Ilustração: Ilustração: Capa do Fascículo 3 da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI - A Era Stocler
Conforme já descrevemos aqui no site GUIMAGÜINHAS, a Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI faz um resumo didático da história da outrora ÁGUAS VIRTUOSAS — a atual cidade de LAMBARI, MG.
Trata-se de uma série de fascículos, em formato eletrônico (e-book) e em formato impresso (livreto), na qual se narra de forma resumida a história de nossa cidade.
A Coletânea abrange o seguinte período histórico:
Veja aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=61723 |
Pois bem, nesta série MEMÓRIAS DA NOSSA TERRINHA, vamos destacar aspectos interessantes e/ou curiosos da história de Lambari, narrados na citada Coletânea.
Vamos lá ao número 4 desta série.
O FASCÍCULO 3 (TRÊS) DA COLETÂNEA
Este é o conteúdo do Fascículo 3 da Coletânea, que narra o que intitulamos A ERA STOCKLER: história da missão e atividades empreendedoras e políticas do médico campanhense Eustáquio Garção Stockler em favor de ÁGUAS VIRTUOSAS.
A seguir, destacamos alguns pontos interessantes deste Fascículo 3, intitulado: A ERA STOCKLER - A criação da estância de Águas Virtuosas.
Na dedicatória, recordo o dr. José Benedito Rodrigues, pelos livros e memórias que compartilhamos:
Neste fascículo anotamos particularidades do homem, do médico, do político e do empreendedor Garção Stockler — o fundador da estância de Águas Virtuosas de Lambari:
O criador da estância hidromineral de Águas Virtuosas
Nossa história mostra Garção Stockler como o criador e o fundador da estância hidromineral de Águas Virtuosas de Lambari, na qualidade de centro de vilegiatura e de tratamento:
O médico campanhense Garção Stockler vinha do Rio de Janeiro para Campanha, quando passou perto das fontes e tomou a água santa... Aí se apaixonou por Águas Virtuosas e aqui se instalou em 1882:
Reforma do Parque, divulgação da Estância, propaganda das águas
Entre as ações principais de Garção Stockler para melhoramento da Vila estão: reforma do Parque das Águas, a divulgação da Estância e a propaganda das águas:
Transporte, hospedagem e cuidados médicos para os aquistas
Empreendedor, médico, jornalista, propagandista das águas e da estância, Garção Stockler dedicou sua vida a Águas Virtuosas: cuidou das instalações hoteleiras, da farmácia, do transporte dos aquistas, do tratamento médico com a utilização das águas e estabeleceu as "temporadas" (melhor tempo de uso das águas) para esse tratamento:
Garção Stockler pensou a Vila de Águas Virtuosas como uma cidade moderna: ruas largas, bulevares e praças alinhados ao Parque das Águas. E para tanto elaborou um plano de saneamento que viria a ser executado por Américo Werneck.
O agrupamento político de Águas Virtuosas e o jornal A PELEJA
A formação do grupo político de Garção Stockler e a fundação do jornal A PELEJA, dirigido por Stockler, que se tornou o
mais importante arauto político noticioso e literário da época, em todo o sul de Minas:
O fortalecimento político e as melhorias de Águas Virtuosas
Ao fortalecimento político da Vila, seguiram-se inúmeras melhorias, entre elas a chegada de imigrantes italianos e elementos das colônias portuguesa e francesa, por toda a década de 1890. Em 1894, deu-se a fundação do Instituto Cirúrgico e Ginecológico, um serviço de assistência médico-cirúrgica, pelos médicos Dr. Duarte Peres Rêgo Monteiro e Dr. João Bráulio Júnior, este, também, renomado crenólogo e político:
Ilustração: Recorte de foto do time do G.R. ABI, anos 1970, mostrando amigos que já se foram: Vaca, Delém, Serginho, Chiquinho e Tatá
O tempo chega e a gente vai lembrando dos muitos amigos do futebol que já partiram!
É muita gente que deixa saudade na gente!
Por isso — sendo impossível listar todos aqui, mas citando muitos — queremos homenagear todos aqueles amigos do futebol de Lambari — dirigentes, técnicos, jogadores, massagistas, roupeiros, árbitros, auxiliares, torcedores — com quem convivi desde os meus 10 anos de idade — e que hoje vivem no outro lado da Vida!
Numa única foto do time do G.R. ABI, anos 1970, estão 5 amigos
que já se foram: Vaca, Delém, Serginho, Chiquinho e Tatá
Que estejam em paz e que Maria de Nazaré ampare seus familiares e amigos!
Baita saudade, gente!
Aqui no site GUIMAGÜINHAS deixei alguns registros saudosos!
Confira:
Egberto (Véio), Guima e Jorginho Coca-Cola, no time do Águas Virtuosas de 1975 e Cabritinho
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (75) - Dílson Junqueira de Souza [*1953 - + 2020] Xepinha, Guima e Dílson, Veteranos do Águas - partida contra o Master do Flamengo (RJ) - Setembro de 1994
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (80) - William Dimas Nascimento [*1952 - + 2020] Tucci, Dimas, Xepinha e Guima, no time do Águas Virtuosas de 1975
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (81) - Guinho Gregatti, um dos maiores personagens do nosso futebol (1943-2021) Guinho, em 2020, após assinar a camisa do Águas Virtuosas, que ele honrou como jogador e técnico multicampeão
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (82) - Zezé Gregatti, outro craque do Águas que nos deixa (1939-2021) Zezé Gregatti assinando a camisa do Águas Virtuosas, ele que foi o maior atacante da história do clube.
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (90) - Eita, Veiaco! Cê foi deixar a gente, sô! Véio com a camisa do Águas, assinada por diversas atletas do clube
João André dos Santos [*1931 - +2020] João André e Gidão. Dupla de zagueiros do Águas Virtuosas dos anos 1950.
Registrei, também, em minha página pessoal do Facebook [https://www.facebook.com/antoniocarlos.guimaraes.1675/], a partida de grandes amigos.
Confira:
E algumas outras antigas lembranças que estão aqui no site GUIMAGÜINHAS:
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. (8) Quinzinho Modesto, o maior artilheiro do Águas Virtuosas Quinzinho Modesto veste a camisa do Águas Virtuosas
Águas Virtuosas F. C. (11) - Craques (2) - Chá e Alemão
JOÃO PRETINHO, LUIZ CLÁUDIO E CAFURINGA
João Pretinho, Luiz Cláudio e Cafuringa, presentes nas fotos acima. Nossa homenagem também a José Luiz Krauss e Olavo Gorgulho — grandes torcedores do Águas —, que faleceram em acidente automobilístico, no dia 10/01/1988, dia em que o AVFC conquistou o bicampeonato da Liga de São Lourenço.
João Luiz Fernandes, craque em Minas e no Rio João Luiz (de terno), como técnico do Águas Virtuosas, desfile de 7 setembro de 1949
Uma entrevista com Celinho Zanata Celinho Zanata e Guima, recordando os tempos em que jogaram pelo Juvenil do Águas Virtuosas
Antigos técnico e dirigentes do Águas Virtuosas (Dr. Ferreira, Cunha e prof. Fernandes) (Manoel Corrêa e Chico de Castro)
Ito Coelho e Zé Roberto Monte (árbitros)
Tonhão (roupeiro) e Zé Boião (massagista)
Luiz Careca, Marquinhos Mossoró e João Fubá (dirigentes)
Augusto Wildhagen e Gidão Mileo
MURAL: Wili, Zé Zoinho, Geraldinho Dantas, Gilberto, Marco, Dimas, Nenê, Ganso. Abaixo: Hélio Fernandes, Marco Antônio, Paulinho Fernandes, Joãozinho e Paulinho Ribeiro.
