Ilustração: Capa do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, a ser brevemente lançado. As figuras correspondem aos personagens Maria Bela, Serelepe e Espicula.
No número 1 desta Série A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, falamos sobre os bastidores e os cenários da história (AQUI).
Hoje apresentamos a capa do livro, a ser lançado no próximo ano, e um trechinho da história.
Vamos lá.
Como dissemos no post anterior desta série, a esquina da Tiradentes é o ponto de partida desta história, pois era lá
onde se reunia um grupo de meninos e meninas — a Turma da Tiradentes — que eram muito unidos, ativos e arteiros, e que, para se defender de um grupo rival agressivo e malvado, tiveram que fazer uma guerra — que ficou conhecida nas tradições de Aguinhas como A guerra das espingardinhas.
Pois bem, um dos encontros da nossa turma com elementos da Cupincharia dos Boys — o grupo rival — se deu na antiga Quadra da S.O.L., durante uma partida de futebol.
Anos 1960. Time de futebol de salão mirim. Quadra da S.O.L. Lambari, MG, com o prof. Carlinhos Castilho. Na foto, aparecem Xandi (primeiro em pé) Magrelo (quarto em pé) e Xepinha (último agachado), personagens da história
*S.OL. - Sociedade Olímpica Lambariense
Alexandre, Zé Elias e Guima, do time Juvenil do Águas Virtuosas, personagens da história
Time Mirim do Águas Virtuosas - 1966. Na foto: Andrezinho, Zé Maria, Xepinha, Rubinélson e Roberto (os nomes em negrito são de dois personagens da história)
Confira a narrativa deste encontro, feita pela personagem Maria Bela, "criadeira de caso, mandona e goleira do time":
A partida estava quente:
o time adversário, formado pelos meninos
que não eram da rua, começou a achar que eles estavam
ridicularizando, dando dribles humilhantes a toda hora...
(Lucília Junqueira de Almeida Prado. Uma rua como aquela)
Numa bela tarde de verão, antes da aula de educação física, a turma se reuniu na Quadra da S.O.L. para conversar e bater bola – as meninas de mistura. Logo, dois times se formaram e a brincadeira se tornou mais disputada e divertida. Eu estava no gol do time do Serelepe; Nice, pegava no gol do time do Binelson.
Mas a alegria pouco durou, pois Formigão, Pele-e-osso, Voçoroca e Mola-Solta, assim chamado por causa do tique de estalar o pescoço e balançar a cabeça, acompanhado de mais três elementos da Cupincharia dos Boys, chegaram, tomaram a bola e puseram termo ao nosso jogo. E como precisavam ter um pé pra armar confusão, Formigão disse:
– Se quisé a bola de novo, cêis têm que disputá ela cunosso time. Se perdê, perde a bola, se ganhá, a gente devolve.
Então me adiantei, e, decidida como sempre, falei pro valentão:
– Olha aqui, Formigão, seu covarde de uma figa! Por que não enfrentam gente do seu tope, como a turma do Muque, em vez de atazanar nossa vida? Mas tudo bem, se for jogo de bola, sem canelada e roubalheira, nós enfrentamos vocês. Dois tempos de quinze minutos, vamos lá!
Eu mesma escalei nosso time: Eu, Maria Bela, no gol, Serelepe e Magrelo na zaga, Binelson e Xandi no meio e Xepinha na frente. Zé Elias e Careca aguardam na reserva, que vão entrar no segundo tempo. E o jogo começou.
Como era de se esperar, a turma do Formigão era só pancada, bicuda e jogo sujo. Técnica que é bom, eles não tinham. Formigão tentava toda hora dar caneta no Serelepe, mas não conseguia, que Serelepe era grande marcador. Mas tivemos de fazer duas trocas por contusão; numa o Formigão, com aquela testa de bater sola, cortou a fronte do Xandi; noutra, Pele-e-osso quase arrancou a unha do Binelson. Em compensação, o Magrelo deu uma travada no Voçoroca, que deixou ele por um bom tempo pulando numa perna só. Em jogo duro, não se pode afinar, isso a gente sabia.
E a disputa seguia. Gol cá na força e correria, gol lá na técnica e habilidade. Partida disputada, jogo parelho, escore apertado, mas era preciso vencer a partida, para recuperar nossa bola, pois Formigão, vendo que não ia ganhar a disputa, mudou a regra e gritou: – O empate é nosso, frangotes!
Finzinho da partida, jogo empatado, e eles vieram num contra-ataque fulminante, Formigão à frente, em desabalada carreira, atropelou o Careca, que entrara no lugar do Magrelo, que se machucara, e ao se aproximar do gol, armou a bicuda e gritou:
– Sai, língua-de-pimenta, que lá vai bomba!
E eu, que trazia debaixo da língua resposta pra tudo, retruquei na lata:
– Língua-de-pimenta é a mãe!
Isso mais aumentou a ira do Formigão, que fez cara feira, acelerou a passada e veio que veio feito uma bala. Dei, então, um passo à frente, abri os braços e esperei a pancada, gritando:
– Vem, frouxo, que aqui tem tutano!
Foi quando Serelepe, na cobertura (acho que vendo uma donzela em perigo...), deu um carrinho daqueles que só ele sabia dar: e jogou Formigão, bola e valentia por cima do mureta da quadra. E foi um bafafá: segura um, segura outro, Formigão e Mola-Solta querendo pegar o Serelepe.
Nossa salvação foi a chegada da dona Terezinha Machado, professora de educação física e mãe do Magrelo. Ela tomou tento da disputa, pegou a bola, marcou falta do Serelepe e deu um minuto pro jogo terminar. Formigão falou: – Tudo bem, falta, mas sem barreira! E carcou uma bicuda no ângulo! Eu voei na bola, nem espalmei, segurei a bichinha com as duas mãos, dei uma piscadinha pro Formigão, e entreguei a bola pro Serelepe, que abrira na lateral. Ele meteu de três dedos no Zé Elias, no outro lado da quadra, que balançou o corpo, e mesmo mancando, em razão da bicuda que levara na barriga da perna, cortou o Voçoroca e enfiou pro Xepinha.
Formigão desenfreou quadra abaixo, que nem mercedão na banguela, e partiu pra cima do nosso craque, que fez o que sabia fazer como ninguém: driblar. Pois Xepinha, ao receber a bola, deu uma bicudinha, a pelota levantou, e ele aplicou no brigão uma rouparia inteira de lençóis: da direita pra esquerda, da esquerda para direita, e desta novamente para a esquerda, e, antes que a bola caísse, fuzilou o gol.
Fim de jogo e Formigão, ainda tonto, olhando pra cima, vendo se achava a bola, babava e rosnava como cão raivoso, mas não pôde fazer nada. Dona Terezinha apanhou a bola e nos devolveu, passou uma bela carraspana no Formigão e sua turma e rematou: – Cêis levanta a mão pro céu de eu não contar nada pra diretora dessa vez, pois, com a ficha que cêis tem, era suspensão na certa!
Essa Dona Terezinha tinha um grande coração!
Ilustração: Logo do Kindle da Amazon, com modificações
Instrutor Guima
Minha gente:
Como sabem, tenho livros publicados (formatos papel e e-book) e agora estou lançando alguns deles por meio da plataforma Kindle da Amazon.
Inicialmente, no formato e-book (livro digital). Mais à frente, faremos também o lançamento em formato papel.
Convido vocês a conhecerem meus primeiros e-books no site da Amazon, e bem assim como funciona o leitor digital e o aplicativo de leitura da Kindle.
Vamos lá!
Abaixo (aqui) vai uma lista dos livros que tenho publicado ou em vias de publicação.
Dessa lista, já estão à venda os seguintes e-books:
Visite o site da Amazon para ver mais informações sobre os e-books acima:
E-book ou Livro digital é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro, em formato digital, que pode ser lido em equipamentos eletrônicos — computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso—, existindo ou não sua versão em papel. (Wikipedia)
E-Reader ou Leitor de livros digitais é um pequeno aparelho que tem como função principal mostrar em uma tela, para leitura, o conteúdo de livros digitais (e-books) e outros tipos de mídia digital. (Wikipedia)
No mercado, os e-readers mais conhecidos são o Kindle, da Amazon, o LEV , da Saraiva e o Kobo.
Kindle é um leitor de livros digitais desenvolvido pela subsidiária da Amazon, a Lab126, que permite aos usuários comprar, baixar, pesquisar e, principalmente, ler livros digitais, jornais, revistas.
Kindle. Reprodução. Fonte: Wikipedia
Livros digitais podem ser lidos também mediante aplicativos para PCs, Notebooks, IPad ou IPhone.
O Kindle é um aplicativo gratuito para Android, iOS, Windows e Mac que leva a experiência do famoso e-reader para a tela de seu celular, tablet ou PC. Com o app, você tem acesso a todo o catálogo de livros digitais da Amazon no seu próprio gadget, sem precisar adquirir um Kindle ou outro e-reader. (Fonte: www.techtudo.com.br)
SÉRIE HISTÓRIAS DE AGUINHAS
♦ MENINO-SERELEPE
♦ ABIGAIL [Mediunidade e redenção]
♦ OS CURADORES DO SENHOR
♦ AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI E A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE
♦ A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS
SÉRIE APRENDIZADO ESPÍRITA
- Coletânea Casos e Contos Espíritas
♦ OS MORTOS CONSOLAM OS VIVOS
- Coletânea Estudos Doutrinários
♦ A LEI DE CAUSA E EFEITO NA CODIFICAÇÃO
♦ TERAPIA DAS OBSESSÕES
- Coletânea Aprendizado Espírita
♦ GESTÃO DO CONHECIMENTO E DOUTRINA ESPÍRITA
♦ FERRAMENTAS ELETRÔNICAS PARA ESTUDAR E DIVULGAR O ESPIRITISMO
♦ PLANIFICAÇÃO E ELABORAÇÃO DE PALESTRAS ESPÍRITAS
♦ FALAR EM PÚBLICO
♦ COLETÂNEA SITE APRENDIZADO ESPÍRITA
9 e-books das séries: ► APRENDER ► ENSINAR e ► DIVULGAR
– a ordem lógica do APRENDIZADO ESPÍRITA.
SÉRIE REDIGIR MELHOR
Coletânea REDIGIRMelhor
♦ SÉRIE REDAÇÃO E REVISÃO (5 e-books)
♦ SÉRIE SINTAXE E VIRGULAÇÃO (5 e-books)
SÉRIE TEXTO PR@TICO
♦ COMO FALAR [BEM] DE IMPROVISO - O improviso não se improvisa
SÉRIE CONTABILIDADE PR@TICA
♦ NOÇÕES PRÁTICAS PARA QUEM NÃO TEM FORMAÇÃO CONTÁBIL
♦ CONTABILIDADE PARA QUEM NÃO TEM CONTABILIDADE
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- Amazon.com.br
- Sites da Cultura e da Kobo
Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
O post número 1 está aqui.
Neste número 2 da Série, veremos os primeiros estudos médicos, os cuidados com as fontes das águas virtuosas promovidos pela Câmara de Campanha, os passos iniciais para a evolução administrativa da povoação e o aumento da procura pelas "águas santas".
Vamos lá.
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874.
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG. 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.
Ilustração: Recorte capa. Coletânea Marcos Históricos de Águas Virtuosas de Lambari, do site GUIMAGUINHAS
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, listamos marcos fundamentais da história de nossa cidade, desde o reconhecimento da Região do Lambari (entorno do rio do mesmo nome), passando pela descoberta das águas virtuosas, no Século XVIII (1780), até a exploração das águas pela Hidrominas (anos 1960).
É uma maneira de se contar na linha do tempo, resumidamente e numa visão integradora, a história de Águas Virtuosas.
Vamos lá ao número 1 da Série.
Neste número 1, veremos o reconhecimento da Região do Lambari (1737) até a formação da povoação de Águas Virtuosas (início dos anos 1800).
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874.
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG. 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.
Ilustração: Tucci, Dimas, Xepinha e Guima, no time do Águas Virtuosas de 1975
SUMÁRIO
Faleceu hoje, aos 67 anos de idade, William Dimas Nascimento, conhecido por Dimas [29, nov, 1952 - 10, out, 2020]
Meu amigo há mais de 50 anos — desde o time juvenil do Águas Virtuosas de 1967 até às atividades espíritas na Seara Espiritual Bezerra de Menezes nos anos atuais.
Vá com Deus, meu amigo! Deus te abençoe. Jesus te proteja. Bezerra te ampare!
Abaixo uma pequena lembrança desses anos de amizade e respeito mútuos.
Time do Águas Virtuosas - 1975: Edgar, Tucci, Tinz, Sérgio, Dimas e Celinho. Agachados: Zé Gabriel, Xepinha, Véio, Rubens Nélson e Décio.
Time do Águas - 1975: Em pé: Tinz, Edson, Sérgio, Pedro Guela. Tucci e Dimas. Agachados: Zé Paulo, Décio, Véio, Xepinha e Guima.
Time do Azulão - 1981: Tucci, Betinho, Dimas, Hélio e Lambari. Agachados: Rubens Nélson, Luizinho, Heitor e Helinho.
Águas dos anos 1970: em pé: Luiz Carlos, Gato, Evaldo, Dimas, Tinz, Manezinho, Edson Becão e Edgar. Agachados: Joãozinho, Aleluia, Décio, Tonho, Gabriel e Guima
DIMAS - DO JUVENIL DO ÁGUAS - TREINANDO ENTRE OS ATLETAS DO TIME DE PROFISSIONAIS (1968)
Em 1968, após a chegada do Sr. Jaime, técnico de futebol vindo de Belo Horizonte para treinar o Águas profissional, alguns atletas do segundo time do Águas - Nego, Fausto, Negrita, Tatá, Tins - participavam de atividades entre os profissionais (preparação física, treinos, etc.)
E, dentre os jogadores do Juvenil, o Dimas Nascimento e eu, então com 15 para 16 anos (ele um ano mais velho) fomos escolhidos para também treinar em meio aos profissionais.
Foi uma ótima fase de nossas vidas, na qual aprendemos muito sobre futebol e pudemos conviver com técnico, preparador físico e atletas profissionais vindos de diversas partes do país.
Time profissional do AVFC, entre 1968/69, que disputava a segunda divisão para acesso à primeira.
Em pé: Jaime (técnico), Jerri, Maurício, Bulau, Pulga, Paraguaio, [?], Liu e Geraldo. Agachados: Betinho, Alemão, Miltinho, Walmando, Varlei, Rivelino, Sabadine e Sérgio Raimundi.