Ilustração: Escudo do Águas Virtuosas, baseado no escudo e nas cores do América Futebol Clube, do Rio de Janeiro
Este post sobre o Águas Virtuosas Futebol Clube inicia a Série A.V. Futebol Clube, cujo índice vai ao pé desta página.
Lá está também o link da Série Futebol no Sul de Minas.
Pequena História do Águas Virtuosas Futebol Clube - A.V.F.C.
Nesta série ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE pretende-se contar uma pequena história do clube que leva o nome primitivo da cidade: sua fundação, seus diretores, seus times, seus títulos, seus craques.
E assim também fotos, escalações e principais jogadores dos times amadores dos primeiros anos, do time profissional dos anos 1960 e dos times das décadas de 1970/80, nos quais atuaram atletas conhecidos do futebol brasileiro.
E publicaremos entrevistas e comentários sobre os grandes nomes do nosso futebol: Quinzinho, Crisóstomo, Pinelinho, Hélio, Alemão, Chá, Guinho, Zezé Gregatti, Betinho, Walmando, Pulga, Tinz, Tatá, Celinho, os irmãos Barletta, Xepinha, Tucci, Gabriel, Jorge André, Ricardinho, Márcio, Flavinho, Heitor, Joãozinho, entre outros.
E mostraremos também um pouco dos grandes adversários do AVFC: Flamengo de Varginha, Fabril de Labras, TAC de Três Pontas. E ainda: Conceição do Rio Verde, Itanhandu, São Lourenço, Caxambu, Cruzília, Minduri, Maria da Fé, Baependi, Itamonte, Carmo de Minas e tantos outros.
E faremos resenhas dos grandes jogos e amistosos do AVFC, das pré-temporadas dos times do América, do Vasco, do Botafogo, do Olaria e da Seleção Brasileira de 1966.
E aqui virão também referências e fotos de outros times da cidade, como o Vasquinho, o GRABI, o Veteranos do Águas, os times dos campeonatos internos: Santa Quitéria, Capelinha, Nova Baden, Vila Nova, Galo Branco e outros mais. E também assim jogos, amigos e lembranças dos times das cidades circunvizinhas de Cambuquira, Jesuânia, Heliodora e Olímpio Noronha.
E, claro, minhas próprias lembranças de jogador do Águas, do Vasquinho e do GRABI, desde o Juvenil, nos anos 1960, passando pelos times dos anos 1970 e o Veteranos dos anos 1980/90.
Guima, de Aguinhas, e também do glorioso AVFC
Abaixo, alguns momentos meus no futebol de Lambari, de 1970 a 1994.
Pela ordem:
A seguir, estão links para os posts desta série.
Confira.
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C.
Veja aqui notícias sobre o futebol do Sul de Minas: Esporte, de São Lourenço, Ubiratan, de Carmo de Minas, times de Caxambu, Varginha, Seleção Brasileira de 1954, etc.
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
MAIS FUTEBOL NO SITE GUIMAGUINHAS
(**) V. também aqui no site GUIMAGUINHAS estes textos sobre futebol em Lambari:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4179693
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4180824
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36370
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36379
https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5653796
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38113
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4180824#user-gir
Voltar
GUIMAGUINHAS tem uma página no Facebook
Clique (aqui) para conhecer, e curta a Página para receber nossas atualizações.
Voltar
Ilustração: Capa do livro Menino Poeta, de Henriqueta Lisboa
Este post sobre a Literatura de Aguinhas inicia a Série Literatura de Aguinhas, cujo índice vai ao pé desta página.
O menino poeta/não sei onde está.
Procuro daqui/procuro de lá./...
Mas onde andará/que ainda não o vi?/
Nas águas de Lambari,/nos reinos do Canadá?
(HENRIQUETA LISBOA. O Menino Poeta)
Nesta série LITERATURA DE AGUINHAS seguirão comentários sobre escritores e poetas nascidos e/ou ligados a Aguinhas.
Entre eles estarão os da família Lisboa: Henriqueta, Alaíde, José Carlos, Ana Elisa Gregori, Edmar Bacha.
Estarão também os da família Rodrigues: José Benedito, Luiz Oswaldo (LOR), Ernesto e Eugênio.
E aqueles que escreveram sobre a cidade: José Nicolau Mileo, Armindo Martins, João Carrozzo, Paulo Roberto Viola.
Estarão também poetas e autores como: José Machado Sobrinho e Francisco Biaso.
E ainda os muitos que aqui moraram ou elegeram Aguinhas para passar suas estações de águas: Américo Werneck, Coelho Netto, Vital Brazil, Vargas Neto, Padre Antônio Lemos Barbosa, Ivan Lins, Gustavo Barroso, Basílio de Magalhães.
