Ilustração: Farol do Lago, que iluminava o Cassino de Lambari e as gôndolas que navegavam à noite pelo Lago Guanabara (Desenho de Fabiana Martins)
Cassino, Lago, Farol, Cascata do Lago e Piscina do Parque Novo — esses e muitos outros lugares de nossa cidade, por sua beleza, história e referência turística — sempre foram objeto de fotografias, postais e pinturas.
Nessa série vamos lembrar alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.
Desenho de William Gorgulho (parede do restaurante do Shopping Águas Virtuosas)
Hoje focaremos o Farol do Lago, que custou 15 contos de réis, de um total de 2.200 contos que foram gastos nas obras de remodelação da cidade (aqui).
Ao tempo de Américo Werneck, ao lado desse holofote, pretendia-se construir um bar, o que não foi concretizado.
Vamos lá!
(1) Farol do Lago e Parque Wenceslau Braz, logo após a inauguração (1911)
(1) Farol do Lago em 1920 [*] (2) Farol do Lago em 2019, dois anos após ter sido reformado e recebido nova lâmpada
Como se sabe, o Farol do Lago Guanabara (Lambari, MG), também chamado Farol da República ou Holofote, faz parte do conjunto de obras de embelezamento da estância, realizadas por Américo Werneck na primeira década dos anos 1900. (aqui)
Farol da República seria uma referência ao republicanismo de Werneck, que, como parlamentar e homem público, sempre foi um defensor desse regime.
Fonte: Anuário de Minas Gerais de 1913
Ao fundo, o Farol da República, visto da balaustrada do Cassino
Sobre o Farol do Lago, veja estes posts:
O holofote: iluminação do Lago e ilhas para passeios noturnos de gôndola. De seu topo, podia-ver também o espelho do lago, o Parque Novo e outros pontos da cidade.
Abaixo, algumas pinturas do nosso Farol:
Aquarela feita por Carlos Augusto Lorenzo Castilho, existente no Cartório de Registro Civil (Lucas Nascimento), em Lambari.
O efeito da lâmpada do teto refletida no vidro do quadro dá a impressão de estar aceso o farol (Veja aqui)
Pintura de William Gorgulho
Pintura - Farol do Lago - Por R. Martins
Farol do Lago. Jonas Lemes. Reprodução (ímã de geladeira)
Pintura de Eurico Aguiar
Farol. Silvana Viola
Pintura feita numa flâmula sobre passeios de Lambari
Confira a Série Pintores e Pinturas de Aguinhas:
[*] - Recorte antigo postal (1920) da Casa Nogueira
- Fotos: Museu Américo Werneck (LamBari, MG)
- Reprodução de pinturas de William Gorgulho, Carlos Augusto Lorenzo Castilho, R. Martins, Jonas Lemes, Eurico Aguiar e Silvana Viola
Ilustração: Meninos brincando, gravura de Cândido Portinari. Reprodução. Internet
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
A Série Vocabulário de Aguinhas trata-se de uma coleção de palavras e expressões, típicas de Lambari (MG) e região Sul do Estado de Minas Gerais, utilizadas no livro Menino-Serelepe.
Entre essas palavras e expressões, há algumas que são caracteristicamente lambarienses, como já mostramos aqui.
E quem por aqui do Sul de Minas já não ouviu também estas expressões:
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Abaixo vai o número 12 da série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS.
Confira.
Jacá: Espécie de cesto feito de taquara ou de bambu. Em sentido figurado: roupa ou sapato grandes.
Mais dali a pouco, com as crianças ficando pra trás e o Verinho com um conga jacá que lhe saía toda hora dos pés, tio Rubens falou: — Larga de ser teimoso, Verinho, e me dá essa muchila pesada, que ocê num pode cuma gata pro rabo e fica teimando, querendo carregá esse peso todo!
Reprodução. Internet (www.propagandashistoricas.com.br)
Jangar: Balançar; Jogar. Rodear. Andar jangando. Ficar com o sapato jangando no pé. O peru ficou jangando em torno.
E assim, logo juntamos em frente ao bar do João da Mariaça pra jogar bolinha de gude, às brinca, porque era tudo amigo. Pois foi só botar bolinha na barca, nem deu tempo de jogar a tacadeira no ponto, que o Babão chegou com sua colondria, corpos jangando, encostou-se ao barranco e começou a azucrinar nossa turma.
