Ilustração: Carinha verde, língua de fora - Ilustração verbete Linguarar, do Vocabulário de Aguinhas. Fonte: www.publicdomainpictures.net/pt
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
A Série Vocabulário de Aguinhas trata-se de uma coleção de palavras e expressões, típicas de Lambari (MG) e região Sul do Estado de Minas Gerais, utilizadas no livro Menino-Serelepe.
Entre essas palavras e expressões, há algumas que são caracteristicamente lambarienses, como já mostramos aqui.
E quem por aqui do Sul de Minas já não ouviu também estas expressões:
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Abaixo vai o número 13 da Série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS.
Confira.
Lambuja: Lambujem = O que se ganha ou se dá além do combinado; quebra, sobra.
Laia: Espécie, tipo.
Lambisgóia: Pessoa intrometida, metediça, atrevida.
Latoeiro: Folheiro = aquele que trabalha com folha-de-flandres. No interior de Minas Gerais, artesão que usa como matéria-prima latas de óleo, de banha, de conservas, com as quais fabrica canecas, latas, litros de medida, pratos, brinquedos, lamparina, funil, pequeno artesanato.
Veja este post: E fogões de lenha não há mais!
(...) o esmaltado das canecas, o prateado dos trens areados, o dourado das canecas de latas (Pedro Bento era o famoso latoeiro da Vila Nova), o azul colonial patinado do guarda comida, o brilho do tampo da mesa lavada de velho (...)
Lazarone: Gente pobre; ocioso; mendicante.
Lerdiar: Corruptela de lerdear = demorar-se; descuidar-se.
Leguleio: Cumpridor rigoroso das formalidades legais. Rábula [pejorativo].
Leréias: Lorotas, mentiras sem importância.
Levado da breca: Muito levado, muito travesso.
Levar uma tábua: Ser rejeitado ao tirar uma moça pra dançar.
Levar um tomé: Ser enganado por alguém que não cumpre o combinado.
Leviano: Maneiro, leve.
E que a gente devia procurar outros modos de corrigir o mal, onde o mal de fato houvesse, já que vingar, matar, pagar na mesma moeda contrariava o ensino de Jesus. (Saí feliz, leviano, levianinho, meditando naquelas palavras, me dizendo: — “Ah, vó quando ‘stá intuída sabe falar bonito...”)
Lido e corrido: Sujeito conhecedor e experiente em alguma coisa.
Lojeca: Lojinha ordinária.
Linguarar: Contar, fazendo fofoca.
Bolinha de gude o pai pôs tudo no forro, causa que foram linguarar pra ele que eu fugi da mãe pra jogar às deva com os moleques grandes da Rua de Cima e isso até ele já falou que não pode... Deixa pensar direito...”
Reprodução. FotoStock. publicdomainpictures.net/pt
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
VEJA OS DEMAIS NÚMEROS DESTA SÉRIE
Ilustração: Léo e Rafa ao lado do Monstro da antena (vó Celeste fantasiada)
Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.
Como vimos contando nesta série RECANTO DOS NETOS, eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram muitos netos.
Quatro homens (Léo, Rafa, Paulinho e Guga) e quatro mulheres (Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília).
Já contamos algumas histórias dessa turminha. Vejam estes posts:
E hoje vamos contar mais uma: Léo e Rafa contra o Monstro da antena
Vamos lá!
Heróis japoneses sempre fizeram sucesso na TV Brasileira, desde National KIid e Ultraman nos anos 1980, passando, nos anos 1990, por Jaspion, Jiraiya e Jiban, até os Power Rangers dos anos 2000, esses renovados pela Disney a partir de 2010.
Super-heróis japoneses: National Kid, Jaspion e Power Rangers
Com armaduras, espadas, pistolas de laser e golpes de lutas marciais, enfrentando monstros ameaçadores que queriam destruir o planeta, os heróis japoneses encantaram as crianças das últimas décadas.
E, claro, meus netos gêmeos — Léo e Rafa — pegaram a última geração desses heróis: Os Power Rangers (veja aqui).
Power Rangers Megaforce. Fonte Wikipedia
Tiveram até mesmo um aniversário com motivos de Power Rangers, que fez muito sucesso à época.
Os Power Rangers Rafa e Léo (ou será Léo e Rafa?) prontos para a batalha
Os super-heróis sopram as velinhas de 3 anos
E, claro, a partir daí, uma de suas brincadeiras prediletas passou a ser as fantasias dos super-heróis.
Tudo bem, mas e o monstro?
Quem arranjou a solução foi vó Celeste, que tratou de improvisar um monstro — o Monstro da antena — com o qual os gêmeos Power Rangers pudessem lutar. Quanto às armas dos heróis: os escudos eram almofadas, as armas, pentes de cabo e as granadas, fraldas descartáveis.
Rafa e Léo contra o Monstro da antena
Tempos depois, a luta foi contra Godzila, porque vida de super-herói é assim: não se escolhe adversário! Qualquer monstro que ameace a segurança da humanidade tem de ser combatido!
Pôster japonês do filme "Gojira", de 1954, que inspirou o Godzilla. Recorte. Fonte: Wikipedia
Rafa e Léo, a mão desarmada, enfrentam o tiranossauro rex (Godzila)
Mas houve um dezembro de férias na qual vó Celeste preparou uma surpresa para a dupla de heróis: fez não só a fantasia do monstro como também a dos super-heróis.
