo o lirismo do que vai acima pode ser resumido num costume antigo — infelizmente hoje abandonado — de contar histórias, ler livros, dizer poesias em família. Essa prática foi cultivada por longos anos no seio da família de Olavo Pereira Krauss e Maria do Carmo Pereira Krauss. D. Maria, que em solteira se assinava Maria do Carmo Lisboa Pereira, era prima de Henriqueta.
Com efeito, d. Maria do Carmo, professora primária, reunia filhos e netos, em saraus familiares, nos quais as crianças eram incentivadas a contar histórias e recitar poesias, especialmente poemas da lambariense Henriqueta Lisboa.
Maria do Carmo/Olavo Krauss, ao centro, ladeados de filhos, filhas, noras, genros e inúmeros netos
O poema "O Palhaço", de Henriqueta Lisboa, musicado
A recordação desse costume supracitado foi feita hoje por Mário Krauss, neto de Maria do Carmo e Olavo Krauss, quando postou a canção "O Palhaço", de Affonsinho Heliodoro, que musicou a primeira parte do poema O Palhaço do livro O MENINO POETA.
Vale a pena conferir no Youtube.
(1) A. PEREIRA DO AMARAL, Secretário-Adjunto da Educação, na apresentação do livro Menino Poeta. Imprensa Oficial, 1975.
Ilustração de abertura. Capa de O MENINO POETA, Henriqueta Lisboa. [Edição especial ampliada] .Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1975.
Vocabulário de Aguinhas
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
Forreca, fubica, jabiraca — são gírias do Vocabulário de Aguinhas que aparecem no livro Menino-Serelepe* para designar veículos (carros, caminhonetes).
Vejamos os trechos em que esses termos aparecem:
O primeiro narra a mudança de meus pais da Vila Nova para o centro da cidade, feita por uma velha caminhonete:
Uma forreca alugada veio e dois peõzinhos mirrados deram conta de carregar toda a tralha. Pouca coisa: um guarda-roupa muito antigo, uma cômoda de três gavetas, uma poltrona, duas camas Patente, um colchão de casal de molas soltas, um colchão de capim-mirim do menino, um armário de mantimentos, uma mesa, três cadeiras, um tamborete, duas trouxas de roupa de cama, uma mala com roupas, trens de cozinha, alguns enfeites, um caixote de bregueços do menino, o quadro da Santa Ceia.
O segundo, descreve um automóvel TL velhíssimo comprado pelo meu tio Mário:
Um dia apareceu com uma fubica, comprada na bacia das almas — uma TL amarela, velhíssima, que só andava de primeira e segunda. Mas esse carro foi seu gosto — e desgosto, pois só vivia em oficina, até que não andou mais e apodreceu lá na porta de sua casa. É, tio Mário, a jabiraca agora só serve pra plantar flor, a gente provocava. Mas ele era um número! Não ligava e também entrava no clima da gozação, rindo-se de si mesmo: É... urubu quando ‘stá de enguiço até pra cagá descadera!
Faniquito: Ataque de nervos sem importância nem gravidade; xilique.
Farejar: Procurar, esquadrinhar, descobrir.
Farronca: Entidade fantástica que amedronta as crianças. Bicho-papão, cuca.
Fazer vista grossa: Omitir-se; fazer que não viu.
Feijão-pagão: Feijão cozido, mas não socado, que se usa para preparar o feijão tropeiro.
Ficar de butuca: Ficar de olho, vigiar.
Fiote-de-cruz-credo: Pessoa feia, desajeitada.
Féria: Apuração da venda do dia no estabelecimento comercial.
Festão: Ramalhete de flores e folhagens.
Fifó: Fofoqueira de língua venenosa, intrigante.
Finco: Jogo de finco, ou de faquinha, em que se vai lançando, sem errar, os fincos (ou faquinhas) e traçando linhas no chão.
Forreca: Caminhonete velha e estragada.
Fuá: Barulho; confusão.
Fubica: Automóvel antigo e muito estragado.
Fulustreco: Designação de alguém que não se quer nomear, ou cujo nome é ignorado; fulano.
Fraga: Rocha escarpada; penedo, penhasco. Terreno escabroso.
Jabiraca: Carro velho. Por ext. Mulher velha e feia. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
Veja nos números anteriores desta série:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36347
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37267
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37892
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=41044
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=42798
Referências: preciolandia.com.br; terra.com.br/istoe; institutopackter.com