E assim também autores/obras que se referem à cidade de Aguinhas, tais como: Questão Minas X Werneck, de Rui Barbosa; Uma vilegiatura em Lambari, de C. Garden; O velho que acordou menino, de Rubem Alves; O caminho dos homens, de Fernando de Castro, cuja história se passa em Lambari, nos anos 1940/50; Memórias do quase ontem, de Octavio Meira.
E outros autores e livros, velhos e novos, que certamente irão surgir, quer do fundo da memória, quer das trilhas do futuro.
Guima, de Aguinhas
Série Literatura de Aguinhas
Um pouco mais sobre literatura
Veja também estes posts:
No livro MENINO-SERELEPE eu relembro meu avô Zé Batista, a quem chamávamos de Pai Véio (pai mais velho), que foi carreiro, falando sobre a carpintaria de um carro de boi.
Confira:
Margarida preparava o óleo de mamona para untar os chumaços e fazer o carro cantar.
Carro de bois - Quadro de Eurico Aguiar
Mas era na explicação da carpintaria de um carro de bois que o Pai Véio deitava ciência, porque nessa matéria ele tinha sido doutor.
— Num carro meu só entrava madeira escolhida: óleo vermelho (também chamado de cabreúva, bálsamo, pau óleo ou óleo pardo), jacarandá, pereira, sucupira, aroeira, timbó, pitanga. Todas cortadas na minguante, um ano secando na tora pra depois serrar.
Para cada peça do carro um tipo de madeira, tudo encavilhado ou malhetado, sem nenhuma peça de metal.
Pro cabeçalho, óleo vermelho ou jacarandá.
Pra chaveia, timbó, pau que não quebra; distorce, mas não racha.
Pra canga, pereira ou óleo vermelho.
Pro espigão, pereira.
Pra cheda, cajarana ou pereira.
Pro cocão, aroeira, pau vermelho ou pereira.
Pro eixo, óleo pardo ou sucupira.
Pra roda, jacarandá ou óleo vermelho.
Pros fueiros, pitanga.
Pros canzis, laranjeira ou goiabeira.
E o velho carreiro versava bonito, orgulhoso da sua lida, saudoso da sua arte.
(E somente belíssimos nomes na seleção dos melhores bois carreiros do Pai Véio: Castelo e Bonito na guia; Sete de ouros e Alegre, pé de guia; Coração e Bem-Feito no coice; Marinheiro e Almirante, pé de coice.)
Conheça mais sobre o carro de bois
Veja:
Anos 1906/08 - Carro de bois transportando água mineral do Parque das Águas de Lambari para a estação férrea
Um lembrança de antigos carreiros de Águas Virtuosas e um caso verídico sobre a perigosa descida de um carro de bois pela Sete Voltas, antigo caminho existente na Serra das Águas, nos anos 1930...
(*) Esta narrativa faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
Original [do livro Menino-Serelepe] já pronto e eis que Pai Véio me aparece como num sonho, pois precisa muito conversar comigo, diz.
— Puxa, seo Zé Batista, faz um tempinho, hem! Trinta anos? Por aí, num é?
— Deus te abençoe, meu neto. Faz tempo pro cê, mas eu ando sempre que posso aí por perto dos familiares.
— Sei disso, Pai Véio. Mas o que o senhor quer mesmo?
— Enfim, cê vai cumprir a promessa, num é? O livrinho já ‘tá no ponto, tô vendo.
— É... trabalheira danada! Vou mandar imprimir e distribuir pra família, como imagino que o senhor quer que eu faça.
— Muito bem. E o resto?
— Ah, Pai Véio, os outros eu vou ficar devendo, pois pensei que me aposentaria cedo e não vou mais. O governo mudou as regras pra pior, acho que tão logo não me aposento. Não vou ter tempo, que este Menino-Serelepe já me ocupou e consumiu cada folguinha que tive nesses dois anos.
— Ara, larga de preguiça e continua a me escrever o resto que planejamos e que ocê prometeu escrever.
— Eu não prometi nada, o senhor é que me fez prometer e inventou até um plano. É diferente. Ora, o contador de histórias, de causos, sempre foi o senhor e não eu.
— Contar sabia, com a vida difícil não tive oportunidade de aprender a escrever. Isso eu só sabia pro gasto.
— Uai! E eu nem sei contar as histórias nem escrevê-las. Sou de outra nação de contador, lembra? Me mande analisar um balanço, escrever um parecer, calcular um custo, dar uma aula de contabilidade. Isso eu sei fazer. Isso tudo é técnico. Literatura é diferente.
— E quem diz que tamo fazendo literatura? Eu já não te orientei sobre isso? Não deixei lá no baú uns escritos? Cê deve ter entendido bem, pois botou no princípio do livro as regras que te passei.