Pudera! A luta se daria no espaço sideral e lá é preciso roupas especiais. E assim foi feito.
Confiram as fotos: Monstro sideral x Léo e Rafa — esses com trajes espaciais e armas atômicas à mão!
Léo se preparando para a grande luta
Rafa bate os escudos para assustar o Monstro sideral
Léo e Rafa prontos para enfrentar o Monstro sideral
Cena da luta no espaço: Rafa e Léo contra o Monstro sideral
E o sucesso aumentou a freguesia!
Pois bem, todo final de ano era assim: sempre tinha um monstro e muitas lutas. E a coisa foi indo, até que vó Celeste foi passar férias em Brasília...
No segundo dia, a avó brincava de bola com os gêmeos na quadra de esportes em frente ao prédio em que moravam. Logo, chegaram amiguinhos de Rafa e Léo, todos na faixa dos seis, sete anos.
E um deles se achegou tímida e mansamente à "famosa vó Celeste que virava monstro" e disse:
— Quando ocê virar monstro, cê deixa eu lutar também!
Com novos super-heróis, as lutas continuaram nas férias de Brasília...
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: Xepinha, Guima e Dílson, Veteranos do Águas - partida contra o Master do Flamengo (RJ) - Setembro de 1994
Faleceu ontem, aos 66 anos de idade, Dílson Junqueira de Souza, da Farmácia Saúde, em Lambari, MG.
Nossos pais — Dé Guimarães (da Farmácia Santo Antônio) e Nenzinho Junqueira (da Kombi) — , foram amigos e companheiros de caçada, principalmente na caça ao macuco, na Serra do Mar (época em que tal tipo de caça era permitida...)
Caraguatatuba, anos 1960: Na frente: Toninho. Ao centro: Expedito, seu Bié, Zé Vicente, João André, Nenzinho e Josué. Ao fundo: Vicente, Miquéias e Dé.
E nós dois fomos colegas de infância e de futebol.
Abaixo, lembro um pouco daquela época, como homenagem ao amigo que se foi.
Vá em paz, Dílson!
No meu livro de memórias da infância (MENINO-SERELEPE) conto sobre uma das grandes aventuras do meu tempo de menino: as emoções e os sustos da tentadora e vetusta arte da furtação de frutas, à qual até mesmo Santo Agostinho se refere.
Pois bem, a turma que nos idos de 1960 brincava de pique-esconde, à noite, no Jardim da Igreja, entre eles eu, Xepinha, Baiano e Dílson, a tantas horas saíamos em busca dos quintais vizinhos... e neles as jabuticabeiras carregadinhas.
Vejam como narrei:
(...) E furtar jabuticabas era o máximo! As bichinhas iam pintando e a turma sondando, na boca de espera, aguardando a hora. Havia pés de jabuticabas nos fundos da Igreja Protestante, todos liberados, visto que eu já enturmara com os meninos de lá. Mas era mais emocionante fazer isso à noite, de grupo, às ocultas, e incluir, também, as jabuticabeiras do seu Jairo Ferreira e do seu Lili Ferraz, cujas hortas eram vizinhas do quintal da Igreja, aumentando assim a variedade das espécies.
...........................
Uma vez plaft! um gambá se debatendo no telhado de zinco do galinheiro. Uma assombração!... Um pavor tamanho!... Em tempo de cairmos do muro com a peça desse fedido! E tivemos de fugir apressadamente, visto que o seu Jairo acendeu as luzes da casa, procurando divisar no escuro do terreiro o que causara a barulheira e o alvoroço das galinhas. Uma outra foi quando tiros de chumbinho, saídos de não sei onde, passaram triscando e nos puseram a correr tremelicando das jabuticabeiras do seu Lili Ferraz. E uma outra, ainda, se deu quando trepados nas jabuticabeiras da Igreja lerdiamos e fomos surpreendidos pelo Tchatião, tomador de conta da Igreja, um velhinho canguiço e ranheta que encrespava a três por dois com a criançada. Nós, eu, Baiano, Dílson e Xepinha no topo das árvores, e o homem embaixo com um bambu pronto para nos chuchar. Mas fomos desconversando, dando trela, nos desculpando, tudo neguinho escolado, mas dizendo é a primeira vez, seu Tchatião, e jurando pelo que há de mais sagrado que nunca havíamos feito aquilo...
Lembranças do futebol, no time Juvenil e no Veteranos do Águas Virtuosas.
Juvenil do Águas, anos 1970: Ieié, Zé Paulo Brasilino, Adão, Guima, Vaca e Celinho. Agachados: Xepinha, Robertol, Pedro Guela, Rubens Nélson e Dílson
Juvenil do Águas, anos 1970: Ieié, Vaca, Adão, Guima, Firmino e Celinho. Agachados: Roberto, Xepinha, Zé Paulo, Pedro e Dílson.
Veteranos do Águas. Campeão da cidade, 1989. Em pé: Luizinho, Turquinho, Ró, Manezinho, Paulo de Tarso, Edmar, Tucci e Cafu. Agachados: Negão, Cao, Guima, Chiquinho, Marquinho, Dílson (1) e Dílson Junqueira (2)
Amistoso Veteranos do Águas x Masters Flamengo. 1994. Em pé: Sérgio, Turquinho, Alexandre, Jorge André, Flavinho, Luizão, Quati, Marquinho, Manezinho e Xepinha. Agachados: Zé Luiz, Dílson, Negão, Misca, Guima, Gabriel, Tucci, Dadá e Joãozinho.
