Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
27/02/2024 10h30
RECANTO DOS NETOS (16) - A CASA GORDA (1) Recanto dos netos

Ilustração: Capa do livro A CASA GORDA - Recanto dos netos, de autoria de Celeste Krauss/Antônio Carlos Guimarães, em preparo. A figura da capa do livro foi elaborada por Canva/Gerador de imagem por IA/Copilot/Microsoft


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Esta Série A CASA GORDA - RECANTO DOS NETOS é uma memória da família para RAFA, LEO, MARIA, ISABELA, PAULO, RAFAELA, CECÍLIA e GUGA.

Que, como nós, eles um dia tenham histórias pra contar para os seus netos.

Celeste & Guima


 Aqui no SITE GUIMAGÜINHAS, numa série de posts intitulada A CASA GORDA - Recanto dos netos, vamos contar histórias e acontecidos da FAMÍLIA GUIMARÃES, como a construção da nossa casa nos anos 1980, a origem do nome Casa Gorda apelido dado pelos netos à nossa residência em Lambari —, lances da vida em família, brincadeiras e travessuras dos netos, etc.


Como moramos fora de Lambari por mais de 30 anos, a Casa Gorda se transformou na casa de férias da família — na qual frequentemente reunimos filhos, noras e netos. 

Nesse compasso, a Casa Gorda ficou sendo, na prática, a casa dos netos — na qual tem muita comida, guloseimas, brincadeiras, histórias, carinho — e muita, muita diversão!

Com o passar do tempo, os netos foram chegando, crescendo e passando férias na Casa Gorda — e nela deixando suas histórias/memórias: vida em família, atividades, brincadeiras, passeios, aventuras...

Pois bem, hoje estamos aqui — Celeste e Guima — recordando, tomando notas, selecionando fotos e escrevendo sobre os anos maravilhosos que passamos ao lado de filhos, noras e netos.

E assim nasceram estas HISTÓRIAS DA CASA GORDA - O RECANTO DOS NETOS, que vão escritas numa linguagem simples, leve, brincalhona — como somos nós os Guimarães: brincalhões, leves e simples...

Abaixo vai o número 1 da Série: A Casa Gorda - Recanto dos netos.

Vamos lá!



  • Esta série de posts sobre a Casa Gorda vai fazer parte da Coletânea A CASA GORDA - Recanto dos netos, que eu e minha mulher — Celeste Krauss — estamos preparando.

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O SOBRADÃO DOS MEUS AVÓS

No livro MENINO-SERELEPE (aqui), escrevi sobre o sobradão do Pai Véio e Mãe Véia — meus avós paternos Zé Batista e Margarida, assim chamados pelos netos — e as diversas brincadeiras, aventuras e contação de histórias que seus netos ali viveram.

Me recordo também que lá pelos 12 anos, brincando de pique na rua em frente ao sobradão, tive uma espécie de visão do futuro:  olhando para o alto da Paradinha Mello (ante)vi, por alguns segundos, um sobrado branco com janelas azuis.

Hoje tenho certeza de que vi o que seria, duas décadas depois, a Casa Gorda...

E assim como tive em minha infância as delícias do Casarão do Pai Véio — histórias, memórias, aventuras, primos, família — meus netos tiveram o mesmo na Casa Gorda...

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Trecho do livro Menino-Serelepe.

Veja também este texto, que descreve brincadeiras e aventuras que vivi no Sobradão do Pai Véio


Sobradão do Pai Véio, em frente ao Hotel Imperial. Na foto, pode-se ver o alpendre do casarão e a descida da Parada Melo (passeio do centro), onde brincávamos de trolinhos de cabos de vassoura

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RECORDANDO MEU PAI

No livro MENINO-SERELEPE, meu livro de memórias, no Cap. XXII – Mudança para o centro de Aguinhas, eu anotei:

Pai recebeu proposta de se mudar pra cidade, a fim de que pudesse atender o plantão noturno da Farmácia Santo Antônio, onde trabalhava. Por conta disso, teria um pequeno aumento no salário e passaria a morar em local próximo de seu trabalho, na parte de baixo da casa da dona Catarina Bacha, a sua patroa. E sem pagar aluguel, que essa encrenca sempre foi a camisa de onze varas do meu pai, que morreu sem ter conseguido uma casa própria. (O destaque não é do original.)

Quando me casei, morei 2 anos com meu pai nessa casa da Dona Catarina Bacha, depois aluguei ao seu Zito Santoro um apartamento na Rua Tiradentes para a família.

No início dos anos 1980, meu pai ficou muito doente e eu prometi a ele que íamos, enfim, construir "nossa casa" — a casa que ele sempre quis ter e nunca tivera!

E seria uma casa grande — pois íamos morar juntos!

Peguei nossas poupanças, vendi dois fuscas que ele tinha e comprei terrenos no Alto Boa Vista e comecei a cavar o espaço que seria a garagem. Eu o levei algumas vezes para "ver o início das obras da casa que seria nossa". 