— Tudo bem. São suas regras, mas não sei se nem aquilo eu fiz direito.
— Eu gostei, é o que importa. A famiagem vai gostar também, ocê vai ver. É a vida deles, impossível que não fiquem felizes. Quem ia se lembrar deles? Quem ia escrever sobre eles? Isso é a gente mesmo é que tem que fazer. Eu tenho visto os seus invisíveis por aqui: seu pai, seus tios, tias, as avós, todos atarefados, correndo atrás, corrigindo as faltas, preocupados com a parentada aí na Terra. Mas vão bem e tão sempre querendo saber a quantas anda o livrinho…
— É sempre bom saber que eles estão bem e que acompanham os nossos passos aqui embaixo.
— É isso mesmo. Bem, tá feito o primeiro livro, o resto cê me faz dispois. Mas tem uma coisinha que tá faltando.
— O que mais você ainda quer, meu velho?
— Falta uns comentário, uma apresentação, falta isso aí no livro.
— Que é isso, Pai Véio? Crítica? Pois se nem lançamos o livro? Aliás, nem vamos lançar, isso é pra circular no âmbito da família. Não foi isso que combinamos? Sendo assim, não vai haver crítica nenhuma e nem apresentação é preciso.
— É um capricho de avô, meu fio, que gostaria de ver o livro comentado.
...............................
(*) Este texto consta do Pós-escrito ao livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães assina a série HISTÓRIAS DE AGUINHAS. V. acima o tópico Livros à Venda.
Apresentação
Este post sobre o Vocabulário de Aguinhas inicia a Série Voculário de Aguinhas, cujo índice está no pé desta página (aqui)
Vocabulário de Aguinhas
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
À la Sion: À moda do Sion. Letra à moda do Sion: maneira elegante e caprichada de escrever ensinada às alunas dos colégios Sion.
A leite de pato(a): Jogar de brincadeira, sem valer nada.
À riviria: Corruptela de à revelia, com o sentido de grande quantidade, fartura, exagero,descontrole.
Às encobertas: Às escondidas.
Afinar: Desistir da briga, pedir penico. Não disputar bola dividida por medo de contusão.
Abusão: Superstição.
Afissurado: Ansioso, sôfrego, ávido. Apressado.
Às gatas: A todo custo [à gata].
Abatumado: Entristecido, preocupado, tristonho.
Açangalha: letra ruim, mal traçada.
Acanhoso: Envergonhado.
Acometer: Saltar. Adiantar-se impetuosamente. Lançar-se, abalançar-se, aventurar-se.
Água-de-batata: Café ralo, água-choca.
Água de barrela: Água em que se ferve cinza que é usada para branquear roupa.
Água-doce: Qualquer um; mal conhecedor das coisas.
Alcaide: Prefeito. Diz-se, também, de objeto velho, feio, fora de moda, desusado, imprestável. Ou de resto de mercadoria que não tem venda, encalhe.
Afincado: Pertinaz, teimoso, aferrado
Afundar chão: Caminhada a cavalo.
Amarrar (a caça): Estacada que o cão de caça dá quando avista uma presa, permanecendo imóvel até a chegada do caçador.
Andar de bonde: Andar de braços dados. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
Andar de latinha: Caminhar sobre latinhas (geralmente de massa de tomate), nas quais se fez um furo e se passou um barbante para encaixar o dedão do pé e controlar os passos.
Andejo: Que não para em casa, que anda de uma parte a outra.
Angulê: Polenta mole com carne moída e molho de tomate.
Aranzel: Arenga, lengalenga, discurso demorado e chato.
Arapuca: Casa velha, esburacada, caindo aos pedaços.
Arnela: toco de dente colado à gengiva.
Arreganho: Ameaça, intimidação.
Arrego: Ato de render-se, entregar-se. Ajuda: Sofreu, e não pediu arrego.
Arrimar: Encostar, apoiar, escorar.
Arrochado: Apertado, em dificuldade por falta de dinheiro.
Atacado dos ventos: Pessoa que tem problema de gases.
Atochado: Completamente cheio.
Atopetado: Muito cheio, abarrotado.
Aturar: Durar, resistir.
Azulego: Cavalo de pelo escuro, com pintas miudinhas, brancas e pretas.
(*) Fontes de consultas principais: Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda - Aurélio Eletrônico, Século XXI - Dicionário de Vocábulos Brasileiros, Beaurepaire-Roban - O Dialeto Caipira, Amadeu Amaral - Dicionário Sertanejo, Cornélio Pires - Dicionário da Terra e da Gente de Minas, Waldemar de Almeida Barbosa - Novo Dicionário da Gíria Brasileira, Manuel Viotti.
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
Índice da Série Vocabulário de Aguinhas