Nambu, Fabiano, Jaime, Gil, Bita, Zé Luís, Rely, Manoel Mota, Xanxão, Xanxinha e Biguá
Dal, Zé Aírton, Anpire, Roberto Nascimento, Nenê Nascimento, Zé Paulo Viola, Marron, Tinica e Maurício Sousa
E CENTENAS E CENTENAS DA TORCIDA FIEL
Este tópico é dedicado a todos aqueles que um dia torceram pelo time do Águas Virtuosas - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=50889
Além de membros da diretoria — sempre presentes —, podemos citar alguns torcedores-símbolos: Manoel Mota, Domingos Gregatti, Geraldo Dantas, Vicente Raimundi, Daniel Gregatti, Geraldinho Andrade Pereira e Tiãzinho Alves Pereira, Mílton (zelador da quadra S.O.L), Zé Carvalho, Zé Marques, entre centenas e centenas...
Ah, minha avó Margarida e meus tios Darci e Irene — esses não perdiam um jogo no campo do Águas!
Ilustração: Capa do Fascículo 2 da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI - A formação da Vila de Águas Virtuosas
Conforme já descrevemos aqui no site GUIMAGÜINHAS, a Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI faz um resumo didático da história da outrora ÁGUAS VIRTUOSAS — a atual cidade de LAMBARI, MG.
Trata-se de uma série de fascículos, em formato eletrônico (e-book) e em formato impresso (livreto), na qual se narra de forma resumida a história de nossa cidade.
A Coletânea abrange o seguinte período histórico:
Veja aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=61723 |
Pois bem, nesta série MEMÓRIAS DA NOSSA TERRINHA, vamos destacar aspectos interessantes e/ou curiosos da história de Lambari, narrados na citada Coletânea.
Vamos lá ao número 3 desta série.
O FASCÍCULO 2 (DOIS) DA COLETÂNEA
Este é o conteúdo do Fascículo 2 da Coletânea, que narra a história da formação da VILA DE ÁGUAS VIRTUOSAS: primeiros moradores, aquáticos ilustres, a vinda da Princesa Isabel e o Conde D'Eu, formação do patrimônio público:
A seguir, destacamos alguns pontos interessantes deste Fascículo 2, intitulado: A FORMAÇÃO DA VILA DE ÁGUAS VIRTUOSAS - O primeiro século de existência.
Na dedicatória, lembro Bibianinho Rocha, uma das últimas memórias vivas de nossa história, com quem troquei muitas informações e causos sobre a a formação de nossa cidade:
Neste fascículo cuidamos de alguns aspectos pouco conhecidos da nossa história, no período de 1780 a 1890, como se pode ver abaixo:
Quando se deu a descoberta da Água Virtuosa?
Foi provavelmente na década de 1780 que nossas águas foram descobertas. Confira:
Quem era Antônio de Araújo Dantas
Ao contrário do que diz a lenda, Antônio de Araújo Dantas não foi um escravizado mina, que teria levado Cecília e Tancredo às fontes milagrosas.
Ele era um fazendeiro, em cujas terras as águas virtuosas foram descobertas:
Visitas ilustres a Águas Virtuosas no Século XIX
No Século XIX, políticos, ricos fazendeiros, famílias ilustres, muitos desses frequentadores da Corte Imperial, vieram à Vila, em busca das Águas Virtuosas:
Durante 2 meses e meio, de agosto a novembro de 1868, a Princesa Isabel e o Conde D'Eu estiveram em Campanha e Águas Virtuosas de Lambary, e, depois, em Águas Virtuosas de Baependy (atual Caxambu). Veio a princesa em busca das águas santas que pudessem auxiliá-la a engravidar.
Henrique Gerber - Parque das Águas: obras e regulamento de uso das águas (1862)
Em 1862, com o engenheiro Henrique Gerber, nosso Parque das Águas recebeu as primeiras obras de preservação das nascentes, engarrafamento das águas e a regulamentação de uso e cuidados das fontes:
Fatos memoráveis e aspectos da Vila no Século XIX e início do Século XX
E, ao final, listamos fatos memoráveis ocorridos na Vila nas décadas de 1830 e transcrevemos descrições de aspectos da povoação no Século XIX e início do Século XX:
Ilustração: Porta-livros com os volumes da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Conforme já descrevemos aqui no site GUIMAGÜINHAS, a Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI faz um resumo didático da história da outrora ÁGUAS VIRTUOSAS— a atual cidade de LAMBARI, MG.
Trata-se de uma série de fascículos, em formato eletrônico (e-book) e em formato impresso (livreto), na qual se narra de forma resumida a história de nossa cidade.
A Coletânea abrange o seguinte período histórico:
Veja aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=61723 |
Pois bem, nesta série MEMÓRIAS DA NOSSA TERRINHA, vamos destacar aspectos interessantes e/ou curiosos da história de Lambari, narrados na citada Coletânea.
Vamos lá ao número 2 desta série.
O FASCÍCULO 1 (UM) DA COLETÂNEA
Este é o conteúdo do Fascículo 1 da Coletânea, que faz uma excursão pela História do Brasil — da "descoberta" do Brasil até o reconhecimento da Região do Lambari e a evolução da Vila de Campanha:
A seguir, destacamos alguns pontos interessantes deste Fascículo 1, intitulado: HISTÓRIA PRIMITIVA DE ÁGUAS VIRTUOSAS - Sertão do Rio Verde, Região do Lambari e Águas Virtuosas de Lambari
Na dedicatória, lembramos meus principais contadores de história, aqueles que me fizeram interessar pela história e estórias de minha parentela e de minha cidade:
Pequena excursão pela História do Brasil
Da "descoberta do Brasil" à Vila de Campanha:
Nheengatu - a língua geral falada no Brasil nos séculos XVI/XVII
O Nheengatu — a língua brasílica (diz-se de gente e coisas indígenas do Brasil. Dic. Aurélio) — foi a língua geral falada no Brasil, particularmente no litoral brasileiro, por mais de 200 anos:
Uma curiosidade histórica liga LAMBARI (MG) à língua TUPI
Uma curiosidade histórica liga LAMBARI (MG) à língua TUPI Nas décadas de 1940/50, conviveram em Lambari,MG dois ilustres literatos e mestres de línguas indígenas do Brasil: o Padre Antônio Lemos Barbosa e o escritor Basílio de Magalhães, tendo este último prefaciado o livro Curso de Tupi Antigo: Gramática, Exercícios, Textos, daquele autor. Como foram contemporâneos na passagem por Lambari, quem sabe não teriam conversado na "língua brasílica"...
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Os povos indígenas e a colonização do Brasil
A importância dos povos indígenas na formação do Brasil e suas contribuições para a sociedade mundial: habilidades agrícolas, de caça e pesca, de fabricação de artefatos, o conhecimento das matas, rotas, plantas, a cultura, a arte, a língua, a religião, a conservação da floresta:
A Estrada Real foi o caminho que servia para escoar as riquezas do Brasil na época da Colônia. Atualmente, com 1.630km de extensão, constitui a maior rota turística do Brasil, passando por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro:
A Garganta do Embaú foi o ponto de penetração dos bandeirantes paulistas para a conquista do território mineiro:
Nos primórdios da corrida do ouro pelo território do Sul de Minas, as terras banhadas pelo Rio Verde e Rio Sapucaí ficaram conhecidas por Minas do Rio Verde ou Minas do Sul:
As primeiras cidades do Sul de Minas
Dentre as primeiras cidades do Sul de Minas fundadas pelos bandeirantes paulistas estão Baependi, Aiuruoca e Campanha:
A partir dos anos 1700, a Região do Lambari (próxima da Estrada Geral e do Rio Lambari) começou a ser povoada:
Ilustração: A história do CIRCO LAMBARI e do PALHAÇO do mesmo nome. Fonte: Circo Lambari e o seu triste fim, em Montenegro (RS) - Renato Klein- Blog: Histórias do Vale do Caí
Eu estava no terreiro brincando quando escutei os foguetes e a voz do homem falando no alto-falante e então fui correndo para rua gritando: o circo chegou! o circo chegou!
(LUIZ VILELA. No conto Circo)
Dia desses, publiquei no meu Facebook um texto sobre A LOURINHA DO CIRCO (aqui), extraído do meu livro MENINO-SERELEPE.
A esse texto, juntei informações sobre um circo chamado LAMBARI e bem assim uma foto. [1]
E isso trouxe à memória de amigos lambarienses alguns circos que passaram por aqui, como Picolino e Nova York, e os locais em que se instalaram: antigo Campo do Esporte (onde é o atual Campo do Águas), área entre o Cassino e o Hotel Itaici e área próxima da Padaria Mota (antes do antigo Posto Esso, atual Biasinox).
Recordemos um pouco mais desse tempo, visto que:
E o circo é uma dessas paixões que permanecem vivamente em nós, como você poderá verificar no subtópico A história do CIRCO LAMBARI e do PALHAÇO do mesmo nome e na música/poesia O Circo, de Sidney Miller, na imortal interpretação do Quarteto em Cy.
Vamos lá!
Circos instalados em Lambari no antigo Campo do Esporte (atual Campo do Águas):
Circo Maurício em Lambari, instalado defronte ao Cassino. Reprodução. Fonte: Facebook/Fotos antigas de Lambari
Circo instalado no antigo Campo do Esporte (atual Campo do Águas Virtuosas F.C.)
A HISTÓRIA DO CIRCO LAMBARI E DO PALHAÇO DO MESMO NOME
Circo Lambari e o seu triste fim, em Montenegro
No post intitulado Circo Lambari e o seu triste fim, em Montenegro [2], Renato Klein, jornalista, fundador e diretor do jornal Fato Novo, relata que:
O dono do Circo Lambari chamava-se Jesus Luis Penha. mas era conhecido mesmo como Lambari.
Nasceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, em 1922.
Em 1930, junto com seu irmão gêmeo formou a dupla Lambari e Laranjinha. Aos oito anos de idade, com Lambari no cavaquinho e Laranjinha no violão, eles já cantavam no rádio.
Um anão chamado José Bartolo falou com os pais dos meninos, Joaquim Luis Afonso e Maria Bonifácio Penha e obteve permissão para incluir a dupla num pequeno circo que se apresentava em Tanabi, no estado de São Paulo.
O circo se mudava de cidade em cidade, e com o passar dos anos, a dupla mirim tornou-se a sua maior atração. Gravaram discos, cantaram ao lado de Cascatinha e Inhana, Zé Carreiro e Carreirinha, Dino Franco e Marai e Tonico e Tinoco.
Laranjinha faleceu e Lambari, com 20 anos, seguiu carreira como palhaço fazendo comédias inspiradas em Mazaroppi.
O restante dessa triste história vocês podem ler aqui.
E ainda sobre o Circo Lambari e o palhaço do mesmo nome, extraímos de uma bela crônica do desembargador José Carlos de Oliveira, publicada em 2021, na página eletrônica do Jornal Opção, os seguintes trechos:
Conto-lhes essa história, que é minha história, por estar convencido que também é a história de muitas pessoas da minha geração. Na década de sessenta, morava eu com minha família numa agradável e bela cidade do interior deste imenso estado de Goiás, chamada Jataí.
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Quem morou, naquela época, em cidades do interior do país bem sabe que o divertimento consistia no cinema da cidade e o circo. Ah, o circo! Quem teria inventado essa mágica? Meus olhos, agora mais ou menos opacos pelo colírio dos anos que todos nós somos obrigados usar brilham como estrelas quando ouço essa palavra mágica “Circo”! Ainda hoje é assim. O tempo é inexorável, destrói ou apaga
nossas recordações, as boas e as ruins. Mas o circo, este está acima da intangibilidade do tempo.
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Naquela época, houve um circo que se instalava em Jataí com muita frequência, criando mesmo uma identidade, uma certa afeição com o povo jataiense: meu querido e inesquecível CIRCO LAMBARI! Meu querido Circo Lambari, assim como eu, era modesto, muito simples, pobre mesmo, não apresentava números comuns e próprios de grandes espetáculos dos grandes circos, mas como eu era apaixonado por ele! Meu pobrezinho e divertido Circo Lambari!