Mas, infelizmente, ele faleceu em agosto de 1980 — e não chegou a ver nem o assentamento do primeiro tijolo da obra.

Depois de sua morte, minha mãe foi morar comigo.

Meu pai não chegou a conhecer a Casa Gorda, mas do outro lado da vida tem cuidado dos seus netos e bisnetos.

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A CONSTRUÇÃO DA CASA GORDA

Com financiamento da Caixa Econômica Federal, eu e Celeste iniciamos a construção da nossa casa em Lambari em meados dos anos 1980 e nela fomos residir em dezembro de 1982.


  • O que me levou a construir uma casa grande

Alguns fatores me levaram a construir uma casa grande, entre eles: o investimento era meu e do meu pai, que iria morar comigo; eu possuía 2 lotes de terrenos; meus familiares, pelo lado dos Lobos, eram todos do ramo de construção; minha renda era suficiente para um bom empréstimo imobiliário na Caixa Federal.

Assim foi que meus tios — irmãos de minha mãe e todos eles grandes amigos do Dé da Farmácia, meu pai — me orientaram quanto à construção, os materiais, os fornecedores, a mão-de-obra, etc.

E visitavam frequentemente o canteiro de obras e me instruíam a cada passo. 

Tio Rubens Lobo deu instruções técnicas para realização de uma casa elevada em plano inclinado: sapatas, ferragens, concreto, etc. 

Tio Messias Lobo selecionou os operários, fiscalizou cada etapa e nada me cobrou pela administração da obra. 

E assim também Tio Mário Lobo, que me orientou quanto às dimensões e posição dos cômodos e desenhou a planta do imóvel.

Boa parte dos meus primos trabalhou na edificação: entijolamento, carpintaria, instalações, pintura — e eu lhes paguei um preço justo e nunca me exploraram.


Planta desenhada por Mário Lobo, com a responsabilidade técnica do engenheiro Evaldo Gorgulho


Aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=44767#lobo


  • O financiamento da Caixa Federal

Trecho Certidão do Registro de Imóveis de Lambari, MG - 03/07/1980

Em julho de 1991, no Plano Collor, jutamos as poupanças familiares que estavam bloqueadas e quitamos o financiamento junto à CEF

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  • Trabalhando com Contabilidade

Por essa época, Celeste e eu trabalhávamos com contabilidade, na HASTA - Assuntos Contábeis (escritório de contabilidade que montamos antes de casar), e posteriormente como sócios no empreendimento HESCRIBA - Assuntos Contábeis, com matriz em Lambari e filial em Cambuquira, MG.

  • Depois ingressamos no Serviço Público; eu, em 1983 — e Celeste, em 1991.

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Um grande apoio no início da carreira contábil

— coisas do destino — alguns anos depois, seo Toninho veio a ser meu cliente no Hasta Assuntos Contábeis, e Miquéias, meu aluno, no curso de comércio do Colégio Comercial Duque de Caxias.

Fonte: Post Memórias de Aguinhas (5) - Hotel Rezende

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E as alianças se foram...

Trecho da Certidão de Registro Imóveis de Lambari (21/08/1981)


Me lembro que, em meados de 1981, eu precisava apresentar à Caixa Federal o Certificado de Quitação do IAPAS, para que fosse liberada a última parcela do financiamento da nossa casa, com que quitaria dívidas com fornecedores e operários da obra.

Naquela altura, já tínhamos vendido bens móveis que possuíamos: carro, barco de pescaria e sua carretinha e outros. Já havia empinado um papagaio com o Hélio Silva, da Caixa Estadual, já tinha tomado dinheiro emprestado a familiares e descontado cheques com alguns emprestadores de dinheiro — pois não existia a facilidade de créditos bancários como há nos dias hoje...

Então, conversei com Celeste e disse:  

— Meu bem, estou sem saída! Precisamos vender as joias que temos, posso fazer isso?

Nossas "joias" eram, na verdade, algumas correntes e medalhas das crianças, uns anéis e pulseiras da Celeste, meu anel de formatura (presente do meu pai) e — como é duro me lembrar disso! — nossas alianças de casamento!

Fui na loja Megale, em Três Corações, deixei as joias e trouxe algum dinheiro, que nos ajudou a sanar as dívidas mais prementes.

E as alianças se foram!...

E prometi tão logo as coisas melhorassem que compraria novas alianças...

Os anos se passaram e não comprei as alianças...

Até que...


Dia 31 de janeiro de 2025  49 anos de casados!

... no dia 31 de janeiro de 2025 íamos completar 49 anos de casados, e Celeste se encontrava internada em UTI desde o dia 12 de janeiro.

O horário de visitas era de 16 às 17h, e eu estava atrasado, pois levara meu filho e nora numa feira de Brasília, para consertar um óculos, e queria dar no meu bem-querer um longo abraço de aniversário de casamento. 

E aí, num repente, me lembrei das prometidas alianças de décadas atrás... 

