Ilustração: Cassino de Lambari. Cromo. Anos 1911
Como dissemos, nesta série Pinturas e Pintores de Aguinhas vamos lembrar alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.
Já vimos os posts sobre
e hoje focalizaremos o Cassino de Lambari.
Vamos lá!
Pinturas do Cassino de Lambari
Obra majestosa de Américo Werneck, o Cassino de Lambari foi inaugurado em 1911, dentro de um plano de modernização e embelezamento da estância hidromineral de Águas Virtuosas de Lambari.
Veja estes posts:
Cassino de Lambari. Pintura na parede do Palace Hotel. Eurico Aguiar
Cassino de Lambari. Pintura na parede. Pesqueiro Ítalo Gregatti, Nova Baden, Lambari
Cassino de Lambari. Reprodução. Pintura (autor não identificado) [*]
Desenho de William Kauage Gorgulho (parede do restaurante do Shopping Águas Virtuosas)
Pintura Cassino. Lenço vendido como lembrança de Lambari. Reprodução. Facebook
Cassino de Lambari. Reprodução. Rosely Panunzio
Cassino de Lambari. Eurico Aguiar. Pintura em azulejo 15 x 15cm
Cassino de Lambari. Reprodução. Tela de Eurico Aguiar
Cassino de Lambari. Jonas Lemes. Reprodução. Fonte: artmajeur.com/jonaslemes
Cassino Lambari, MG. O. S. T. Maucha. 1996 Reprodução Internet. Fonte: Levy Leiloeiro (aqui)
Cassino de Lambari. Raimundo Botelho, 1991. Reprodução Internet. Fonte: Empório Brasil Leilões (AQUI)
Depois que este post foi ao ar, recebemos do visitante Antonio Coppe as duas pinturas abaixo, que acrescentamos a esta galeria.
Confira:
Cassino refletido no lago. Reprodução. Marcelo Becker.
Segundo nosso visitante Antonio Coppe, esta pintura encontra-se em um corredor do Castelo Novo Hotel, em Varginha, MG
Cassino visto das paineiras. Reprodução. Ava Favaro, 2004
Pintura no muro do campo do A.V.F.C. Autor [ilegível]
Ilustração: Laguinho dos patos. Óleo sobre tela, por José Raimundi, s/d
O lambariense José Raimundi, marceneiro de profissão, foi, na verdade, um artista e engenheiro nato, tendo deixado também esculturas e pinturas a óleo, informa o médico e escritor José Benedito Rodrigues, no seu Casa Progresso (veja aqui)
Pois bem, neste post vamos trazer algumas telas de José Raimundi, e também o altar de madeira que construiu para a antiga igreja de N. S. da Saúde.
Veja a seguir.
Algumas pinturas a óleo de José Raimundi
Índia na praia. Pintura a óleo de José Raimundi
Casarão na borda do lago. Pintura a óleo de José Raimundi
Rancho à beira do rio. Pintura a óleo de José Raimundi
Ilha dos Amores. Pintura a óleo de José Raimundi
Laguinho dos Patos. Pintura a óleo de José Raimundi
Altar de madeira da Matriz de N. S. da Saúde
Abaixo, o altar de madeira, rico em detalhes, obra do artista lambariense José Raimundi.
Ele é o que aparece à direita da foto, ao fundo.
Altar de madeira da antiga matriz de N. S. da Saúde - Lambari, MG
Do livro Casa Progresso* extraímos alguns traços biográficos de José Raimundi, além de alguns casos curiosos.
Confira:
José Benedito Rodrigues. Belo Horizonte, Editora O Lutador, 1999, p. 98/99
- Farol do Lago - aqui
- Casa Progresso. José Benedito Rodrigues. Belo Horizonte, Editora O Lutador, 1999, p. 98/99
- Agradecemos à família Raimundi, na pessoa de Vicente Raimundi Neto, a cessão das fotos das pinturas e do altar, obras do artista José Raimundi.
Ilustração: Logo da TV Tupi. Reprodução. Revista Manchete, anos 1960
(...) "minha primeira TV" foi a do Hotel Rezende
(mas)... não podíamos fazer barulho na hora do Repórter Esso...
(e também era eu)... que mantinha sob controle, na ponta da língua, a programação dos desenhos, das séries e dos filmes que a turma não podia perder. Quem chegava cedo, pegava os melhores assentos, é claro, e
ficava lá esperando que a imagem do indiozinho da TV TUPI desse lugar ao início da programação.
Do livro MENINO-SERELEPE *
No post A televisão em Aguinhas (aqui), eu conto os primórdios da TV em nossa cidade, e começo dizendo assim:
Televisão foi coisa demorada e custosa, que só surgiu em Aguinhas em 1960, pelas mãos do Jairo Ferreira (da Casa Ferreira, que vendeu as primeiras TVs em Aguinhas), Benedito Garcia, Vadinho Biaso e Tião Ferreira.