Jardineira rasga-roupa: Corresponde aos ônibus velhos, com bancos soltando molas, que costumavam rasgar as roupas dos usuários. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
E o fato triste se deu quando a monstrenga da jardineira rasga-roupa de Jesuânia atropelou a Futrica, uma perdigueira ainda filhote, que o tio João vinha ensinando a caçar, pois que o Biriba já trabalhara bastante e estava na hora de pendurar as chuteiras.
Reprodução. Internet. Ônibus antigo Chevrolet na garagem da Util em BH com Waguinho Guitar (https://www.youtube.com/watch?v=qRZm-tmXxMk)
Judeu: Espécie de virado feito com as sobras do almoço.
À noite, pra janta, na terrina: sopa, caldo, canjas; ou mexidão na panela; ou judeu com queijo na frigideira. Num domingo farto, no almoço, angulê; no lanche da tarde, bolo de laranja. (Xii, mãe, o bolo batumou!)
Juízo verde: Pouca experiência.
E aí, como em terra de mineiro qualquer bobo aparta o gado, uma professorinha substituta, sem sal e sem gordura, vinda recentemente de outro Estado e de juízo verde na lida com crianças, foi posta para concluir o ano letivo.
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
Veja os demais números desta Série:
Ilustração: Montagem. Escudo do Águas Virtuosas e bandeira do Cruzeiro, de Pouso Alto, sobrepostos ao logo do SPT (Sistema Pousoaltense de Televisão)
O Campeonato da Liga de São Lourenço de 1987 foi decidido entre o Águas Virtuosas e o Cruzeiro, de Pouso Alto, como sabemos.
Abaixo vai um resumo dessa final e alguns vídeos que ilustram partidas memoráveis entre essas duas equipes.
Confiram.
Dos quatro campeonatos da Liga de São Lourenço que o Águas Virtuosas Futebol Clube conquistou nos anos 1980/90, a decisão do bicampeonato — contra o time do Cruzeiro, de Pouso Alto — foi a mais sensacional, visto que ocorreram 4 partidas para chegar-se ao campeão.
Confira os resultados:
Pois bem, essa campanha está resumida neste post:
Agora, vídeos de partidas entre essas equipes estão disponíveis no YouTube, como se pode conferir abaixo.
No YouTube, canal Histórias de Futebol e outras
Estão estes vídeos:
2 x 0 - Jogo em São Lourenço, em dezembro de 1987
1 x 1 - Jogo em Pouso Alto, em junho de 1987
1 x 1 - Jogo em Lambari em dezembro de 1987
Ilustração: Placa indicativa da CASA GORDA - homenagem aos nossos filhos, noras e netos
Como dissemos em post anterior, eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram muitos netos.
Dois homens (Léo e Rafa) e duas mulheres (Maria Elisa e Isabela). Aqueles estão completando 14 anos (julho), e as meninas estão com 9 e 8 anos (são de julho e agosto).
Mas chegaram outros... Em outubro de 2015, chegou o Paulo Emílio, em junho de 2016, a Rafaela, em outubro de 2019 chegou Cecília e tempos depois, Gustavo, seu irmão.
Pois bem, hoje, em homenagem aos aniversariantes de junho, julho e agosto, vamos contar a história da Casa Gorda e a Coitado do Lobo Mau.
Vamos lá.
Morando em Brasília, Leo e Rafa sempre passam as férias de julho em Lambari, alternando a estadia entre as casas dos avós maternos — Alencar e Beatriz — e paternos — eu e Celeste.
Pois bem, eles deviam ter pouco mais de 3 anos, e estavam na casa dos avós maternos há alguns dias, quando disseram pra sua mãe, Flávia:
— Mããeee, a gente quer ir pra outra casa!
— Outra casa? Que casa, meninos?
— A outra...
— Que outra?...
— Aquela outra...
— A casa da vó Celeste? — Flávia perguntou.
— É... a casa... a casa... a casa gorda! Eles disseram.
No caso, a casa era "gorda", porque era maior do que a da vó Bia (Beatriz).
E assim foi que batizamos a nossa casa, que é mais dos netos do que nossa, de
Celeste, netas e neto, no Alto do Cruzeiro
Rafael e Leonardo, em Brasília
Rafaela e Paulo Emílio, em Brasília
Isabela foi quem escolheu o nome da irmãzinha que iria nascer... E quis que rimasse!
Daí veio a Rafaela — uma menininha esperta e... mandona! E que demorou a falar, mas hoje, três anos completados, fala pelos cotovelos!