Deus, pensei — coração aos pulos —, pode ser a última oportunidade!...

Percorri a feira rapidamente à procura de alianças de ouro, mas não encontrei.

Na pressa, comprei as únicas que estavam à venda: alianças de prata, com um filete de ouro.

No hospital eu disse: — Meu bem, trouxe um presente prometido há tanto tempo, para comemorar nosso aniversário de 49 anos de casados!

Ela respondeu — Vamos arredondar para 50 anos, pois não sei se estarei aqui...

Lágrimas nos olhos, pedi sua mão novamente em casamento, e pus no seu dedinho inchado por efeito dos medicamentos a aliança do adeus!

Celeste faleceu na UTI Oncológica do Hospital Santa Luzia, em Brasília, DF, às 23:50h do dia 3 de fevereiro de 2025.

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  • As mudanças em decorrência do Serviço Público

A partir de 1983, em razão de nossa vida funcional (ingressei na Receita Federal em 1983, e Celeste na Receita Estadual em 1991), moramos fora de Lambari — em Cascavel, Varginha, Juiz de Fora, Brasília, Belo Horizonte — durante anos e anos.

Assim foi que nossa casa em Lambari se tornou o lugar em que a família — filhos, noras, netos — passava fins de semana, feriados e férias!

Mas de fato tornou-se a casa dos nossos netos — ou a Casa Gorda — como a apelidaram os gêmeos Rafa e Leo.

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UMA RENCA DE NETOS


                                            

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A CASA GORDA

Como surgiu a expressão Casa Gorda

Morando em Brasília, Leo e Rafa sempre passavam as férias de julho em Lambari, alternando a estadia entre as casas dos avós maternos — Alencar e Beatriz — e paternos — eu e Celeste.


Rafa e Leo na casa da vó Bia


Pois bem, eles deviam ter pouco mais de 3 anos, e estavam na casa dos avós maternos há alguns dias, quando disseram pra sua mãe, Flávia:

— Mããeee, a gente quer ir pra outra casa!

— Outra casa? Que casa, meninos?

— A outra...

— Que outra?...

— Aquela outra...

— A casa da vó Celeste? — Flávia perguntou.

— É... a casa... a casa... a casa gorda! Eles disseram.

No caso, a casa era "gorda", porque era maior do que a da vó Bia (Beatriz).

E assim foi que batizamos a nossa casa, que é mais dos netos do que nossa, de


Vó Celeste, café da tarde, na varanda da Casa Gorda

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Vista geral da Casa Gorda

Situada no Alto Boa Vista, num terreno bastante inclinado, tem uma entrada pela rua da frente e outra pela rua dos fundos.

A parte dos fundos — a mais elevada — oferece uma visão panorâmica das belezas da cidade — Igreja Matriz, Lago Guanabara, Cassino, Parque Novo, Volta da Mata e as serras que rodeiam Lambari.


A Casa Gorda (de janelas azuis), vista do alto


 

Frente e fundos da Casa Gorda


Placa decorativa da Casa Gorda


Da varanda, tem-se uma vista ampla do centro da cidade e das serras que a circundam

Vista do gramado e, ao fundo, Cassino, Lago Guanabra, Volta da Mata...

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A Casa Gorda tem ainda muitas árvores e plantas em seus jardins internos e uma natureza rica em seu entorno, a qual recebe duas dezenas de diferentes espécies de pássaros — de jacus a curicacas, de tucanos a gralhas, de maritacas a pombas-trocais e diversos outros passarinhos.


Jacus por vezes passeiam pelos telhados da Casa Gorda


  

E curicacas também...


Outros animais, como gambás, pequenas cobras, ratos silvestres, pererecas ocorrem com frequência aqui nas redondezas.

Certa feita apareceu um raro e estranho animal... um furão!

Confira:

Veja esta história aqui: Um "estranho animal" visita a Casa Gorda

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Frente da Casa Gorda: entrada da frente (Google/Maps)


Rua de cima da Casa Gorda: entrada dos fundos (Google/Maps)

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Os espaços da Casa Gorda

Abaixo, uma visão da entrada e jardins da Casa Gorda:


Rampa de acesso à varanda externa


À esquerda, a varanda externa. À direita, rampa de acesso à garagem


Chegada de carros à parte principal da Casa Gorda


Varanda integrada ao salão, ao entardecer


Abacateiro no jardim de cima da Casa Gorda


Bougainville no jardim de baixo


Arvoredo do lado externo da varanda


Jardim de baixo

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Confortos da Casa Gorda

Ao longo do tempo, para comodidade e lazer, fomos adicionando elementos de conforto à Casa Gorda, visto que ali tem sido o principal ponto de encontro de nossa família.


Piscina sobre o salão de festas


Banheira


Sauna


Quadra


Varanda integrada ao salão, com cobertura e mesas


Salão de festas integrado à varanda externa e parte coberta


Varanda coberta e mesas


Salão de festas e mesas postas


Salão de jogos e sala de estar e TV


Salão de festas decorado

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Área descoberta da varanda, com vista do centro da cidade


Da varanda, tem-se uma vista ampla do centro da cidade


Vista do gramado e, ao fundo, Cassino, Lago Guanabara e Volta da Mata 


Vista do Lago Guanabara, Volta da Mata e montanhas

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A parte da frente da Casa Gorda

A parte da frente da Casa Gorda tem garagem, portão de entrada, escadaria, gramado ajardinado e, na entrada em arco, um pequeno apartamento, independente do restante da casa, onde minha mãe (Neli Gentil Guimarães) morou por anos.
Em acima desse apartamento (veja abaixo, as janelas azuis) há um outro apartamento, também autônomo.
Confira: 


Orquídea num toco de coqueiro, na parte da frente da Casa Gorda. Ao fundo, a entrada em arco dá acesso a um pequeno apartamento


As janelas azuis são de um apartamento independente


Jardins na frente da Casa Gorda


Portão de entrada


Escadaria na parte da frente da Casa Gorda


Apartamento na parte da frente da Casa Gorda

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REFERÊNCIAS

  • Fotos: Acervo da família Salles Krauss/Lobo Guimarães
  • Textos de Celeste Krauss e Antônio Carlos Guimarães

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SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. Vovô peludo
  5. A Casa Gorda
  6. O monstro da antena
  7. As profissões de Maria
  8. Cecília chegou!
  9. Os gols do Paulinho
  10. O vocabulário da Rafa
  11. Desenhos, leituras e contação de histórias
  12. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  13. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  14. Chuva feia na Casa Gorda
  15. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  16. Vai morar com os "arrenígenas"...
  17. A casa de bonecas
  18. Coletânea Histórias da Casa Gorda
  19. Celeste, eu vou me casar com você!

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 27/02/2024 às 10h30
 
26/02/2024 18h56
RECANTO DOS NETOS (15) - A casa de bonecas

Ilustração: Casinha de bonecas na Casa Gorda, feita para as netas, por Celeste & Guima


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Quem tem netas sabe que um dia vai elas vão querer uma casa de bonecas.

Pois é, isso se deu comigo e Celeste também.

Vamos contar a história. Ou histórias.

Vamos lá!

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UMA RENCA DE NETOS

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A CASA DE BONECAS DO CHALEZINHO DO MORRO DO SELADO

Nos fundos do chalezinho que construímos ao pé do Morro do Selado, mandamos fazer uma casa de bonecas para as netas.

Era uma casinha de madeira, suspensa do solo, tendo ao fundo uma matinha.

Pintamos com  cores vivas e decoramos com objetos coloridos.


A casinha charmosa banhada pelo sol da manhã

Maria comemorou um aniversário neste chalezinho — e posou na porta da casa de bonecas

Bebela e as primas Bruna e Samira, em dia de faxina na casa de bonecas

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A CASA DE BONECAS DA CASA GORDA

Houve um Natal em que eu e Celeste queríamos montar uma casa de bonecas na Casa Gorda e dar de presente para nossa netas — que naquela altura já eram três: Maria, Isabela e Rafaela.


                            A Casa Gorda - O que é? Veja (aqui)


Olhamos o preço de casinhas pré-montadas na região e na Internet — e desistimos. Muito além do nosso orçamento!

Como estávamos os dois aposentados, e com tempo, resolvemos comprar o material e fazer a casinha.

Dito e feito: Em 15 dias, a casinha estava pronta!


Construindo a casa de bonecas

Olha aí Celeste e Guima dando o duro na feitura da casa de bonecas:


Fiz a planta da casa, mandei cortar a madeira sob medida, e montamos a casinha

Guima conferindo o alinhamento da casa

Corte da janela lateral


A casa pronta

A casa pronta: janelas, porta, telhado, varanda, enfeites, móveis, eletrodomésticos, luz elétrica — uma casinha completa para deleite das netas.


Casinha nova: pronta para brincar

A casinha vista de frente

Enfeites na janela: representando louras & morenas

A cozinha: pia, microondas, pratos, copos, talheres


As donas da casa

Maria Elisa, Isabela e Rafaela  as netas que mais curtiram a casinha de bonecas.

Quando Cecília veio ao mundo, a casinha havia sido desmontada e transferida para a residência da Rafaela, em São Lourenço — mas, por um tempo, Cecília ainda chegou a brincar nela.

Bebela, Maria e as bonecas

Rafaela na janela da casinha

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A CASINHA DE BONECAS DE PAPELÃO

Como foi dito, em certa época, em razão de obras que fizemos na Casa Gorda, tivemos de desmontar e transferir a casinha de bonecas para a casa da Rafaela e Isabela, em São Lourenço.

Por esse tempo, Cecília ainda pequena, queria brincar numa "casa de bonecas".

Pois bem, o jeito foi improvisar e montar uma casa de papelão para a neta caçula — que curtiu muito a brincadeira.


 

Cecília e Rafaela brincam na casinha de papelão

 

Cecília brincando e cochilando na casinha de papelão

Cecília, as primas e, ao fundo, a casinha de papelão

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REFERÊNCIAS

  • Fotos: Acervo da família Guimarães

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Publicado por Guimaguinhas
em 26/02/2024 às 18h56
 
23/02/2024 11h51
RECANTO DOS NETOS (14) - Vai morar com os "arrenígenas"...

Ilustração: Guga e Cecília em casa, numa boa, no Natal de 2023


Sumário


APRESENTAÇÃO

Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.

E hoje temos mais histórias para a coleção.

Vamos lá!


UMA RENCA DE NETOS

Eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram oito netos.

Quatro homens: Léo, Rafa, Paulo Emílio e Guga.

E quatro mulheres: Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília.

Os dois primeiros netos têm hoje 18 anos (são de julho) e as duas primeiras meninas, 13 anos (são de julho e agosto).

Para completar o time, em 2015, chegou o Paulo Emílio; em 2016, a Rafaela; em 2019, a Cecília; em 2022, o Guga.

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SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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CECÍLIA E GUGA

O casal Alan (nosso filho caçula) e Carol têm 2 filhos: Cecília de 4 anos e Guga (Gustavo) de ano e meio.

   

Cecília é uma menina alegre, inteligente e extrovertida, que aprendeu muito cedo a contar de 1 a 30, identificar as letras do alfabeto, "ler" as gravuras dos livros — e ir "contando" as histórias lá escritas.

Com a TV/IPad, vieram os desenhos preferidos: Mundo Bita, Peppa, Pocoyo, Turma da Mônica, O Show da Luna, Masha e o urso, Patrulha canina...


                           Cecília aprendendo os números com vó Celeste


Ela frequenta o maternal desde os 2 anos, tem uma rede de amiguinhas e amiguinhos no condomínio onde mora e uma renca de primos os quais encontra regularmente em "Bimbari" (=Lambari, cidade onde moram seus avós paternos).


                                                   Cecília na escola


Em 2022, com a chegada de Guga, como é natural, houve mudanças na vida da Cecília: muita coisa passou a ser dividida — atenção, colo, cama dos pais, etc. E, consequentemente, birras, choros, brigas...

No entanto, com o passar dos meses — e após um ciclo de aconselhamento/adaptação/superação — as "coisas melhoraram" entre os dois irmãos e seus pais. 

Mas há, por vezes, controvérsias, rusgas, medição de forças, etc.


  

 

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VAI MORAR COM OS "ARRENÍGENAS"...

E assim corria a vida, até que, dia desses, Cecília trouxe da escola um "sapo de cartolina", que fizera com muito capricho. Ela estava muito orgulhosa do seu feito e cuidava dele com todo carinho.

Ocorre que uma das especialidades do Guga — como de todo irmão mais novo — é "mexer" nas coisas da irmã e se intrometer em suas brincadeiras.

E nesse jogo de gato-e-rato, o Guga estragou o sapo que cecília fizera na escola!

E Cecília brigou, reclamou, chorou e desabafou ao seu modo:

— Eu tô muito brava com o Guga! ele estragou meu sapo!

—Eu não quero nunca mais ter irmão!

— Eu vou colocar fogo na bunda dele e mandar ele pro espaço igual um foguete morar com os "arrenígenas"!!! (=alienígenas)

E o Guga saiu de fininho, pois é bom não duvidar das promessas da Cecília! 

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A SEGUNDA CHANCE

No Natal de 2023, a família toda se reuniu em "Bimbari" na "Casa Gorda", como os netos chamam a casa da vó Celeste.


(A Casa Gorda)


E Cecília brincava ao lado da vó Celeste quando seu pai, de longe, e ao seu modo, dava um monte ordens: 

— Faz isso, faz aquilo! Não faça isso! Não faça aquilo!

E vovó comentou com Cecília: — O seu pai é chato, hein?!

— Meu pai não é chato, vovó! — ela disse prontamente, defendendo-o. — Ele é muito bom pra mim!

— Por que ele é bom pra você? — perguntou Celeste

— Porque ele sempre me dá uma segunda chance!

— Segunda chance? — disse Celeste — O que é segunda chance?

Cecília parou de brincar e explicou:

— Segunda chance é quando eu derrubo meu suco de uva e ele me dá outro copo de suco! Isso é uma segunda chance, vovó!

Coisas da Cecília!

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REFERÊNCIA

  • Fotos: acervo da família Carol/Alan/Cecília/Guga

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Publicado por Guimaguinhas
em 23/02/2024 às 11h51
 
22/02/2024 07h46
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Um Parque das Águas que se foi...

Ilustração: Parque das Águas. Anos 1960, onde havia espaço para bola, piorra, bolinha de gude e finca. (Acervo família Oswaldo Modesto)


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Quem nunca buscou água nas Fontes? Quem não saltou o 
muro do Parque das Águas para jogar bolinhas de gude, fazer 
tilocas e ficar atento ao rapa dos meninos maiores? 
(— Olha a colheiiita!!!)