O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE AGUINHAS.
Para saber mais sobre MENINO-SERELEPE e outros livros do autor, veja acima o tópico Livros à Venda.
Ilustração: Escrever memórias. Antigas cartas e fotos e postais: Fonte: Pixabay
QUEM VAI CONTAR AS PEQUENAS HISTÓRIAS?
Quem vai escrever as pequenas histórias, os fatos da parentalha, os causos e os modos de dizer da nossa gente, os acontecidos de Aguinhas? Quem vai recolher os caquinhos da memória, a lembrança das pequenas coisas que todo mundo esqueceu? Quem vai dar voz aos nossos antepassados? Quem vai se lembrar daqueles que não têm história pra contar? Quem vai contar nossa luta, nossa vivência, nossa terra, nossos amores, nossa sorte, nossos azares?
Não vão ser os grandes escritores, é claro. Mas eu gostaria que fosse alguém que narrasse soltinho, sem pensar em fazer literatura, que isso é coisa de poucos. Alguém que o fizesse numa prosinha esquadrejada e fácil, desempenada e leve, lixadinha, boa de ler. Enfim, bem acabada, no capricho, que nem se fosse uma peça aprontada por um desses carapinas que têm sentimento pelo que faz. Só isso, nem um soprinho a mais.
Palavras de JOSÉ BATISTA GUIMARÃES, a quem os netos chamavam de Pai Véio (pai mais velho), postas na página de abertura do site GUIMAGÜINHAS
Meu avô Zé Batista, contador de histórias e inspirador deste site
Aqui no site GUIMAGÜINHAS — espaço eletrônico no qual conto minhas histórias, histórias dos outros e de nossa Águas Virtuosas de Lambari —, tenho estimulado aos visitantes e àqueles que interagem conosco pelas redes sociais (e-mail, Facebook, Whatsapp) a que contem suas pequenas histórias, os fatos da parentalha, os causos e os modos de dizer da sua gente, os acontecidos do lugar em que nasceram, como diria o meu avô contador de histórias.
Vejam-se estes exemplos: |
Pois bem, volto ao tema para falar da importância, dos meios de realização e das ferramentas eletrônicas para escrever e publicar
Vamos lá.
Meu planejamento para contar as Histórias de Aguinhas
Meu primeiro planejamento para contar as Histórias de Aguinhas. Fonte: Como Minas, Aguinhas são muitas, do livro Menino-Serelepe. Disponível aqui
Para contextualizar o tema deste post, examine este artigo:
O texto fala da possibilidade de se trabalhar com historiadores pessoais (profissionais ou empresas que elaboram biografias, perfis, livros históricos de empresas, etc.), mas há informação útil para quem quer escrever a própria história ou de seus familiares, empresas, organizações, etc.
Confira aqui:
20 razões para escrever suas memórias Qual a importância da preservação das histórias de famílias e organizações e das nossas próprias histórias de vida? Em artigo publicado no blog do New York Public Library, a bibliotecária Carmen Nigro enumera 20 razões pelas quais indivíduos, famílias e organizações devem considerar trabalhar com um historiador pessoal para preservar suas histórias.
Disponível aqui: https://edicoesbpm.com.br/2807/ |
O ato ou efeito de lembrar chama-se memória. Memória é também: lembrança, recordação, reminiscência, rememoração. Por definição, memória é a capacidade do ser humano em reter as ideias, as experiências, as impressões.
Assim, quando você se perguntar: — quais são as minhas memórias? — verá que elas são múltiplas e incontáveis: pessoas, personagens, nomes, modos de falar, datas, lugares, edificações, propriedades, atividades, profissões, livros, documentos, e bem assim as narrativas, histórias e experiências emocionais ligadas a tudo isso.
Exemplificativamente, para ativar o cérebro à cata de lembranças, podemos citar:
E QUEM VAI CONTAR NOSSAS HISTÓRIAS?
(...) acreditamos que todos nós podemos (e devemos) contar as pequenas histórias dos nossos verdes (ou em amadurecimento) anos e os fatos e os modos de dizer e viver da parentalha.
É uma maneira prazerosa de guardar e reverenciar a memória dos ascendentes e deixar aos descendentes as narrativas que vão fortalecer os laços familiares e ser-lhes útil ao crescimento emocional, pessoal e espiritual.
GUIMAGÜINHAS
Como se viu acima, à pergunta que abre este tópico, meu avô teria respondido: — Não vão ser os grandes escritores, é claro.
Sendo assim, quem poderia contar nossas histórias de vida?
E ele que tinha resposta pra tudo, frisando as palavras, diria: — ... alguém que narrasse soltinho, sem pensar em fazer literatura, que isso é coisa de poucos.
Desse modo, cada um de nós estamos sendo estimulados a contar as pequenas histórias dos verdes (ou em amadurecimento) anos e os fatos e os modos de dizer e viver da parentalha.
E podemos fazer isso partindo de nossas próprias memórias, mas é certo que devemos procurar outras fontes e meios, como
E para isso nunca houve tantos recursos como os que a tecnologia atualmente nos oferece.
De fato, temos hoje
— recursos esses que nos possibilitam encontrar registros civis, localizar velhos livros, jornais e documentos, montar árvores genealógicas.