Pois bem, vejam o que essa menina aprontou com o pobre do Lobo Mau:
Nesse último dia das mães, fomos almoçar no Restaurante do Gerardo, em Nova Baden. Estavam presentes os pais e avós de Rafaela e Isabela, e logo terminou o almoço saí para dar um passeio com as meninas, e fomos por uma estradinha em direção ao Horto Florestal.
E fui conversando e lhes mostrando as árvores, o ribeirão, a mata, os pássaros, os insetos. Já estávamos distantes do restaurante, quando Rafaela insistiu que entrássemos numa pequena mata que havia a beira da estrada. E eu fiz o que todo avô faz numa hora dessas, e disse:
— Aí não, minha filha! Aí mora o Lobo Mau!
E ela me respondeu na lata:
— Num tem perigo não, vovô! Eu sou amiga do Lobo Mau!
— Amiga?! perguntei intrigado.
— Sim. Eu disse pra ele: — Cê num vai mais comer a vó Celeste, nem vó Mara, nem vô Guimão, nem vô Paulão, nem minha irmã, viu?
— É..., filha...??? — eu disse. — E o que o Lobo Mau respondeu? — perguntei.
— Tá bããaoooo!!!... Ela disse num tom elevado, bravo e conformado...
De volta a casa, contei a história pro restante da família e tornei a perguntar à Rafaela o que o Lobo Mau dissera, esperando que ela confirmasse a história:
— E o que o Lobo Mau respondeu, Rafa?
E ela tornou do mesmo modo, mas com as seguintes palavras:
— Pôooxaaa!!!...
Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais!
Olhem só a cara do lobo: — Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais! [*]
[*] Reprodução. Fonte: Biblioteca Mario de Andrade expõe obras
infantis raras. Revista Exame.28/05/2019. Disponível aqui
Dizem que o Lobo Mau que anda por aí, bonzinho, contando
histórias para criançada, é o tal Lobo amansado pela Rafa...
Estas e outras histórias estão no segundo livro que Celeste Krauss está escrevendo sobre os netos.
Como se recorda, ela já escreveu
que pode ser baixado gratuitamente neste link:
https://rl.art.br/arquivos/4273942.pdf?1402659908
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: José Batista (Jô) com a terceira camisa do Águas Virtuosas, ao lado da filha Isabela (filho e neta deste autor).
No número 1 desta Série Os uniformes do Águas Virtuosas (aqui), escrevemos que
No ato de fundação do Águas Virtuosas, em 26 de agosto de 1926, o artigo 61 estabeleceu o vermelho e o branco como as cores do clube, e bem assim o modelo da flâmula: toda vermelha, tendo ao centro uma bola branca, com as letras A V entrelaçadas.
Art. 61 do Estatuto de agosto de 1926
O time de futebol do Águas Virtuosas há alguns anos está fora de atividade, mas esse triste fato não arrefeceu o amor da torcida lambariense pelo seu clube nem apagou da memória os feitos dos grandes times do Águas Virtuosas.
E um claro exemplo disso é a procura dos torcedores pela camisa vermelha e branca do seu time do coração.
É sobre isso que falaremos a seguir.
Conheça o hino do A.V.F.C. - aqui
A gloriosa camisa do Águas Virtuosas
Tempos atrás, mandamos confeccionar o escudo do Águas Virtuosas Futebol Clube (AVFC), neste modelo:
A seguir, escolhemos uma camisa de futebol vermelha com detalhes brancos e nela inscrevemos nome e número às costas, e colamos o glorioso escudo do lado esquerdo do peito, deste modo:
Outros modelos de camisas do Águas Virtuosas
Família Guimarães uniformizada (filhos e netos deste autor: Alan, Guiminha, Carlo, Leo e Rafa) com a camisa do A.V.F.C., em Orlando (EUA)
Como montei a camisa do Águas Virtuosas
Como dissemos, adquirimos camisas com as cores do Águas Virtuosas (vermelha, vermelha com detalhes brancos, branca e cinza com detalhes vermelhos e/ou brancos), e mandamos confeccionar o escudo do clube.
A confecção do escudo encomendamos pela internet, e assim também a camisa, que já veio com número e nome impressos
As camisas de marcas mais conhecidas são: Adidas, Umbro, Nike, etc.
Pesquisa livre no Google registra os seguintes sites: Escudo
Camisas
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