Quem nunca — perna-mole! — ficou vigiando o jardineiro
do parque?
(— Corre que vem o seu Samuel!)

MENINO-SERELEPE. A. C. Guimarães


Com as reformas por que passou, especialmente a dos anos 1960, realizada pela Hidrominas, o Parque das Águas de Lambari perdeu/modificou preciosos espaços e edificações, tais como: 

  • o antigo casario no recinto do Parque das Águas
  • o antigo pavilhão das fontes (estilo mourisco)
  • o fontanário
  • a casa de copos
  • a quadra de basquete de terra batida (ao lado da primitivo Mercado das Flores)
  • a quadra de vôlei de areia (em frente ao antigo Bar Pinguim)
  • o Foto Teixeira (no recinto do primitivo Mercado das Flores)
  • os espaços para para bola, piorra, bolinha de gude, finca (onde fica hoje a administração do Parque, o Museu Américo Werneck, etc. )

Neste post, vamos "matar saudade" de um tempo singelo, sem aparatos — mas ainda presente no coração de muito lambariense.

Vamos lá!

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Antigo casario no recinto do Parque das Águas

Como indicado na foto (número 1), até os anos 1940, havia um casario no Parque das Águas, em boa parte do trecho da esquina das Ruas Tiradentes/Wadih Bacha (antiga São Paulo). Tratava-se de um conjunto de casas alugadas a particulares e a comerciantes. Funcionaram ali, por exemplo, a padaria do Juca Nascimento, bares, salões de barbearia e a doceria fundada por Dona Thereza Grandinetti Viola, viúva de Salvatore Ottávio Viola

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Pavilhão (estilo mourisco)

Lindissimo pavilhão de ferro, estilo mourisco, que enfeitou o Parque das Águas por seis décadas, até a reforma procedida pela Hidrominas, nos anos 1960.

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Fontanário

 

Fontanário que durou até a reforma da Hidrominas, nos anos 1960. (Veja aqui)

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Casa de copos

Tradicionalmente, nas estâncias hidrominerais, funcionava junto aos fontanários uma Casa de copos, como esta do Parque de Lambari [Reprodução. Facebook/Murilo Pereira Coelho/Acervo de Ludgero Augusto Pereira (Zico)]

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Quadra de basquete

Neste gramado ao lado do primitivo Mercado das Flores, foi construída uma quadra de basquete de terra batida, que existiu até os anos 1960

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Quadra de vôlei

Rapaziada lambariense na quadra de vôlei perto dos bambuais do Parque das Águas (defronte antigo Bar Pinguim)

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Foto Teixeira

A Veranista Photographia( ou Foto Teixeira), funcionava no recinto do antigo Mercado das Flores. Muitos dos postais antigos de Lambari foram aí produzidos pelo sr. Vicente Teixeira

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Espaços para para bola, piorra, bolinha de gude, finca

Antigo espaço para bola, piorra, bolinha de gude e finca, onde hoje se localizam a administração do Parque, o Museu Américo Werneck, etc.


No livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS (aqui), criei uma cena que se passa neste lugar.

Confira:

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A Guerra das Espingardinhas. Antônio Carlos Guimarães

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REFERÊNCIAS

  • Fotos: Acervo da família de Oswaldo Modesto - Acervo família de Nenê Nascimento - Acervo de Ludgero Augusto Pereira (Zico) - Revista Petrobras, 1971 - Museu Américo Werneck - Acervo do autor
  • A Guerra das Espingardinhas. Antônio Carlos Guimarães - UICLAP, São Paulo, 2021 https://loja.uiclap.com/titulo/ua13587/
  • Menino-Serelepe. Antônio Carlos (Lobo) Guimarães - Edição do Autor, 2009 - https://loja.uiclap.com/titulo/ua14191/
  • COLETÂNEA PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI. Antônio Carlos Guimarães. O Parque das Águas de Lambari - vol. 9 - https://rl.art.br/arquivos/7457133.pdf

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MENINO-SERELEPE

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Publicado por Guimaguinhas
em 22/02/2024 às 07h46
 
07/02/2024 06h36
LITERATURA DE AGUINHAS - José Carlos Lisboa, um lambariense que se tornou o maior hispanista do Brasil

Ilustração: José Carlos Lisboa. Reprodução. Arquivo UFMG


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

"Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião!
Nós o conseguimos...
E sorrimos
de uma vitória comprada por que preço?
Quem jamais o saberá?
À sombra dos setenta anos, dois mineiros
em silêncio se abraçam, conferindo
A estranha felicidade da velhice"

 

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE homenageou seu amigo José Carlos com o poema acima (Fazer 70 Anos).


Mineiro da cidade de Lambari, MG (4-11-1902 - Belo Horizonte, 1994), de modesta família típica do interior brasileiro,  JOSÉ CARLOS LISBOA foi um dos filhos de João de Almeida Lisboa e de Maria Rita de Vilhena Lisboa, irmão da poetisa Henriqueta Lisboa e da pedagoga Alaíde Lisboa de Oliveira, iniciadora da Didática Nova.

Formado em Farmácia, bacharel e doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, participou no final da década de 30, da fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da então Universidade de Minas Gerais (UMG), que daria origem à UFMG.

Ocupou a cátedra de Língua e Literatura Espanhola da Faculdade a partir da década de 40. Dez anos depois, tornou-se catedrático e doutor em Língua e Literatura Espanhola também pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Foi diretor adjunto do curso de Jornalismo desta faculdade e, em 1967, participou da criação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da qual foi o primeiro diretor.

Na UFRJ, lecionou também nos cursos de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. Crítico literário era considerado o maior hispanista do Brasil. 

(Fonte: www.facebook.com/antigosalunosecoufrj - http://professorfeijo.blogspot.com)

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FARMACÊUTICO EM ÁGUAS VIRTUOSAS

Na antiga Pharmácia da Empreza, pertencente à família LISBOA, certa época, trabalhou José Carlos Lisboa, cuja primeira formação fora farmacêutico, mas que depois seguiu carreira de professor universitário, escritor e crítico literário em Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Recorte. Receituário do médico João Lisboa Junior e propaganda da Farmácia da Empresa. 1932


Em 1935, forma-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.

Posteriormente, aí se doutorou.


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A INFLUÊNCIA DA ESTÂNCIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS NA FORMAÇÃO DOS LISBOA

Diz Guy de Almeida:

Na origem de José Carlos Lisboa, na cidade em que nasceu, em suas circunstâncias familiares, estão a meu juízo fatores que estimularam o seu talento inato, a sua vocação para a vida intelectual. Lambari não era uma cidade comum, com rotina diária mais ou menos estática. Suas águas virtuosas atraíam, para temporadas anuais, personalidades destacadas das principais cidades do país, como até mesmo a família do presidente Getúlio Vargas. Elas traziam temas, reflexões e informações que lhe davam um certo ar metropolitano. A farmácia de João Lisboa, patriarca que exercia significativa liderança na região, era um espaço natural para o estabelecimento de relações que frequentemente se transferiram para o ambiente doméstico. [........]

[Todos os filhos do casal Lisboa, Maria Rita e João Lisboa]... realizaram em época de limitadas condições econômicas, cursos superiores que deram contorno a uma família de pedagogos, advogados, médico, alguns deles indo além para ganhar renome como escritores e políticos.

(No homem, o mestre. In José Carlos Lisboa, o mestre, o homem. Ed. UFMG, 2004)


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PROFESSOR HISPANISTA, FILÓLOGO, ESCRITOR

José Carlos Lisboa merece ser lembrado por sua extensa obra como professor, escritor, radialista, tradutor e literato.

Ele foi professor catedrático de Língua e Literatura Espanhola da então Universidade do Brasil e foi agraciado com o título de Professor Emérito da UFRJ, onde criou e dirigiu o Curso de Jornalismo, tendo sido, também, o seu primeiro Diretor.

Hispanista, filólogo, escritor rigorosíssimo em suas pesquisas, pautou-se, em sua longeva existência, pelo exemplo de caráter e escorreita conduta profissional, fazendo de cada aluno um amigo e de cada amigo um admirador. Não tive a sorte de com ele conviver, mas tivemos amigos comuns, que sempre a José Carlos Lisboa se referiam com carinho, respeito e apreço. Um desses amigos comigo participou intensamente na tentativa de implantar tecnologias educacionais, revolucionárias para a época, no Ensino Médio de Segundo Grau, nas escolas públicas do Estado. Refiro-me ao pranteado professor, também hispanista, Nílson Storino Laplana.

José Carlos Lisboa foi diretor de publicações e divulgação da Biblioteca Nacional; membro do Conselho Nacional de Cultura, fundador, diretor e professor do Ateneu García Lorca.

Foi fundador e conselheiro do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica; foi ex-presidente do Centro de Estudos Hispânicos da Universidade do Brasil, que também idealizou e organizou.

Fundou, ainda, o Seminário Menéndez Pidal, da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consagrou sua vida ao magistério universitário e à literatura espanhola. Foi, ainda, Professor fundador e catedrático de Língua e Literatura Espanhola da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais.

"Ele foi acima de tudo um professor e pesquisador", resume sua sobrinha, Abigail Lisboa, professora aposentada do departamento de Ciências Administrativas da UFMG. Segundo ela, o professor Lisboa era rigoroso, mas muito querido pelos alunos. "Eles sentiam o peso de sua influência, de sua dedicação ao ofício de ensinar e de sua preocupação efetiva de imprimir uma nova visão de mundo", afirma.

(Fontes: https://www.ufmg.br/boletim/bol1375/oitava.shtml- http://professorfeijo.blogspot.com)

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OBRA LITERÁRIA

Lisboa também mergulhou na literatura — escreveu romances, poesias, ensaios, peças de teatro — e teve destacada atuação cultural, especialmente no final da década de 30, quando foi chefe de gabinete do então prefeito de Belo Horizonte, José Oswaldo de Araújo.

Apresentou três programas na Rádio Inconfidência: A vida e a obra dos grandes mestres, Rádio-Teatro e Cortina da Semana.

Escreveu as peças A Província e O Rei do Câmbio. Graças ao bom trânsito com professores da Espanha, trouxe ao Brasil ilustres mestres universitários para encontros e conferências.

(Fonte: https://www.ufmg.br/boletim/bol1375/oitava.shtml)


SUAVE ADVERTÊNCIA

Por qualquer desses trilhos, por que fores
é sempre a mesma vida que perdura
são dissabores sobre dissabores
é uma tortura atrás de outra tortura.

Em vão teus olhos claros sonhadores
se erguem, chorando, ansiosos para a altura
ninguém sabe, nem pode, nem procura
minorar-te os suplícios e amargores.

Mas se tiveres a felicidade
de encontrar, no caminho, um vulto amigo
de mulher que te queira e que te agrade,

sob a luz de seus olhos, de repente
sentirás suportável o castigo
de lutar todo o tempo inutilmente.

(Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/)


Sua obra intelectual é extensa.

Publicou pelo MEC:

1- TIRSO DE MOLINA, CRIADOR DE DON JUAN;
2- TEATRO DE CERVANTES; ISABEL A DO “BOM GOSTO”;
3- A CASA DO BODE ( peça folclórica) em co-edição com Selo de Ouro;
4- UMA PEÇA DESCONHECIDA SOBRE OS HOLANDESES NA BAHIA (1ª edição do texto espanhol, estudo, tradução, modernização da peça, de Juan Antonio Correa) - co-edição com o INL.

Publicou pelo Instituto Nacional do Livro (INL):

1- O BRASIL RESTITUÍDO, de Lope de Vega (estudo, tradução, modernização de peça);
2- VERDE QUE TE QUERO VERDE, ensaio de interpretação do Romanceiro gitano, de Federico García Lorca, co-edição com Zahar Editor.

Publicou pela Editora Comunicação, em convênio com o INC / MEC:

1- A RAINHA DAS ONÇAS, romanceiro e teatro popular.
2- FILHOS PARTIDOS, novela em três pessoas.

Publicou pela Editora Civilização Brasileira:

1- A NUMÂNCIA, de Cervantes (estudo, tradução, modernização da peça).

Publicou pelo Serviço Nacional de Teatro / Ed. Dionisos:

1- GARCÍA LORCA, VIDA E OBRA.

Publicou pela Biblioteca Nacional:

1- O CURSO DE LETRAS NEOLATINAS.

Sua Tese de Cátedra, pela Editora Sedegra é GARCÍA LORCA E “BODAS DE SANGUE”.

Pela Livraria José Olympio editou sua última obra, em 1985, o romance VICENTE E O OUTRO

(Fonte: http://professorfeijo.blogspot.com)


No livro VICENTE E O OUTRO, há alusões romanceadas a LAMBARI, cidade onde o autor nasceu e passou sua infância.

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O MESTRE, O HOMEM

Em 12 de novembro de 2004, a Editora UFMG lançou o livro sobre José Carlos Lisboa.

O livro, JOSÉ CARLOS LISBOA - O MESTRE, O HOMEM, foi organizado por Abigail de Oliveira Carvalho e Guy de Almeida. O lançamento ocorreu na Academia Mineira de Letras. O livro de 239 páginas reúne textos de diversos autores para abordar a vida e a obra do professor catedrático e emérito da UFMG e da UFRJ.

José Carlos Lisboa foi um dos pioneiros na consolidação do ensino superior no Brasil, onde introduziu os estudos hispânicos e foi um dos criadores de curso de Comunicação Social.

No livro estão textos de Affonso Romano de Sant´Anna, Alaíde Lisboa de Oliveira, Ana Maria Machado, Angélica Soares, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Astrid Cabral, Branca Bakaj, Carlos Lemos, Célia Therezinha Guanabara, Cláudio Murilo Leal, Cleonice Berardinelli, Domício Proença Filho, Eduardo Portella, Guy de Almeida, Helena Ferreira, Izacyl Guimarães Ferreira, Joaquín de Entrambasaguas, José Carlos Lisboa Jr., José Carlos Lisboa de Oliveira, Lauro Tinoco, Letícia Malard, Margarida Alves Ferreira, Maria Antonieta Cunha, Maria Thereza Venancio, Marlene de Castro Correia, Melânia Silva de Aguiar, Murilo Badaró, Silviano Santiago, Stella Leonardos, Vera Maria de Azambuja Harvey e Zuenir Ventura.

(Fonte: professorfeijo.blogspot.com.br)

Capa. Reprodução. Editora UFMG

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REFERÊNCIAS

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em 07/02/2024 às 06h36
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