Mas o Circo Lambari guardava um segredo, um segredo que os demais circos desconheciam e que, se conhecessem, ganhariam ainda muito mais projeção. Era um palhaço, o LAMBARI, ao mesmo tempo, o proprietário do circo. Uma figura singular
o palhaço LAMBARI: calça amarela pouco abaixo dos joelhos, aquele jeito caipirão de andar, lembrando o consagrado Mazzaropi, ícone do cinema brasileiro, chapeuzinho velho e corroído na cabeça, dizendo piadas simples, inocentes, mas que se tornavam hilariantes contadas por ele.
Veja a cronica completa aqui.
A Praça Lambari, em Jataí (GO)
Essa passagem do Circo Lambari por Jataí (GO) foi tão marcante que, no local onde se instalara o circo décadas atrás, se formou uma praça, conhecida por Praça Lambari, em homenagem ao circo e ao seu dono —o palhaço Lambari!
Chafariz da Praça Lambari em pleno funcionamento! - Fotos: Amarildo Gonçalves / Texto: Costa Jr.
Jataí, a cidade que todos amamos em seus 126 anos de existência é repleta de locais lindos e aconchegantes que fazem parte da nossa história e que foram palco de muitos eventos que marcaram época e continuam a encher os nossos olhos de beleza e alegria.
Como você pode observar nas fotos nesta matéria a nossa querida e histórica Praça Clodoaldo Rezende, carinhosamente conhecida como Praça Lambari em virtude de um circo que foi montado no local cujo o dono tinha o apelido de Lambari está ainda mais linda. Como todas a praças e parques de nossa cidade, esta também é fértil em curiosidades envolvendo moradores e eventos do passado. (O destaque não é do original.)
Fonte: https://www.jatai.go.gov.br/chafariz-da-praca-lambari-em-pleno-funcionamento/
O CIRCO - SIDNEY MILLER E QUARTETO EM CY
Se há uma música/poesia capaz de evocar todos os sentimentos que um circo foi capaz de produzir na criançada/juventude do meu tempo, certamente é O Circo, de Sidney Miller, interpretada pelo Quarteto em Cy!
Quer matar saudade?
Recorde a letra e a interpretação do Quarteto em Cy:
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=58hfre8oLuc
O Circo
Sidney Miller - Quarteto em CY
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
Corre, corre, minha gente, que é preciso ser esperto
Quem quiser que vá na frente, vê melhor quem vê de perto
Mas no meio da folia, noite alta, céu aberto
Sopra o vento, que protesta
Cai no teto, rompe a lona
Pra que a lua, de carona, também possa ver a festa
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
Bem me lembro, trapezista, que mortal era seu salto
Balançando lá no alto, parecia de brinquedo
Mas fazia tanto medo que Zezinho do trombone,
De renome consagrado, esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone pra tocar o seu dobrado
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
Faço versos pra o palhaço que na vida já foi tudo
Foi soldado, seresteiro, carpinteiro, vagabundo
Sem juíz e sem juizo, fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia que em seu rosto coloria
Todo o encanto do sorriso que seu povo não sorria
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
De chicote e cara feia, domador fica mais forte
Meia volta, volta e meia, meia vida, meia morte
Terminado seu batente, de repente a fera some
Domador, que era valente, ante as feras se consome
Seu amor indiferente, sua vida e sua fome
Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade
Fala o fole da sanfona, fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora que desponta a bailarina
Que o seu corpo é de senhora, seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora, quem cantava, desafina
Porque a dança só termina quando a noite for embora
Vai, vai, vai terminar a brincadeira
Que a charanga tocou a noite inteira
Morre o circo e nasce na lembrança
Foi-se embora eu ainda era criança
.....................
Composição: Sidney Miller
Fonte: https://www.letras.mus.br/quarteto-em-cy/295380/