E, a seguir, narro as peripécias dessa implantação e as do Menino-Serelepe para ver televisão no Hotel Rezende, e na "televizinho" das casas de minha avó e de Dona Catarina Bacha.
Pois bem, neste post vamos recordar a TV Tupi, a grande emissora daqueles anos pré-Rede Globo.
Vamos lá!
A Rede Tupi de Televisão (também conhecida como TV Tupi ou apenas Tupi) foi o conjunto de emissoras de televisão, inauguradas em setembro de 1950 em São Paulo, e em janeiro de 1951 no Rio de Janeiro. Depois, foram incorporadas a TV Itacolomi (1960) e a TV Brasília.
A TV Tupi foi a primeira emissora de televisão do Brasil e da América do Sul, e a quarta do mundo; fazia parte do grupo Diários Associados.
Em 18 de julho de 1980, devido aos vários problemas administrativos e financeiros, a concessão foi cassada pelo governo brasileiro. Outras seis emissoras, afiliadas dela, também saíram do ar. (CPDOC/TV Tupi e Wikipedia)
A TV Tupi Canal 6, do Rio de Janeiro, cobria diversas cidades da seguinte região, Lambari, entre elas:
O nome de nossa cidade aparecia nas propagandas da TV Tupi. Reprodução. Fonte: Revista Manchete (bn.digital.gov.br)
No texto TV Tupi, disponível na página eletrônica do CPDOC, informa-se que
Durante a primeira fase da televisão brasileira, as agências de publicidade criavam, redigiam e até produziam boa parte dos programas. O espaço publicitário era loteado entre os clientes, e estes o preenchiam como quisessem, geralmente batizando o programa com o nome do anunciante. Divertimentos Ducal, Gincana Kibon e Sabatinas Maizena eram alguns dos títulos de sucesso da TV Tupi (CPDOC/TV Tupi)
Vinheta da TV Tupi. Reprodução. Frame de filme do Youtube
Entre os grandes programas e novelas de sucesso da TV Tupi estão os seguintes:
Reprodução. Frame de filme do Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Corrida Maluca e Speed Racer e séries como A Feiticeira e Jeanne é um Gênio
Reprodução. Montagem. Desenhos e séries antigos. Fonte: Internet
Reprodução. Frame filme Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Kg6cSCgSZj0
Reprodução. Frame filme Youtube
Bem, agora, um minuto pro comercial:
Reprodução. Frame filme Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Reprodução. Frame filme Youtube
Programa Pinga-Fogo com Chico Xavier
Reprodução. Frame filme Youtube
No dia 28 de julho de 1971, o programa Pinga Fogo da TV Tupi Canal 4, de São Paulo, entrevistou o médium Chico Xavier. Foi a primeira entrevista do médium mineiro a uma rede de televisão.
O programa foi mediado por Almir Guimarães, tendo como entrevistadores os jornalistas: Realli Jr., João de Scatimburgo, Saulo Gomes e Héli Alves e J. Herculano Pires (jornalista, espírita).
A Viagem
Novela de Ivani Ribeiro, baseada na obra do Espírito André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xaviver e consultoria doutrinária de José Herculano Pires.
Reprodução. Frame filme Youtube
Abertura da novela A viagem, de 1975, com Ewerton de Castro, Rolando Boldrin, Yolanda Cardoso, Ana Rosa, Cláudio Correa de Castro, Eva Wilma e Arlete Montenegro.
Reprodução. Frame de filme do Youtube
Nos anos 1960, ouvia-se futebol pelo rádio, pois não havia transmissão ao vivo pela TV. Restava o Canal 100, que, nos cinemas, fazia a festa da geração lambariense de amantes do futebol.
Além disso, aguardávamos, tarde da noite, os programas esportivos da TV Tupi e os tapes dos jogos mais importantes, geralmente de clubes do Rio e de São Paulo.
Esses tapes, em TVs preto e branco, com imagem de má qualidade, geralmente "correndo" (como dizíamos quando a imagem da TV ficava entrecortada), me fizeram amar craques geniais como Pelé, Ademir da Guia e Garrincha, e os extraordinários times do Santos, Palmeiras e Botafogo da época.
Na equipe da Tupi, entre outros: Walter Abraão (narrador), Roberto Petri (narrador), Ely Coimbra (repórter).
1974 - Pelé despede-se do Santos, atuando contra o Corínthians
Reprodução. Frame de filme do Youtube
Para saber mais sobre a TV Tupi
Ilustração: Farol do Lago, que iluminava o Cassino de Lambari e as gôndolas que navegavam à noite pelo Lago Guanabara (Desenho de Fabiana Martins)
Cassino, Lago, Farol, Cascata do Lago e Piscina do Parque Novo — esses e muitos outros lugares de nossa cidade, por sua beleza, história e referência turística — sempre foram objeto de fotografias, postais e pinturas.
Nessa série vamos lembrar alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.
Desenho de William Gorgulho (parede do restaurante do Shopping Águas Virtuosas)
Hoje focaremos o Farol do Lago, que custou 15 contos de réis, de um total de 2.200 contos que foram gastos nas obras de remodelação da cidade (aqui).