Ao lado disso, temos também recursos informatizados para
É o que veremos a seguir.
INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS DE PESQUISAS
É infindável o mundo da internet, como sabemos.
Assim, vamos mencionar algumas fontes de pesquisas eletrônicas que atendem aos objetivos deste post, isto é, escrever sobre pessoas, organizações e lugares, a nós ligados.
Vamos lá.
Fontes de pesquisa eletrônica de laços familiares
Há disponíveis os seguintes acervos eletrônicos:
Publicações do site GUIMAGÜINHAS
Para pesquisar o passado da família (inclusive dos ascendentes estrangeiros), já fizemos algumas indicações aqui no site GUIMAGÜINHAS, como estas:
Fontes de pesquisa de jornais e revistas antigos
Algumas fontes disponíveis:
Alguns sites para essa finalidade:
FERRAMENTAS ELETRÔNICAS DE REDAÇÃO
Estão disponíveis aqui no site GUIMAGÜINHAS posts sobre redação e instrumentos eletrônicos de apoio redacional, como estes:
E-book Ferramentas eletrônicas de apoio à redação E-book Palavras e expressões a evitar E-book Facilitando a vida do leitor Post Caixa de ferramentas eletrônicas para redação Roteiros para Produção e revisão de textos Outros posts do GUIMAGÜINHAS sobre Gramática e Ortografia |
MEIOS DE PUBLICAÇÕES ELETRÔNICOS
Para publicação/divulgação de textos e mensagens pessoais, comumente se usa:
Mas há opções mais sofisticadas, como as que comentamos a seguir.
Vamos lá.
Há inúmeras possibilidades para se criar um blog pessoal, muitos deles gratuitos, como nestas plataformas eletrônicas:
Qualquer texto (posts, crônicas, poesias, contos, novelas, romances) elaborado por meio de um editor de textos (Word ou outro editor) pode ser transformado em e-book (PDF, ePub, etc.), e, nesse formato, ser divulgado nas redes sociais, blogs ou outras plataformas eletrônicas.
Há disponíveis na internet diversos programas gratuitos para isso.
Modelos de livros (templates) Veja esta publicação do blog do Clube de Autores: Formulários para livros No Word do pacote Office da Microsoft, há um prático formulário para edição de livros, que inclui formatação, exemplo de bibliografia e dicas úteis. Confira:
|
Transformando textos em formatos PDF No caso do formato PDF, pode-se fazer deste modo:
⇒ Com o arquivo Word (ou outro editor) aberto, digite: Crtl + P
⇒ Clique Alterar e vai aparecer o seguinte:
⇒ Clique Salvar como PDF No comando da impressora vai aparecer:
A seguir, clique Salvar, e direcione arquivo em formato PDF para uma pasta |
Há diversas plataformas eletrônicas para se produzir e lançar um livro de forma rápida, eficiente e gratuita, seja no formato físico ou digital, ou em ambos.
Estas são as mais conhecidas:
Eis duas das principais:
Para escrever, editar e publicar um livro, muitas vezes, é necessário ajuda profissional (revisão, copidesque, ilustração, formatação, publicação, divulgação) ou a contratação de um historiador profissional — neste caso, se o objetivo for produzir biografias, perfis histórico-profissionais ou livros de memórias de instituições e empresas.
Alguns sites especializados:
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20 razões para escrever suas memórias
https://edicoesbpm.com.br/2807/
Como escrever sua autobiografia
https://pt.wikihow.com/Escrever-Sua-Autobiografia
18 Dicas de Redação: Como contar histórias pessoais e familiares com confiança
https://www.familysearch.org/blog/pt/18-dicas-de-redacao/
Já pensou em escrever um livro sobre a história da sua família? Não perca tempo
http://www.origines.com.br/blog/escrever-livro-historia-da-familia/
Como escrever as memórias da Família
https://pt.wikihow.com/Escrever-as-Mem%C3%B3rias-da-Fam%C3%ADlia
Como escrever um livro sobre a história de uma família
https://vidaria.com.br/2017/11/13/como-escrever-um-livro-sobre-a-historia-de-uma-familia/
Como escrever as memórias da família
https://pt.wikihow.com/Escrever-as-Mem%C3%B3rias-da-Fam%C3%ADlia
6 Maneiras Divertidas de fazer a história da família
https://www.churchofjesuschrist.org/youth/article/6-fun-ways-to-do-family-history?lang=por
3 maneiras de guardar a história de sua família
https://www.semprefamilia.com.br/virtudes-e-valores/3-maneiras-de-guardar-a-historia-de-sua-familia/
Publicando seu livro de história da família
https://www.thoughtco.com/publishing-your-family-history-book-1422316
Árvore genealógica ajuda a contar a história da família à criança
Como criar uma árvore genealógica
https://pt.wikihow.com/Criar-uma-%C3%81rvore-Geneal%C3%B3gica
Como elaborar uma árvore genealógica
https://pt.wikihow.com/Elaborar-uma-%C3%81rvore-Geneal%C3%B3gica
O que é storytelling?
https://www.escoladeroteiro.com.br/estrutura-de-storytelling/o-que-e-storytelling/
Autopublicação no Brasil - É viável publicar um livro independente no Brasil?
https://letraseversos.com.br/autopublicacao-no-brasil/
Como escrever um livro - Guia completo (Clube de Autores)
https://blog.clubedeautores.com.br/como-escrever-um-livro
Guia de publicação de livros (Clube de Autores)
http://media.clubedeautores.com.br/assets/templates/GuiaPublicacaoLivros.pdf
Aplicativos para Escrever: 11 excelentes aplicativos para escritores
https://comunidade.rockcontent.com/aplicativos-para-escrever/
♦ Copidesque: Revisão de texto que tem como foco a correção gramatical e ortográfica, a clareza e a objetividade, os cortes necessários e a adequação às normas editoriais; copy, copy desk.
♦ Ghost-writer: Pessoa que escreve um livro, um artigo ou um discurso por outra, a quem é atribuída a autoria desse texto, ou reservado seu uso.
♦ Memorabilia: Conjunto de objetos e coisas guardados ou colecionados por estarem relacionados com pessoa, acontecimento ou época importantes e por trazerem à tona memórias e lembranças.
♦ Storyboard: Sequência cronológica de desenhos, seguidos de texto ou áudio, que apresentam as principais ações, efeitos visuais e sonoros etc. para um filme, programa ou anúncio de televisão.
♦ Storytelling: Tell, e[ing. = contar] + story [ing. = história]. Storytelling é, portanto, o ato de contar histórias. Termo geralmente utilizado [marketing, propaganda, consultoria] para o ato de contar a história de uma empresa ou instituição.
♦ Template: Modelo informatizado a ser seguido, com uma estrutura predefinida que facilita o desenvolvimento e criação do conteúdo a partir de algo construído a priori.
Fonte: Dicionário Michaelis Eletrônico
TRECHOS DO LIVRO MENINO-SERELEPE QUE TRATAM DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Era deste modo que Pai Véio abria a contação de histórias:
— Há muito tempo passado, num lugar chamado Aguinhas, numa Província do Reino Dorminhoco, lá nas Terras-de-trás-os-ocos-do-mundo, foi que estes acontecidos se deram.
E, em seguida, cantava alto o tão esperado bordão:
— E os poucos que os contam, contam assim como eu vou contar.
E a fantasia começava, sem hora pra terminar.
Pai Véio, um contador de histórias, Cap. XXXIV do livro Menino-Serelepe
Deixei no livro Menino-Serelepe diversas referências à contação de histórias, atividade muito presente na minha criação/formação.
São registros de causos, histórias e narrativas de variada natureza, que tratam, por exemplo, do seguinte:
Confira:
(...) — Ara, larga de preguiça e continua a me escrever o resto que planejamos e que ocê prometeu escrever.
— Eu não prometi nada, o senhor é que me fez prometer e inventou até um plano. É diferente. Ora, o contador de histórias, de causos, sempre foi o senhor e não eu.
— Contar sabia, com a vida difícil não tive oportunidade de aprender a escrever. Isso eu só sabia pro gasto.
— Uai! E eu nem sei contar as histórias nem escrevê-las. Sou de outra nação de contador, lembra? (A última do Pai Véio. Apêndice)
Os sites mencionados neste post são frutos de livre pesquisa na internet, via Google, e, desse modo, nada podemos dizer da qualidade dos serviços neles anunciados.
E registre-se também que este site GUIMAGÜINHAS:
apenas compartilha gratuitamente informações e notícias históricas sobre a imigração de estrangeiros para a cidade de Lambari, MG (antiga Águas Virtuosas de Lambari), e bem assim instrumentos e ferramentas de redação, para uso geral, úteis para registro escrito de memórias pessoais, de histórias de vidas, de autobiografias, etc.
O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE AGUINHAS.
Para saber mais sobre MENINO-SERELEPE e outros livros do autor, veja acima o tópico Livros à Venda.
Ilustração: Os irmãos Marcelo, Paulo e Ricardo Castro Alves [Basile], tendo, ao centro, Egidio Giordano, chefe da Polícia local, e, do lado direito, o vice-prefeito de Latronico (Vincenzo Castellano). Viagem a Latronico, 2019, terra do trisavô Francisco Basile, que chegou, sozinho, a Águas Virtuosas de Lambari em 1877
Dentro da série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, vimos comentando sobre os cidadãos italianos que emigraram para nossa cidade no final dos anos 1800, início dos 1900.
Neste post, falaremos sobre a viagem que os irmãos Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile] fizeram a Latronico, terra do trisavô FRANCISCO BASILE, que chegou sozinho, aos 18 anos de idade, a Águas Virtuosas de Lambari, em 1877.
Vamos lá.
Marcelo, Ricardo e Paulo (acima) são trinetos de Francisco Basile e bisnetos de Miguel Basile (que aparecem abaixo, da direita para a esquerda)
Esta Série está dividida em 5 partes:
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A parte 1 - Visão geral está aqui. A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 1 - Família GESUALDI está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE está aqui. A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família Gesualdi está aqui A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE (este post) |
Vejamos, agora a parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE (Latronico, Itália).
À PROCURA DE INFORMAÇÕES SOBRE OS BASILE
Um time familiar de pesquisadores
A partir de julho de 2019, descendentes de Francisco Basile, o pioneiro da família Basile que chegou ao Brasil em 1877, passaram a pesquisar, em cartórios e registros de hospedarias e imigrantes, a existência de algum registro de nascimento, casamento ou óbito dos antepassados.
Depois que conseguiram registros dos trisavós (Francisco e Edwiges, casamento) e do bisavô (Miguel, nascimento), prosseguiram pesquisando cartórios da região de Jundiaí (onde a família se radicou, no início dos anos 1900), e outras certidões foram encontradas em Dois Córregos, Guariba, Campinas e Jundiaí.
Esse trabalho em equipe, que durou alguns meses, fez aproximar os descendentes de Francisco Basile, inclusive alguns familiares que nunca antes haviam sido contactados.
Pesquisa no site do Arquivo Nacional
O fato de Francisco Basile ter chegado cedo ao Brasil (1877), dificultou a localização de informações, visto que por aquela época o governo brasileiro ainda não mantinha controles de imigração muito rigorosos. As hospedarias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, só iniciaram seus registros anos mais tarde (São Paulo, em 1886).
Mas sabendo que Francisco Basile chegara ao Brasil antes dos anos 1880, concentraram sua pesquisa no Porto do Rio de Janeiro, começando pelo site do Arquivo Nacional - Entrada de Estrangeiros.
Confira:
Capa do site do Arquivo Nacional, que possibilita pesquisas sobre a entrada de estrangeiros no Brasil.
Acesse aqui
Mediante o preenchimento dessa ficha, conseguiram localizar a Lista de Bordo do navio Poitou, de 1877, e nela o nome de Francisco Basile
O formulário acima está disponível aqui
O livro de Registro de entradas de imigrantes no Porto do Rio de Janeiro
Com as informações acima, enfim, conseguiram localizar o nome de Francisco Basile no assentamento nº. 68, do Livro nº. 1 de Registro de entradas de imigrantes no Porto do Rio de Janeiro, cuja escrituração foi iniciada em 1º. de janeiro de 1877. Em que pese o fato de o livro estar com várias páginas danificadas, a folha relativa ao Basile fora preservada.
No assentamento n. 68, o primeiro registro público da chegada de Francisco Basile ao Brasil. Fonte: an.gov.br
Pesquisa nos cartórios de Lambari (MG)
Confirmada a chegada de Francisco Basile ao Brasil em 1877, e sabendo que ele viera para Águas Virtuosas de Lambari, Marcelo Castro Alves, que mora em Miami (EUA), fez um contato por e-mail com o autor deste site GUIMAGUINHAS, em 2 setembro de 2019, procurando informações sobre o trisavô italiano.
Passamos a ele endereço/telefone/e-mail do Cartório de Registro Civil e também da Diocese da Campanha, visto que anteriormente a 1889 os registros civis no Brasil eram feitos pela Igreja Católica.
A partir daí, iniciaram pesquisa nos microfilmes da Diocese da Campanha, disponíveis no site familysearch.org, e localizaram os registros de casamento de Francisco Basile e Edwiges Furquim, e do nascimento de Miguel Basile, o primeiro filho do casal.
Assentamento do nascimento de Miguel Basile, nos arquivos da Diocese da Campanha. Fonte: https://www.familysearch.org/pt/
Family Search vai digitalizar acervos do Arquivo Nacional
Uma ação que certamente facilitará ainda mais a localização de antepassados estrangeiros que vieram para o Brasil será o acordo referido a seguir, entre o Arquivo Nacional e FamilySearch.
Confira:
OBJETIVOS E ROTEIRO DA VIAGEM A LATRONICO
Os irmãos Marcelo, Paulo e Ricardo Castro Alves [Basile], e a mulher deste último, a médica Cristiane Takita, partiram de Miami (EUA) rumo à região da Basilicata (Itália), com o objetivo de conhecer a cidade de Latronico e região, visitar a comune (prefeitura) e resgatar documentos históricos do trisavô FRANCESCO MARIA BASILE, nascido naquela localidade em 1856.
Chegaram por Napoli, alugaram um carro e foram direto para Latronico, passando por Lagonegro (mais ou menos 3 horas, ao Sul de Nápoli). Estradas lindas e em ótimo estado, que, embora de propriedade privada, não se paga pedágio.
O aluguel de um carro possibilitou que conhecessem a região no entorno de Latronico e a costa da Basilicata (que fica a 1 hora de Latronico, cerca de 30 km). As serras, a costa mediterrânea, as rodovias, tudo é muito bonito. Maratea e Cristo Redentor, no topo da serra do litoral, por exemplo, são lugares fantásticos!
Latronico fica dentro do maior parque nacional da Itália — o Parco Nazionale del Pollino. Região montanhosa, natureza preservada, escassa população, pequenas vilas ao redor e nas montanhas e serras, que são bem altas. Em janeiro e fevereiro esses picos ficam cobertos de neve.
Parque Pollino. Reprodução. Fonte: www.italia.it - Disponível aqui
Nesse parque, Latronico é uma das primeiras cidades do roteiro de localidades a serem visitadas, além de outras vilas próximas, muito lindas, como Rotonda, Lagonegro e Castellucio. Dessa última vila, por exemplo, saíram muitos imigrantes para o Brasil, e muitos se instalaram em Iúna, no Espírito Santo, entre eles uma família Fittipaldi (veja aqui).
Era início de novembro e o forte movimento turístico da região havia terminado pouco antes (31 de outubro). E assim muitos hotéis estavam fechados, mas conseguiram pegar um hotel conhecido, que fica no alto da montanha de uma vila próxima, chamada Castelluccio Superiore.
Um ótimo hotel (Hotel Sette e Mezzo), onde foram atendidos como membros de família pelos donos Pietro e Massimo, que lhes tratou com boa comida, pasta, pizza e vinho caseiro de excelência.
Hotel Sette e Mezzo - Casteluccio Superiore (Itália). Reprodução. Fonte: www.hotelsetteemezzo.it
Veja também:
A DOCUMENTAÇÃO PÚBLICA DE LATRONICO
Uma vez em Latronico, a missão mais importante dos irmãos Castro Alves [Basile] era localizar registros civis do trisavô Francisco [Francesco] Basile, e, assim, rumaram à comune (prefeitura), onde foram muito bem recebidos e tiveram acesso aos acervos públicos do município.
A chegada à Comune (Prefeitura) de Latronico
Cidade pequena, não foi difícil localizar o prédio da Prefeitura de Latronico.
Prédio da comune (prefeitura de Latronico)
Ricardo Castro Alves [Basile], na entrada do prédio municipal
Chegados à Comune, os irmãos foram recebidos por servidores gentis e prestativos, que os atenderam muito bem, entre eles o responsável pelos arquivos dos registros civis da municipalidade, Egidio Castronuovo.
Acompanhados por Egidio Castronuovo, Paulo e Ricardo Castro Alves [Basile] conhecem os arquivos da prefeitura de Latronico
Os registros civis de Latronico
Arquivos, pastas e índices cronológicos foram disponibilizados aos irmãos Castro Alves [Basile], para que pudessem localizar os registros dos seus ascendentes de Latronico.
No acervo, há poucos registros anteriores a 1870, mas a persistência e a sorte novamente andaram juntas, pois conseguiram encontrar o livro de registro do nascimento do italiano Francesco Basile, natural de Latrônico, filho de Michelle Basile e Egidia Antonia Basile, ocorrido em 21 de novembro de 1856.
Por uma questão legal, documentos civis anteriores a 1870 não podem ser oficialmente reconhecidos. Desse modo, se não puderam obter a certidão de nascimento de Francesco Basile, conseguiram fotografar a página do livro de Atto di nascita, em que foi assentado o registro de nascimento do trisavô Basile.
Confira o caminho até a página do livro que contém o registro do nascimento de Francisco Basile, cujo nome civil completo é Francesco Maria Basile:
Acervo com os registros civis de Latrônico
Reprodução fotográfica do registro de nascimento de Francesco Maria Basile
Interesse pelos que emigraram de Latronico para Águas Virtuosas de Lambari
O entusiasmo e as histórias contadas pelos Basile descendentes contagiaram autoridades municipais de Latronico, que pediram informações sobre as mais de 40 famílias de Latrônico que emigraram para Águas Virtuosas, em fins dos anos 1800.
Os irmãos resumiram o que sabiam e mostraram cópias de documentos, trechos de livros e posts do site GUIMAGUINHAS que tratam da vinda desses italianos pioneiros para o Sul de Minas.
A relação foi tão empática que a conversa com os loquazes italianos se estendeu, e os dirigentes municipais falaram de Latronico, de sua gente, sua economia, suas atividades e passeios.
E posaram para fotos:
Os irmãos Castro Alves [Basile] e Egidio Castronuovo, funcionário responsável pelo acervo da prefeitura
Ricardo e Paulo Castro Alves [Basile] e Egidio Giordano, chefe de polícia de Latronico
Marcelo e Ricardo Castro Alves [Basile] com o vice-prefeito de Latronico, tendo ao fundo a bandeira do município e figuras icônicas da cidade
Depois, Egídio Giordano, que também é escritor, mostrou aos Castro Alves [Basile] um dicionário de antigo dialeto falado em Latronico e um livro de fotos históricas da cidade e de antigos moradores.
O também escritor Egídio Giordano mostra aos Castro Alves [Basile] um dos livros do qual é coautor
Giordano e seus colegas da comune reconheceram sobrenomes das famílias italianas que saíram de Latronico para Águas Virtuosas, e informaram que os membros dessas famílias falavam o dialeto de Latronico, e não o italiano que atualmente lá se pratica.
O chefe de polícia, que é coautor das obras citadas, deu aos visitantes um exemplar de cada uma delas.
Egídio Giordano presenteia com livros descendentes de Francisco Basile
Por fim, saíram a passeio com os Basile, para visitar lugares históricos e turísticos de Latronico.
Ciceroneados por Egídio e/ou Vincenzo, os Alves de Castro [Basile] visitaram as termas, o parque, o mirante, a igreja, e outros recantos de Latronico, e almoçaram com o vice-prefeito.
Os Castro Alves [Basile] almoçando com Vincenzo Castellano
O centro termal de Latronico localiza-se na entrada da vila, um lugar muito bonito, cheio de árvores e fontes de água quente (vulcânica), com temperatura aproximada de 25 ºC.
Há ali um grande spa, que se encontrava fechado, em razão de a estação turística ter se encerrado. Um grande hotel e um spa (wellness) está para ser construído, devendo ficar pronto em 2022.
Terma de Latronico. Reprodução. Fonte: https://www.gogoterme.com/terme-di-latronico.html
Visita às termas de Latronico, na companhia de Vincenzo Castellano
Estrada que atravessa o Parque dell Pollino
Vista de Latronico, tomada da Igreja de Santo Egídio
Placa no interior da Igreja de Santo Egídio
Vista de Latronico
Seguem abaixo vídeos da viagem a Latronico, produzido pelos irmãos Castro Alves [Basile], com um resumo do conteúdo.
Confira:
Resumo do conteúdo: Viajantes no avião; dirgindo até Latronico; divisando Latronico no alto do monte; vista ao longe de Latronico; placa de chegada a Latronico; chegada ao prédio da comune; livros e arquivos da prefeitura; atendimento na prefeitura; livros e arquivos do acervo municipal; livros de fotos antigas de Latronico; livros recebidos de presente; fotos com servidores municipais; almoço; vista à igreja de Santo Egídio; vistas de Latronico; bandeira italiana de tricô típico de Latronico.
Resumo do conteúdo: Placa de bem-vindo a Latronico; vistas de Latronico do alto; parte nova e parte antiga de Latronico; vendedor ambulante de queijos e embutidos; tipos de queijos da região; vista à Igreja de Santo Egídio; interior da Igreja de Santo Egídio; Gruta de Santo Egídio; visita às termas; visita à prefeitura; livros sobre Latronico.
LATRONICO E LAMBARI — CIDADE COIRMÃS
LATRONICO ⇔ (ÁGUAS VIRTUOSAS DE) LAMBARI
[Dentre as fotos disponíveis no site] selecionamos três imagens de Latronico que guardam semelhanças com as serras, a vila montanhosa e as águas minerais que as famílias de imigrantes encontraram em Águas Virtuosas de Lambari.
Do post: Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari.
Site Oficial de Latronico. Disponível aqui
A ÁRVORE DA VIDA
Já na antiguidade, segundo estudiosos, os povos celtas preocupavam-se em montar suas árvores genealógicas, ou árvores da vida, pois este ato tinha um significado mágico: reforçava os laços com os antepassados e prestava uma homenagem aos que lhes tinham transmitido a vida.
Fonte: http://www.ingesc.org.br/2017/09/release-a-arvore-da-vida-lebensbaum/
Os relatos das viagens a Latronico dos descendentes dos GESUALDI e dos BASILE que o site GUIMAGUINHAS publicou nesta Série mostram interessantes identificações entre a bela cidadezinha italiana e nossa Lambari.
De fato, Latronico e (Águas Virtuosas de) Lambari são cidades cercadas por serras, com construções nos altos dos montes, com fontes de águas minerais, com clima salutar, com termas, com vocação de estância turística, climática e hidroterápica — e o mais relevante: com fortes raízes espirituais, históricas e culturais, calcadas nas centenárias sagas familiares que as interligam e fazem delas naturalmente cidades coirmãs.
Sendo assim, por que não aproximá-las cultural e turisticamente?
Por que não estabelecer um eventual intercâmbio entre elas?
Por que não aprofundar mais essa história?
Por que não estreitar antigos laços de família e de cultura?
Por que não possibilitar que outros descendentes dos italianos de Latronico conheçam parte fundamental de sua árvore genealógica?
Enfim, por que não começar fazendo isso preservando e divulgando nosso pedacinho da memória da imigração no Brasil?
Por que não abrir espaço no site oficial das prefeituras para registrar essa história?
Pois bem, essas são ideias e impressões que os irmãos Basile colheram de autoridades de Latronico e sobre a qual representantes públicos, associações civis e escolas de (Águas Virtuosas de) Lambari deviam se inteirar, pois pode trazer frutos benéficos, não só às famílias de imigrantes italianos, como também à comunidade lambariense, como um todo.
AS HISTÓRIAS DA EMIGRAÇÃO DE LATRONICO PARA LAMBARI Os posts da Série IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, do site GUIMAGUINHAS, e bem assim a divulgação deles no Facebook.com/historiasdeaguinhas, tem sido acompanhados com algum interesse por pessoas de Latronico, como o Vincenzo Castellano, o jovem vice-prefeito de Latronico, entusiasta dessa ligação histórico-afetiva entre Latrônico e Lambari.
Curtida no Facebook/historiasdeaguinhas - postagem Viagem à terra dos antepassados - Família Gesualdi, em 5, jan, 2019 |
PRÓXIMA PESQUISA — OS MENESINI DA TOSCANA (Pescia)
Concluída a busca pelas origens dos Basile, do lado materno dos irmãos Castro Alves, a família se volta agora para o lado paterno, à procura das origens dos Menesini, originários da Toscana (Pescia).
E já tem um interessante fato, por onde começar, como informa Marcelo Castro Alves, via e-mail, ao autor do GUIMAGUINHAS:
O navio Poitou que levou o meu antepassado imigrante italiano do lado da minha mãe, o “Basile” de Latronico, ao Brasil em 1877, é exatamente o mesmo navio que levou 14 anos mais tarde (em 1891) os meus antepassados imigrantes italianos do lado do meu pai (familia “Menesini”) da Toscana (Pescia).
QUEM SÃO OS TRINETOS DE FRANCISCO BASILE QUE VISITARAM LATRONICO
Os irmãos Marcelo, Ricardo e Paulo Castro Alves [Basile], que fizeram a viagem a Latronico, e assim também sua irmã Regina, são da 4a. geração dos BASILE, na seguinte sequência genealógica:
Marcelo, Paulo e Ricardo, os trinetos de Francisco Basile
Marcelo é economista; Paulo, dentista, e Ricardo, médico; (a irmã Regina é psicóloga). Todos trabalham em Miami (EUA), onde residem há mais de 30 anos, na companhia dos pais (ela nascida em 1936, e ele, em 1933).