Ao tempo de Américo Werneck, ao lado desse holofote, pretendia-se construir um bar, o que não foi concretizado.
Vamos lá!
(1) Farol do Lago e Parque Wenceslau Braz, logo após a inauguração (1911)
(1) Farol do Lago em 1920 [*] (2) Farol do Lago em 2019, dois anos após ter sido reformado e recebido nova lâmpada
Como se sabe, o Farol do Lago Guanabara (Lambari, MG), também chamado Farol da República ou Holofote, faz parte do conjunto de obras de embelezamento da estância, realizadas por Américo Werneck na primeira década dos anos 1900. (aqui)
Farol da República seria uma referência ao republicanismo de Werneck, que, como parlamentar e homem público, sempre foi um defensor desse regime.
Fonte: Anuário de Minas Gerais de 1913
Ao fundo, o Farol da República, visto da balaustrada do Cassino
Sobre o Farol do Lago, veja estes posts:
O holofote: iluminação do Lago e ilhas para passeios noturnos de gôndola. De seu topo, podia-ver também o espelho do lago, o Parque Novo e outros pontos da cidade.
Abaixo, algumas pinturas do nosso Farol:
Aquarela feita por Carlos Augusto Lorenzo Castilho, existente no Cartório de Registro Civil (Lucas Nascimento), em Lambari.
O efeito da lâmpada do teto refletida no vidro do quadro dá a impressão de estar aceso o farol (Veja aqui)
Pintura de William Gorgulho
Pintura - Farol do Lago - Por R. Martins
Farol do Lago. Jonas Lemes. Reprodução (ímã de geladeira)
Pintura de Eurico Aguiar
Farol. Silvana Viola
Pintura feita numa flâmula sobre passeios de Lambari
Confira a Série Pintores e Pinturas de Aguinhas:
[*] - Recorte antigo postal (1920) da Casa Nogueira
- Fotos: Museu Américo Werneck (LamBari, MG)
- Reprodução de pinturas de William Gorgulho, Carlos Augusto Lorenzo Castilho, R. Martins, Jonas Lemes, Eurico Aguiar e Silvana Viola
Ilustração: Meninos brincando, gravura de Cândido Portinari. Reprodução. Internet
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
A Série Vocabulário de Aguinhas trata-se de uma coleção de palavras e expressões, típicas de Lambari (MG) e região Sul do Estado de Minas Gerais, utilizadas no livro Menino-Serelepe.
Entre essas palavras e expressões, há algumas que são caracteristicamente lambarienses, como já mostramos aqui.
E quem por aqui do Sul de Minas já não ouviu também estas expressões:
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Abaixo vai o número 12 da série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS.
Confira.
Jacá: Espécie de cesto feito de taquara ou de bambu. Em sentido figurado: roupa ou sapato grandes.
Mais dali a pouco, com as crianças ficando pra trás e o Verinho com um conga jacá que lhe saía toda hora dos pés, tio Rubens falou: — Larga de ser teimoso, Verinho, e me dá essa muchila pesada, que ocê num pode cuma gata pro rabo e fica teimando, querendo carregá esse peso todo!
Reprodução. Internet (www.propagandashistoricas.com.br)
Jangar: Balançar; Jogar. Rodear. Andar jangando. Ficar com o sapato jangando no pé. O peru ficou jangando em torno.
E assim, logo juntamos em frente ao bar do João da Mariaça pra jogar bolinha de gude, às brinca, porque era tudo amigo. Pois foi só botar bolinha na barca, nem deu tempo de jogar a tacadeira no ponto, que o Babão chegou com sua colondria, corpos jangando, encostou-se ao barranco e começou a azucrinar nossa turma.
Jardineira rasga-roupa: Corresponde aos ônibus velhos, com bancos soltando molas, que costumavam rasgar as roupas dos usuários. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
E o fato triste se deu quando a monstrenga da jardineira rasga-roupa de Jesuânia atropelou a Futrica, uma perdigueira ainda filhote, que o tio João vinha ensinando a caçar, pois que o Biriba já trabalhara bastante e estava na hora de pendurar as chuteiras.
Reprodução. Internet. Ônibus antigo Chevrolet na garagem da Util em BH com Waguinho Guitar (https://www.youtube.com/watch?v=qRZm-tmXxMk)
Judeu: Espécie de virado feito com as sobras do almoço.
À noite, pra janta, na terrina: sopa, caldo, canjas; ou mexidão na panela; ou judeu com queijo na frigideira. Num domingo farto, no almoço, angulê; no lanche da tarde, bolo de laranja. (Xii, mãe, o bolo batumou!)
Juízo verde: Pouca experiência.
E aí, como em terra de mineiro qualquer bobo aparta o gado, uma professorinha substituta, sem sal e sem gordura, vinda recentemente de outro Estado e de juízo verde na lida com crianças, foi posta para concluir o ano letivo.
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
Veja os demais números desta Série: